O atual prefeito de Salvador, Bruno Reis (UniĂ£o Brasil), foi reeleito no primeiro turno e terĂ¡ mais quatro anos Ă  frente da prefeitura, que tem sido o maior cartĂ£o postal do partido no Brasil. A eleiĂ§Ă£o neste domingo, 6, representa uma vitĂ³ria do carlismo, que voltou ao poder em 2012 com a eleiĂ§Ă£o de ACM Neto.

Com 76,64% das urnas apuradas, Reis teve 78,09% dos votos vĂ¡lidos no primeiro turno, o que garantiu sua vitĂ³ria jĂ¡ neste domingo, 6. O segundo colocado, atĂ© agora, foi Kleber Rosa (Psol), com 11,08%, seguido por Geraldo JĂºnior (MDB), atual vice-governador da Bahia e apoiado pelo PT, que teve 10,26% dos votos vĂ¡lidos.

Vice de ACM Neto na prefeitura de 2017 a 2020, Bruno Reis migrou do MDB para o DEM (atual UniĂ£o Brasil) em 2020 para ser candidato do grupo polĂ­tico criado em torno de AntĂ´nio Carlos MagalhĂ£es (1927-2007), avĂ´ de ACM Neto.

Esta Ă© a terceira vez seguida que o grupo hoje liderado por ACM Neto vence a eleiĂ§Ă£o em Salvador no primeiro turno, o que demonstra o amplo apoio do carlismo na capital. O neto de AntĂ´nio Carlos MagalhĂ£es venceu em 2016 com 73,99% dos votos vĂ¡lidos. Em 2020, Reis ganhou com 64,2% dos votos vĂ¡lidos.

Com uma gestĂ£o bem avaliada na capital baiana, o prefeito reeleito terĂ¡ o desafio de, nos prĂ³ximos dois anos, manter a popularidade para viabilizar os planos do UniĂ£o Brasil de vencer o PT a nĂ­vel estadual, retomando o poder na Bahia. Desde 2007, o Estado Ă© governado por petistas (primeiro Jaques Wagner, depois Rui Costa e agora JerĂ´nimo Rodrigues). Com a vitĂ³ria maiĂºscula em Salvador, o UniĂ£o Brasil tentarĂ¡ reunir forças para disputar novamente contra o PT em 2026 o governo estadual.

Durante a campanha, Reis prometeu qualificar mais 100 mil pessoas pelo programa “Treinar para Empregar”, com o objetivo de oferecer mĂ£o de obra qualificada para o mercado de trabalho em Salvador. TambĂ©m prometeu melhorias no transporte pĂºblico, como retomada de linhas de Ă´nibus e veĂ­culos com ar-condicionado. O prefeito, porĂ©m, rejeitou uma proposta apresentada por adversĂ¡rios de instituir tarifa zero no transporte, alegando que o orçamento da cidade nĂ£o Ă© suficiente para bancar a medida.