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Foto: Franklin de Freitas

Com o objetivo de informar o eleitor sobre as candidaturas e propostas para Curitiba, o Bem Paraná realiza sabatinas com os dez candidatos a prefeito de Curitiba. O Bem Paraná encerrou nesta sexta (20) as sabatinas com o candidato do PSB, Luciano Ducci, ao vivo.

Ducci, que médico, falou da importância de melhorar os índices de vacinação em Curitiba, da tarifa domingueira como forma de movimentar a cidade e recuperar o Centro e impedir que “ele morra”, as questões partidárias envolvendo a aliança com o PT, o transporte coletivo e muito mais.

Martha Feldens – Na pré-campanha nós conversamos, candidato, naquela oportunidade, o senhor me disse que não queria a eleição municipal entre esquerda e direita, que queria discutir os temas da cidade. Aí o tempo passou, as alianças foram sendo feitas e hoje o senhor me parece bastante confortável nessa condição aí de candidato das esquerdas. Eu estou enganada ou a minha percepção está certa?
Luciano Ducci –
Eu acho que a gente está com uma campanha muito boa, uma campanha para participação de todos os partidos que estão na nossa aliança, todo mundo se dedicando, todo mundo indo pra rua, todo mundo pedindo voto. Construímos um plano de governo em conjunto, então a gente está passando, a gente está numa convivência muito boa mesmo. A gente quer discutir a cidade, a gente tá andando e querendo discutir a cidade sem ficar muito de “lenga lenga”, de querer discutir outros assuntos, mas a plataforma nossa principal é discutir os problemas de Curitiba e as soluções para a cidade.

Lenise Aubrift Klenk – Em 2012, a militância petista foi muito importante, se não decisiva, na vitória do ex-prefeito Gustavo Fruet aqui no município. E agora a aliança com o PT é da sua base. O que o senhor espera dessa base do PT agora na campanha e também dos quadros do partido no seu governo?
Ducci – Olha, primeiro assim, que a base do PT é uma base muito forte, uma base que eu respeito bastante e que me ajuda muito. Hoje, a base do PT dá uma sustentação significativa na nossa campanha. E o PT tem quadros importantes na cidade de Curitiba e, lógico, elas vão compor um governo em conjunto com os partidos que estão nos apoiando, mas priorizando a parte técnica e também, de preferência, ser servidor público de carreira, em especial da Prefeitura.
Lenise
– Mas daí nessa conexão não tem como se desvincular então dessa grande massa de esquerda que está aí lhe apoiando e com o qual a equipe provavelmente espera também que o senhor se identifique com os princípios dessa esquerda.
Ducci – Olha, assim, acho que princípios da esquerda, se for defender saúde pública de qualidade, educação de qualidade, voltado principalmente às pessoas que mais precisam, defender moradia, ser contra despejo de famílias que são pobres e carentes que estão na periferia, nós estamos juntos nessa caminhada, sim.

Roberta Canetti – Candidato, mesmo que haja esse entendimento, parte da militância tem uma certa resistência, em função da sua trajetória, que sempre foi mais de centro-direita, de enxergá-lo como um representante principalmente dessa militância petista. Como está sendo esse desafio de se colocar como representante da esquerda daqui de Curitiba, e também um ponto que tem sido muito falado é a questão de o senhor ter votado a favor do impeachment da Dilma. Se fosse hoje esse impeachment, você tomaria a mesma decisão depois de tudo o que aconteceu na sequência?
Ducci –
Olha só, deixa eu te falar a situação do impeachment da presidente Dilma. Eu sou de um partido, vou disputar a oitava eleição pelo mesmo partido, nunca mudei de partido para disputar eleições. Sempre disputei pelo PSB. O PSB tomou uma decisão lá atrás de defender o impeachment, tanto é que 29 deputados de 32 votaram a favor do impeachment em uma decisão partidária. Eu sempre tenho seguido as decisões partidárias. Na reforma trabalhista nós votamos contra, fechamos questão e votamos contra a reforma trabalhista. Votamos contra a reforma da Previdência, fechamos questão e votamos contra. E é uma condução de partido, então seguir orientação do PSCB nessa votação de forma específica. Hoje a gente não está dentro da militância do PT, hoje há um entendimento muito claro que aquilo aconteceu em uma situação onde o PSB fechou questão em uma posição partidária. E hoje a gente está junto, hoje o vice-presidente da República é o Geraldo Alckmin, que compõe a chapa com o presidente Lula. E estamos muito bem, estamos atravessando uma fase muito boa aqui na cidade, todo mundo trabalhando junto. O pessoal da militância do PT faz parte da coordenação da campanha, então nós não temos nada para ser ajustado, a gente está indo super bem. A expectativa de que a gente vá para o segundo turno e possa disputar a eleição no segundo turno na igualdade de condições para poder vencê-lo.

