O líder indígena José Acácio Serere Xavante, conhecido como cacique Serere, foi preso na noite do último domingo (22), na fronteira entre Brasil e Argentina. Ele está preso em Foz do Iguaçu, onde deve passar por audiência de custódia durante a tarde.
O cacique foi preso em dezembro de 2022, acusado de ter ameaçado ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e invadido um terminal de aeroporto. Segundo as denúncias, ele teria incentivado o uso de armas para impedir a diplomação do residente Luiz Inácio Lula da Silva.
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Em setembro de 2023, o cacique Serere foi solto com uso de tornozeleira eletrônica, mas violou as determinações da justiça e fugiu para a Argentina em busca de asilo político.
De acordo com o Jornal Hoje, na TV Globo, o cacique Serere foi visto por policiais argentinos enquanto andava de bicicleta em uma área próxima à fronteira com o Brasil. Ao ser abordado, como estava sem documentos, o indígena foi levado até a unidade da Polícia Federal (PF) na aduana brasileira da Ponte Tancredo Neves, entre Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú (Argentina).
A prisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, por violação de medidas cautelares.
A defesa do cacique Serere
O advogado de Serere Xavante, Geovane Veras Pessoa, classificou a prisão do líder indígena como ilegal. Segundo o advogado, o indígena pode ficar em território argentino até que o governo daquele país decida se concederá ou não asilo político.
“Não existe nenhum pedido de extradição expedido pelo STF para prender o Serere na Argentina porque sequer tem condenação. A ação penal do Serere encontra-se em fase de instrução”, informou o advogado em nota encaminhada à imprensa.