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Sergio Moro. Foto: Geraldo Magela / Agência Senado

Acusados de planejar morte de Sérgio Moro são mortos dentro de presídio no interior de São Paulo. Os dois estavam no presídio de Presidente Venceslau, a 565 km de São Paulo, quando foram encontrados mortos na celas. Eles são acusados de envolvimento em plano para sequestrar e matar o senador do União Brasil e estavam detidos desde março do ano passado.

Janeferson Aparecido Mariano Gomes, conhecido como Nefo, e Reginaldo Oliveira de Sousa, o Rê, tinham ambos 48 anos. A prisão dos dois foi feita em decorrência da Operação Sequaz, deflagrada contra suposta tentativa do PCC (Primeiro Comando da Capital) de realizar ataques contra autoridades.

As mortes foram confirmadas pela Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo. Além destes dois, há ainda outros três detentos envolvidos nos assassinatos que foram isolados e devem responder pelo novo crime. A Polícia Científica, segundo a secretaria, pericia o local.

Presos atuava na liderança do PCC

Em despacho da Justiça Federal para acolhimento da denúncia sobre o caso, no ano passado, Nefo e Rê são descritos como integrantes de liderança e de alta cúpula do PCC. Nefo atuava, segundo a acusação à época, na gerência das operações do grupo, em contato com outras lideranças e na operacionalização das atividades.

Já Rê seria o responsável pelo controle de integrantes da facção e o acompanhamento de atividades deles, assim como o gerenciamento de armas e munições e relacionamento com outros grupos criminosos.

Entre os crimes da denúncia de 2023 estão tentativa de extorsão mediante sequestro, organização criminosa e posse ilegal de arma de fogo, dos quais Rê e Nefo foram acusados e tornados réus. O processo atualmente está em segredo de Justiça.

Entenda o plano contra Moro

As investigações apuraram que o plano contra Moro tinha ligação com a transferência de chefes do PCC para presídios federais e a proibição de visitas íntimas nesses presídios. Tais transferências teriam ocorrido na época que Moro era ministro da Justiça do então governo Jair Bolsonaro (PL).

O principal chefe do grupo criminoso, Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola. Ele foi transferido do sistema penitenciário estadual de São Paulo para a penitenciária federal em Brasília em fevereiro de 2019. Meses depois, Marcola seguiu para uma unidade federal em Rondônia. Neste ano, retornou para a capital federal.

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