Martha – Falando de igualdade, agora nesse primeiro turno não tem igualdade.O senhor recebeu até agora R$ 7 milhões do PSB e um pouco mais de 1 milhão do PDT, do fundo eleitoral. O senhor entende que esse volume é suficiente ou espera que ainda venha mais? Porque, afinal de contas, a sua candidatura foi colocada como prioritária dentro do PSB.
Ducci –
Esse recurso é o recurso de primeiro turno. O partido definiu e encaminhou aquilo que ele decidiu a nível nacional para as candidaturas majoritárias de capitais, um valor que foi aprovado na Comissão Executiva Nacional. Agora, se a gente for para o segundo turno, estando no segundo turno, vem um recurso novo para o segundo turno.

Martha- A sua candidatura é prioridade?
Ducci
– Eu acredito que sim, porque o partido sempre tem considerado, eu estou no PSB já há 25 anos e sempre faço parte da executiva nacional do partido. Então, acredito que as possibilidades de segundo turno a gente deve vencer no primeiro turno em Recife com o João Campos. E tem as expectativas, outras expectativas de candidaturas em São Luís Couto do Arte, que também está disputando, está em segundo lugar. Tem a expectativa de São Paulo, que é um pouco mais difícil, que a Tabata Amaral está disputando, e eu disputando em Curitiba pelo partido. Isso são consideradas prioridades do PSB.

Lenise – E as articulações já começam aqui, com base nas pesquisas, também para segundo turno, candidato? Como é que o senhor espera compor, caso seja o senhor um ano escolhido para essa vaga, compor com as outras forças políticas que vão ficar de fora?
Ducci –
Olha, está muito cedo, tem que respeitar os outros candidatos que estão disputando as eleições. Isso vai acontecer no domingo à noite do dia 6 de outubro e em diante. Antes do dia 6 de outubro, à noite, com o resultado definido, acho que não tem conversa de ninguém com ninguém.

Lenise – Vou só emendar ainda uma questão que tem mais relação com o cenário político brasileiro e um momento bastante importante, bastante decisivo para a política nacional, que foram os acontecimentos que circundaram a operação Lava Jato. O senhor chegou a afirmar que essa operação que levou à prisão o ex-presidente Lula, que o impediu de disputar as eleições em 2001, 2018, chegou a chamá-la de maior transformação moral da história do Brasil, orgulho para todos os brasileiros e também enalteceu a postura do ex-juiz Sérgio Moro. Passados 10 anos do início daquela operação, de todas as revelações sobre abusos e crimes cometidos na condução, a sua posição em relação àquela investigação permanece a mesma?
Ducci –
Não, não porque eu acho que a maioria dos brasileiros naquele momento todos apoiaram a operação. Os paranaenses muito mais ainda, os curitibanos mais ainda, mais ainda. E os acontecimentos que vieram se sucedendo na sequência, quando vieram à tona, foi uma tremenda decepção para muitas pessoas. Para mim foi uma decepção muito grande todo aquele conluio que foi montado para fazer operações que praticamente foram conduzidas de forma política, detal forma que impossibilitou que o Sérgio Moro interferisse no processo eleitoral lá de 18 que elegeu o Bolsonaro e que virasse ministro e largasse o judiciário e virasse ministro do Bolsonaro. Depois de ficar um ano e pouco com o Bolsonaro, deixou o ministério, que foi tirado também pelo Bolsonaro, e lançou candidatura a presidente da República. Então a gente não pode esquecer a trajetória política construída em cima de uma situação conduzida de forma totalmente ilegal e irregular. Acho que essa decepção, ela acolhe a muitos brasileiros que, num primeiro momento, apoiaram a operação.

Lenise -E efeitos graves sobre a vida política, né? A demonização da política é uma delas.
Ducci –
Total. Eu acho que foi muito ruim o que aconteceu; Agora sim, agora você consegue enxergar de forma clara todos os acontecimentos que premiaram a alteração e a finalidade, a finalidade tá aí. O Sérgio Moro virou o senador, nem conseguiu viabilizar a candidatura à presidência da República. Acabou retornando do domicílio eleitoral aqui para o Paraná. A esposa dele ficou do domicílio eleitoral em São Paulo. Hoje ela é candidata a vice-prefeita sendo deputada federal de São Paulo, é estranho até você imaginar isso, para ter ideia, sim, o meu gabinete é no anexo 4, lá de Brasília, para quem conhece a Câmara Federal, é no quarto andar, é de frente com a da Rosângela Moro, vai na minha sala, quando vai entrar no meu gabinete, tem a plaquinha deputado federal do Paraná. Você vai na placa dela, lá na frente do movimento, é a deputada federal de São Paulo, e disputa a eleição aqui. O Sérgio Moro é pré-candidato a governador do estado do Paraná, nessa questão toda. Então, assim, montaram todo um projeto para, no fim, ter esse objetivo político, que foi ser ministro, foi tentativa de ser presidente da república. Enfim, eu acho que um caminho que trouxe clareza a tudo aquilo que aconteceu ao longo desses anos que antecederam todo esse processo.

