As famílias de renda mais alta foram as que mais sentiram o aumento nos preços da economia em outubro, especialmente pelo aumento de gastos com transportes. No entanto, os mais pobres ainda sofreram pressão sobre o orçamento vinda dos alimentos, informou ontem o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostra que a inflação de outubro foi de 0,51% para o segmento de renda muito baixa e de 1,14% para o grupo de renda alta. Com o resultado, a inflação acumulada em 12 meses alcançou 7,95% na faixa de renda alta, e ficou em 6,73% na faixa de renda muito baixa.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e usado pelo Ipea para fazer o cálculo da inflação por faixa de renda, foi de 0,59% no mês de outubro e de 6,47% em 12 meses.
“Enquanto para as quatro classes de renda mais baixa os maiores impactos vieram dos grupos alimentos e bebidas e saúde e cuidados pessoais, para as duas faixas de renda mais alta os reajustes do grupo transportes exerceram a maior pressão inflacionária em outubro”, apontou a técnica Maria Andreia Parente Lameiras.
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