O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) rebateu hoje em vídeo e texto publicado nas redes sociais, as acusações de caixa dois envolvendo o tenente-coronel do Exército, Mauro Cesar Barbosa Cid, o “coronel Cid”, ajudante de ordens dele durante o governo. De acordo com o site Metrópoles, investigações da Polícia Federal teriam identificado transações financeiras atípicas do ajudante de ordens com cartões corporativos da Presidência.
Segundo reportagem publicada pelo portal Metrópoles, investigações apontaram que o militar estaria envolvido com o gerenciamento de uma espécie de caixa 2 dentro do Palácio do Planalto, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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O coronel Cid era braço direito de Bolsonaro, responsável por acompanhá-lo, atender ligações e pagar contas da família do então chefe do Executivo. De acordo com o Metrópoles, a investigação descobriu um suposto caixa 2, que era alimentado por saques feitos a partir de cartões corporativos da Presidência e de transações oriundas de militares lotados em quartéis das Forças Armadas.
Com dinheiro proveniente desse caixa informal, a PF encontrou pagamentos de faturas de um cartão de crédito que estava em nome de uma amiga próxima a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. As despesas também seriam de Michelle.
As investigações ocorreram após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizar quebras de sigilos nas operações realizadas pelo tenente-coronel, que mostraram que parte dos saques era feita em uma agência bancária localizada dentro do Palácio do Planalto.
O caixa 2 funcionava de forma parecida ao caso das “rachadinhas”, envolvendo o senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente. Em ambas as situações, as investigações apontam para pagamentos em espécie e uso de funcionários de confiança nas operações.
Para além do valor sacado usando os cartões corporativos, há indícios de valores provenientes de saques feitos por outros militares ligados a Cid e lotados em quartéis de fora de Brasília que eram repassados ao tenente-coronel. Segundo o portal, os detalhes dessas transações ainda estão em sigilo.