Roberta – Candidato, no horário eleitoral gratuito, algumas peças da campanha tem mirado não o seu adversário direto, que é o Eduardo Pimentel, mas o vice dele, o Paulo Martins, que é do PL. A sua avaliação da campanha é que o fato dele ser bolsonarista é desfavorável para o Eduardo Pimentel?
Ducci –
Eu acho que o fato de ele ser antivacina, de ter defendido contra as vacinas no período grave da pandemia, de ter criticado até o governo municipal, ter criticado o governo estadual até na questão quando fizeram acordos para aquisição de vacinas. Aqui em Curitiba. Então, acho assim, é um vice que tem que explicar muita coisa. Nós vivemos hoje uma baixa cobertura vacinal na criançada com volta de doenças, como a coqueluche, como o sarampo, com crianças morrendo, inclusive de coqueluche, por conta das campanhas de desestímulo à vacinação que vem sendo feita por pessoas que são antivacina. E a gente é a favor da vacina. Eu sou médico, sou pediatra, defendo as vacinas como fundamentais para você fazer prevenção de doenças transmissíveis e não dá para aceitar candidaturas que apoiem o golpe, que apoiem, que são contra a democracia. Então, assim, eu entendo que é uma forma da gente mostrar que cada um tem o vice que merece.

Roberta – Aproveitando que o senhor mencionou a vacina, o senhor é da área de saúde, já colocou muito claramente aí a preocupação com essa questão de doenças que estão voltando em função de uma baixa na vacinação. É possível a prefeitura de alguma maneira reverter isso e influenciar as famílias a voltarem a levar as crianças para tomar as vacinas?
Ducci –
Eu acredito bastante nisso, nessa capacidade que a gente tem. Primeiro, investir em comunicação. Você não viu nenhuma campanha de vacinação na televisão para estimular as famílias a varem seus filhos a vacinar durante as campanhas. Você vê propaganda de um monte de coisa, mas não de vacinação. As unidades de saúde que antes abriam 100% das unidades de saúde nas campanhas de vacinação. Hoje, abrem pontualmente uma ou duas por regional. E quando abrem uma ou duas por regional, a família muitas vezes tem que se deslocar de ônibus para ir na unidade de saúde, que às vezes era próxima da casa dela quando abria. Então, voltar a abrir todas as unidades de saúde nas campanhas de vacinação, para mim, é fundamental. e trabalhar também. Antes nós tínhamos 1.400 agentes comunitários de saúde. Hoje só temos 400 agentes comunitários de saúde que nem vão mais na casa das pessoas. Então você voltar a ter uma equipe de 1.500 agentes comunitários de saúde fazendo visitação, estando na casa das pessoas, olhando a carteira de vacinação é fundamental. E também eu tenho um projeto de e-mail, inclusive, que tem voto contrário de deputado federal do Paraná, que é a exigência da carteira de vacinação na hora da matrícula escolar. Vai matricular teu filho na creche, vai matricular teu filho na escola, tem que levar a carteira de vacinação junto. Se ela não tiver atualizada, você orienta para a Unidade de Saúde atualizar a carteira de vacinação. Se ela não quiser atualizar a carteira de vacinação, se ela não quiser vacinar o seu filho, você comunica ao Conselho Tutelar, para o Conselho Tutelar ir fazer uma conversa, porque é direito da criança para o Estatuto do Adolescente receber vacina. Não é uma decisão só do pai não querer vacinar. O estatuto está com o direito da criança ter direito à vacina. Então eu vou defender muito isso. Nós vamos fazer mutirões para verificação de carteira de vacinação, de acompanhamento das vacinas da criançada, porque não dá para deixar a criança sem vacina.

Lenise – Candidato tem como, quem tem apreço pela saúde pública, ser a favor de outras vacinas, já que os números também estão mostrando o desastre que é a falta de vacinação, como o senhor mencionou, com o surgimento de algumas doenças talvez radicadas, e ao mesmo tempo ser antivacina só da covid?
Ducci –
Não, eu sou contra ser antivacina da Covid. A vacina da Covid foi fundamental no processo.

Lenise – Mas é um argumento de não só parte da população como de alguns candidatos? Por isso que eu ligo com a posição.
Ducci –
Não, mas acho que não existe isso. Ou você é a favor da vacina ou não é a favor da vacina. Ou você acredita na ciência ou não acredita na ciência. As vacinas foram super comprovadas, o mundo todo vacinou. e foi a salvação que aconteceu na Covid, foi ter vacina disponível. E as vacinas foram, porque foi muito rápida, a solução da vacina veio muito rápida, e ela foi avançando durante o processo da própria Covid, com a mudança de estratégias e tudo mais. Então sou super favorável.

Martha – Eu quero pegar uma frase que o senhor disse aqui para fazer a minha próxima pergunta. Cada um tem o vice que merece. Toda a sua propaganda e toda a sua agenda, enfim, toda a sua campanha traz o Goura, que é o seu vice, mais ou menos em pé de igualdade com a sua agenda, com a sua propaganda. Enfim, tem o mesmo tamanho e tal. Em caso de vitória, qual vai ser o papel do Goura na prefeitura?
Ducci –
O Goura vai participar da gestão da prefeitura integralmente. Participar junto comigo, vai ter voz ativa dentro da prefeitura, vai participar de toda a gestão. Eu não vejo assim. E já foi assim. Outra vez eu não tive vice. Quando eu fui prefeito eu não tinha vice. E fez muita falta na entrevista. Porque você compartilhar uma gestão, com quem entende, de gestão pública e muitas vezes com quem é complementar aquilo que você mais conhece.

Martha- É o caso aqui?
Ducci –
É o caso, é o caso. O Goura complementa muitas ações. Ele é um ativista, é uma pessoa que lida bastante com o meio ambiente, uma pessoa que se preocupa com mobilidade, uma pessoa que se preocupa também com os servidores públicos municipais. Então nós temos uma ação, uma parceria muito forte. Nós vamos fazer uma gestão que vai surpreender muita gente, porque não vai ter vaidade, não vai ter aquele que vai querer mandar mais que o outro, que vai querer rebaixar o outro. E não só entre eu e o Goura, mas a equipe que a gente vai montar, e eu espero que a gente consiga montar uma equipe, de profissionais super capacitados tecnicamente e que a maioria venha da gestão municipal mesmo. Nós temos quadros muito fortes dentro da prefeitura e é muito mais fácil você administrar com os quadros da prefeitura que já conhece a prefeitura do que você trazer pessoas de fora que não conhecem nada da prefeitura e começar todo um processo de aprendizado quando a gente tem gente super preparada.

Roberta – Candidato, sobre o metrô, não tem como a gente não falar desse assunto porque é uma proposta que tem bastante destaque. Já ouvi numa entrevista que o senhor concedeu esses dias que não deveria estar como uma proposta exatamente no plano de governo porque não é bem uma promessa, é uma tentativa que será feita com o projeto do metrô que já existe. Eu queria entender exatamente qual é o compromisso que você está assumindo com o eleitor com relação ao metrô de Curitiba.
Ducci –
Eu tenho dito, eu não coloquei no plano de governo, eu coloquei como oportunidade perdida. A gente perdeu a oportunidade em 2012 de fazer o metrô. Nós tínhamos o melhor projeto de metrô do Brasil, tínhamos dinheiro do PAC Mobilidade, Eu não consegui licitar em 2012 por conta de dois documentos que eu precisava do governo federal para poder licitar, eu não consegui esses dois documentos que era autorização de licitação, eles tinham que dar uma autorização porque o dinheiro era do governo federal e precisava de um outro documento do percentual de equipamentos nacionais e não nacionais no metrô, componente nacional e não nacional. E daí a gente não conseguiu licitar, daí o Gustavo ganhou a eleição e ele tentou refazer todo o projeto, reestudar o projeto e acabou perdendo o projeto. Belo Horizonte deu continuidade e avançou no projeto do metrô de Belo Horizonte, Porto Alegre também, Salvador também. Então quem ficou para trás foi Curitiba naquele processo todo. É o que eu tenho dito, eu não consigo pensar Curitiba daqui a 40 anos sem metrô, sem você ter um meio de locomoção rápido e eficiente, sem você pensar em ir para Tamandaré, Itaperuçu, Rio Branco do Sul, Pinhais, Piraquara, São José, Fazenda Rio Grande de ônibus. Você imagina quanto tempo você vai levar com a conurbação que vai existir entre todos esses municípios da metropolitana. Então, o metrô é o método mais ágil, mais eficiente. O mundo inteiro, em Buenos Aires tem mais de 100 anos que tem metrô. E o mundo inteiro continua avançando nas suas linhas de metrô. Nos países que você anda, você percebe isso de forma clara. Então, o que eu vou fazer? O projeto do metrô está pronto. CIC Sul – Santa Cândida, com todas as estações definidas. Está definido o que é método construtivo. Está tudo definido já no projeto original. Então, você tem que pegar o projeto do metrô, minimamente que um prefeito que tivesse lucidez, ia pegar o projeto do metrô, colocar debaixo do braço, tem o parque da mobilidade agora que o presidente Lula lançou novamente, coloca debaixo do braço e vai lá conversar com o governo federal. Aquele projeto de 2012 a gente não conseguiu, o projeto nosso continua pronto aqui. Tem viabilidade financeira? O Governo Federal sustenta, o Governo Federal viabiliza. Se o Governo Federal disser assim, pode tocar o projeto que o Parque Mobilidade vai sustentar o projeto financeiramente, eu vou tocar o projeto. Se o Governo Federal disser assim, não existe esse dinheiro, não tem como fazer, Então a gente vai ter que conversar, ver outras modalidades possíveis de construção no metrô. Mas não é uma coisa que dá para garantir que você como prefeito, com o orçamento da prefeitura, você dê conta de fazer, você não dá conta de fazer. Então você tem que procurar outras alternativas para poder fazer no metrô. Agora alguém vai ter que começar em algum momento dos próximos anos uma ideia nova de mobilidade para a cidade que não vai poder ficar restrita somente a ônibus ou pensar que o ônibus elétrico vai resolver alguma coisa.

Lenise – Mas é a viabilidade técnica para isso? O senhor acha que existe?
Ducci –
Técnica sim.

Lenise- Dependeria só de viabilidade financeira?
Ducci –
Exatamente.

Martha- O candidato Luizão disse aqui na nossa sabatina que outros modais não avançam em Curitiba por pressão das empresas de ônibus. O senhor concorda?
Ducci
– Eu, por exemplo, não tive nenhum problema da pressão do segmento dos empresários do transporte coletivo quando ele estava se preparando para licitar o metrô. Então, eu não passei por esse processo na prática. E eu não tenho nenhuma preocupação com o setor em termos de querer ou não querer que a gente faça o metrô, ou o VLT, ou o monorail. Acho que são três modais novos, quem tem que trabalhar com a lógica, e eu tendo condições de fazer, eu vou fazer. Não duvidem que esse negócio está até um pouquinho engasgado, com muita vontade de poder tocar o projeto para frente.

Lenise- E para modelo da nova licitação, ano que vem o ano estratégico pra isso, qual que é o seu plano? Há alguma mudança profunda? E também de relacionamento com essas mesmas empresas? A gente pode prever uma repetição do que a gente já viu anteriormente ou o modelo pode vir a romper com a lógica das licitações que aconteceram até hoje?
Ducci –
Olha, licitação é licitação, você nunca vai saber. Nós fizemos uma licitação lá de atrás foi durante a gestão, quando era vice e depois quando era prefeito. Nós fizemos um projeto, o projeto de citação que foi lá atrás, permitiu renovar em 1.200 ônibus a frota, permitiu colocar o ligeirão azul, permitiu a gente manter tarifa domingueira, permitiu manter o ligeirão azul todo com B100, com biocombustível 100%, o híbrido elétrico também com biocombustível e manteve uma tarifa que é a 11ª do Brasil entre as capitais e o sistema integrado. Ao longo desse período, eu não sei o que aconteceu no contrato, porque acabou a tarifa domingueira, acabaram com o ligeirão azul e acabaram com outras coisas e fizeram com que a tarifa de Curitiba fosse a mais cara do Brasil. Então você tem que pegar aquela primeira coisa, pegar aquele contrato lá de trás e ver o que aconteceu no contrato. Até hoje, quais foram as mudanças que fizeram com que a frota de cultivo ficasse sucateada, não fosse renovada e tivesse a tarifa mais cara do Brasil? O que aconteceu nesse momento? Essa auditoria eu vou fazer. Eu tenho maior curiosidade de saber o que fizeram com aquele processo todo. Depois, a Prefeitura contratou um estudo junto ao Governo Federal, junto ao BNDES, para a próxima licitação. Então, tem que ver o que vem nesse estudo dessa proposta do BNDES para a nova licitação. Terceira coisa, montar uma equipe técnica com especialistas também para estudar o que precisa ser feito de mudança no modelo. Então, acho que é uma situação que começa em novembro e deve se estender até meados de maio, junho, para você ter uma definição clara do modelo que você vai estar adotando para os próximos anos.

Roberta – Mas é um dos objetivos ou não reajustar ou até baixar a tarifa nos dias úteis?
Ducci –
Na proposta de licitação sempre tem que ser isso, né? Como que vai ser, como que vai acontecer, é só o processo licitatório que vai apontar de que forma você vai fazer isso. Eu acho assim que tem que ter muito cuidado com esses processos todos para não estar prometendo hoje campanha, uma coisa que depois quando vai chegar lá no ano que vem você não vai dar conta de estar cumprindo. Eu tenho muito cuidado e muita responsabilidade para dizer assim, vamos montar todo o processo para que a gente possa ter uma tarifa mais baixa e uma tarifa acessível. Esse é o objetivo do processo licitatório. E a gente já está propondo, na verdade, para o dia 26 de janeiro de 2025, sendo as eleições, de tarifa domingueira a zero em Curitiba. Como nós tínhamos tarifa domingueira antes, vamos voltar com a tarifa domingueira. Agora, de graça, igual acontece em São Paulo. Curitiba é uma cidade de 1 milhão e 800 mil habitantes. São Paulo é uma cidade com quase 12 milhões de habitantes e tem tarifa a zero aos domingos. É possível porque você movimenta toda a cidade. A gente quer juntar para a tarifa domingueira zero, um grande movimento cultural em Curitiba, nos nossos parques, nas nossas praças, nas nossas regionais, usando os artistas locais aqui da cidade, com a Fundação Cultural fazendo o digital e pagando o cachê para eles, para dar todo o movimento na cidade de Curitiba. Acho que são coisas muito importantes que vão movimentar o eixo da Rua das Flores também, a gente vai fazer grandes atividades culturais para fazer um movimento grande no centro de Curitiba, porque o centro de Curitiba daqui a pouco vai morrer totalmente e ninguém vai querer mais andar no centro da nossa cidade do jeito que ele está.

Lenise – E uma das coisas que tem no Centro é uma grande população de rua sem destino. O que o senhor propõe a curto prazo, vamos dizer, para essa questão?
Ducci –
Nós vamos começar assim. Primeira coisa, vamos criar a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, reforçar, fazer concurso público e reforçar a equipe de assistência social desta secretaria. Hoje nós temos um número reduzido de funcionários da FAS na área da assistência social para dar conta de todo esse trabalho. O pessoal está se dedicando, trabalhando bastante, mas não dá conta. São cento e poucos assistentes sociais que estão na FAS hoje. Educadores sociais antes eram 800, agora me parece que são aproximadamente 400. E esse movimento de créditos cuidarem dos CRAs. Os CRAs quando deixei a prefeitura eram 45. Hoje parece que são 37. Diminuíram o número de CRAs, ao invés de aumentar, diminuiu. Então é um movimento muito grande que tem que ter uma secretaria, uma secretaria forte, robusta, que possa fazer ações claras e concretas. E a primeira ação vai ser fazer um grande censo das pessoas em situação de rua. Hoje nós não sabemos exatamente quem está na rua e por que a pessoa está na rua e de onde ela veio. Então a primeira coisa é saber quem são essas pessoas, porque tem gente que está lá porque tem transtorno mental, tem gente que está lá porque é usuário de droga, usuário alcoolista, tem pessoa que está lá porque está escondida por algum motivo, tem pessoas que estão lá porque não tem aonde morar. Então é preciso saber quem são essas pessoas, fazer uma grande parceria com as entidades da igreja católica, pastoral da pessoa em situação de rua, fazer parceria com as igrejas evangélicas e com as entidades sociais que já atuam nessa situação. E poder, com todo esse grupo, a gente poder dar um direcionamento para cada caso individualizado que a gente for encontrando. Tem gente que vai querer continuar na rua? Sim, vai ter gente que vai querer continuar na rua. Mas tem muita gente que vai querer ter uma oportunidade diferente que a gente vai estar oferecendo para ela. Hoje, recentemente, eu fui lá no Sítio Cercado numa entidade católica, que é Monte Carmelo, que faz recuperação de pessoas usuárias de álcool. E você vê o resultado fantástico que eles têm. Só que eles fazem sem apoio de ninguém e fazem recuperação de 70 pessoas ao longo de nove meses. É um grupo pequeno, mas se você conseguir ir multiplicando esses números de entidades que possam fazer esse trabalho, trabalho sério, acompanhado pela prefeitura, eu acho que a gente tem condições de amenizar essa situação. Porque não dá mais você imaginar o centro de Curitiba, ninguém mais está circulando. O comércio está fechando. Tem que ter sensibilidade social para isso, e acho que a gente tem condições de fazer um trabalho muito bom nesse sentido.

Lenise – Quase todos os candidatos, uma boa parte deles, que veio aqui a Sabatinas do Bem Paraná falou justamente em duas estratégias muito parecidas, talvez em outras palavras, mas na necessidade de haver um censo para identificar exatamente o número de pessoas morando em situação de rua, e a possibilidade de criar parcerias com outras instituições. A atual administração não tem isso? Ela se descuidou dessa população nesse período? O que aconteceu para que Curitiba chegasse hoje a ser a sexta capital brasileira com o maior número de moradores em situação de rua proporcionais à sua população, que é o pior índice do sul do Brasil?
Ducci –
Eu acho que faltou estrutura, Acho que a estrutura é uma questão importante nesse caso. E também acho que houve muita pressão. Qual o caminho que o prefeito vai seguir? Então, você olha os quadros da Guarda Municipal, que a gente teve acesso a fotografias e tudo mais, dizem assim, o prefeito vai passar por aqui. Deixar o pessoal fazendo pressão naquele caminho para tirar as pessoas dali. Vocês já viram áudio, inclusive, sobre isso. Um tempo atrás saiu áudio que foi divulgado sobre esse tipo de orientação dada pela própria presidente da FAS.

Lenise – A administração pública escondeu essa realidade do prefeito?
Ducci –
Não sei, acho que o prefeito está vendo, mas acho que é uma situação onde há uma preocupação maior em esconder a realidade do que em expô-la. Eu acho que a prefeitura não tem que ter medo de expor a situação, que não é só dos moradores de rua, mas quando você vai para a periferia da cidade, você encontra em muitos locais de ocupação uma situação tão grave como quanto. Entendeu? Pessoas lá morando em situação muito difícil, a prefeitura fazendo de conta que não está vendo aquilo ali, pessoas passando fome, passando necessidades, tendo dificuldade de acesso a serviços públicos, dificuldade de acesso muitas vezes a benefícios oferecidos até pelo próprio governo federal. E a gente parece que fica tudo escondido. Então, quando você anda pela periferia, você vê que a situação é muito grave na área social. Tem muita pobreza e pessoas em situação muito crítica. A gente precisa estar revertendo, expondo essa situação e tentando reverter. Eu, em dois anos e pouco, entreguei mais de 12 mil moradias em Curitiba. Agora, em oito anos, vou entregar 300 e poucas moradias. Então, assim, é uma diferença muito grande. Regularização fundiária, o que foi realmente feito? Nós temos áreas que estão ocupadas há mais de 30 anos e ainda não estão regularizadas. Você tem que fazer regularização fundiária dessas áreas e tirar as pessoas que estão em área muito crítica e colocar para morar em um lugar mais adequado. Buscar esse tipo de solução eu acho que é fundamental nos próximos anos. Você vai ter uma degradação muito grande na periferia e pessoas em situação muito crítica.

Roberta – Isso também envolve uma questão ambiental e a gente falou muito pouco nas entrevistas sobre a questão da preservação dos rios. Eu vi que no teu plano de governo tem uma proposta para a preservação do Rio Iguaçu que se chama o Projeto Novo Umbará. Eu queria entender o que é.
Ducci-
Primeiro, na preservação dos rios, nós temos muitas áreas que estão ocupadas e as pessoas estão próximas aos rios, praticamente na beira dos rios. Se vai aqui na Vila Joanita, você vai ver casas penduradas na beira do rio. Você vai para Portelinha, lá embaixo, várias casas penduradas na beira do rio. Em outros locais também. Acho que a primeira coisa é chegar nesses locais. E ter uma proposta de aluguel social, retirar essas pessoas de lá e montar parques de preservação ambiental. Como aconteceu com a gente lá na região próximo ao aeroporto, na divisa com São José dos Pinhais, no Iguaçu, que tinha aquela ocupação grande de praticamente 400 e poucas famílias que moravam lá e nós construímos as moradias todas atrás do alvo de União, do Alvorado, construímos comunidades de saúde e tiramos aquelas pessoas dali. O Novo Umbará e a preservação do Iguaçu, que é o segundo rio mais poluído do Brasil.. Então você poder fazer a recuperação dessas áreas é fundamental a gente começar a fazer algum tipo de trabalho na preservação tanto do Iguaçu, como do Belém, como do Barigui e acho que isso a gente tem muita vontade de estar fazendo esse trabalho de reorganização e de despoluição dos rios de Curitiba.

Lenise – Acho que dá tempo de passar por mais um tema ainda, pelo menos, no seu plano de governo, mas não existe, ou pelo menos eu não encontrei, peço desculpa se eu estiver equivocada na minha pesquisa, mas nenhuma sessão específica dedicada a políticas públicas para as mulheres, são só algumas situações, entendo que em lugares bastante importantes, fundamentais, como na saúde, em relação às creches, à amamentação, Mas eu lhe pergunto se depois da extinção da Secretaria da Mulher aqui no município de Curitiba pelo governo greco não há motivos para reorganizar uma política mais dirigida para essa parcela da população que é uma parcela majoritária mesmo que reduzido em termos conceituais.
Ducci –
Nós vamos gravar amanhã o programa de mulheres. Mas assim, a proposta nossa é a recriação da Secretaria das Mulheres, coisa que a atual gestão acabou e está dizendo que vai recriar de novo. Me parece muito que o candidato oficial da prefeitura é o candidato mais de oposição que a prefeitura tem, porque ele vai recriar tudo aquilo que eles desmancharam no começo da gestão, agora parece que tudo vai voltar. Plano de cargos e carreiras dos servidores públicos municipais, a UPA da matriz que eles fecharam agora vai reabrir, Secretaria das Mulheres que eles fecharam agora diz que vai reabrir, e assim por domingueira que eles acabaram agora vai voltar, mas enfim, isso é só uma constatação do que a gente está vivenciando hoje. A gente vai recriar a Secretaria das Mulheres, sim. Eu defendo muito políticas públicas voltadas para as mulheres. Durante a minha gestão de prefeito, os grandes cargos da prefeitura sempre foram dirigidos por mulheres. Vai voltar a ser a mesma coisa. Porque, por conta que nós temos hoje os servidores públicos municipais, mais de 70% são mulheres, então é um quadro onde as mulheres têm uma força muito grande dentro da prefeitura e as mulheres vão voltar a comandar pastas importantes e estratégicas. Mas voltar com uma secretaria forte, com um olhar muito forte para a implantação de políticas voltadas às mulheres. A gente está bem preparado, bem pronto para fazer isso.

Lenise – O senhor consegue pensar em algumas prioridades?
Ducci –
A prioridade na saúde da mulher que é uma coisa que eu entendo particularmente bastante, vem o Hospital da Mulher Curitibana no bairro Novo, um hospital voltado integralmente a mulher com a questão da especificidade da ginecologia com ambulatório, com horário estendido para as mulheres. A questão da vinda do novo Mãe Curitibana, garantindo às mulheres a vaga na creche já na primeira consulta de pré-natal, o combate à violência contra a mulher com reforço na Patrulha Maria da Penha, a questão do servidor, da equipe mesmo da prefeitura ser composta em boa parte por mulheres, não só para equiparar homens e mulheres, não é isso, mas a força das mulheres dentro da prefeitura é muito grande, o comando das pastas principais provavelmente vai ser feito pelas mulheres da própria prefeitura.


Martha- Eu quero fazer uma última pergunta antes de partir para o nosso bate-bola. Uma coisa bem rápida, vai ser fácil de responder. O senhor espera manifestações públicas de apoio do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin ou inclusive trazê-los para cá, ainda para a campanha?
Ducci-
Eu pretendo sim. As declarações públicas nós já temos. Trazer para a campanha depende da agenda tanto do presidente como do vice-presidente. Gostaria muito que eles reaçam para a campanha.

Bate-bola
Um lugar de Curitiba? Mercado Municipal.
Uma comida de Curitiba? Eu gosto de comida italiana.
Um clube de futebol de Curitiba? Paraná Clube.
Um artista de Curitiba? Ah, não sei te responder assim, nunca pensei.
Uma personalidade pública de Curitiba? Uma das personalidades públicas que eu sempre mais respeitei foi o Jaime Lerner que já falecido, é uma pessoa que eu respeito bastante pela trajetória política dele.
Onde Curitiba é justa e onde não é? Eu acho que ela é justa na parte mais central, ela é injusta na periferia.
Esquerda ou direita? Eu sou uma pessoa da área social, sou um técnico da área social.
Lula ou Bolsonaro? Lula.
Um nome para o governo do estado em 2026? Não tenho ainda.

Perfil de Luciano Ducci

Luciano Ducci é curitibano, médico pediatra e deputado federal pelo PSB. Em 2005, tornou-se vice-prefeito de Curitiba na chapa de Beto Richa (PSDB). De 2010 a 2012, Luciano Ducci assumiu a Prefeitura de Curitiba. Em 2014, elegeu-se o deputado federal mais votado do PSB do Paraná, reeleito em 2018 e em 2022.

Saiba como os outros candidatos foram na Sabatina Bem Paraná

Como é a Sabatina Bem Paraná

O candidato Luciano Ducci foi recebido no Estúdio de Podcast do Bem Paraná. Quem comandou a Sabatina Bem Paraná foi a experiente jornalista Martha Feldens, que também é responsável pelo blog sobre eleições no portal. Na entrevista de hoje, as jornalistas convidadas foram Lenise Aubrift Klenk e Roberta Canetti.

Cada sabatina durou 40 minutos e foi transmitida ao vivo pelo You Tube do Estúdio Bem Paraná, no Facebook , e Instagram do Bem Paraná.

O Bem Paraná entrevistou os dez candidatos a prefeito de Curitiba e retoma o projeto caso haja segundo turno.

Sobre as entrevistadoras de Luciano Ducci

Martha Feldens

Jornalista profissional com experiência em jornalismo diário impresso e on-line, com passagens por veículos da imprensa regional e nacional, como Jornal do Brasil, Editora Abril, Gazeta Mercantil e Grupo Band. Atuou também em comunicação governamental e assessoria política. Atualmente, produz o Blog da Martha Feldens, de política, no portal Bem Paraná, e o site de viagens Nuestra América.


Lenise Aubrift Klenk

Professora dos cursos de Comunicação da PUCPR, mestre e doutoranda em Comunicação e Política pela Universidade Federal do Paraná. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Compa, “Comunicação e participação política”. Formada em Jornalismo pela UFPR em 1998, acumula experiência profissional em redações e assessorias de comunicação. Trabalhou no Jornal do Estado (hoje Bem Paraná), Gazeta do Povo, Rádios CBN e BandNews, e tem reportagens publicadas em veículos como O Estado de S. Paulo e UOL. Coordenou equipes de Comunicação na OAB Paraná e Instituto Lactec.

Roberta Canetti

Roberta Canetti é jornalista, cofundadora da Bombai Comunicação e apresentadora da Rádio T. Formada pela PUCPR e graduada também em Direito pela UFPR, trabalhou como repórter (O Globo e Gazeta do Povo), produtora, editora e âncora de rádio (CBN, BandNews e Rádio T) e televisão (Band, RIC, Record News). Coordenou o Departamento de Vídeo da Prefeitura de Curitiba.

Ficha técnica

Coordenação e produção: Josianne Ritz
Produção e redes sociais: Luísa Mainardes
Operação e edição: Evandro Soares e Luísa Mainardes