Foto; Franklin de Freitas

O Paraná tem pelo menos 55 pontos de bloqueio em rodovias federais e 36 em rodovias estaduais na noite desta segunda-feira (31) por conta de manifestações de caminhoneiros apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), segundo boletim das 21h50. Há bloqueios em 13 cidades da Região Metropolitana de Curitiba: São José dos Pinhais (3), Piraquara (1), Fazenda Rio Grande (1), Campo Largo (1), Tijucas do Sul (1), Curitiba (2), Araucária (1), Contenda (1), Almirante Tamandaré (1) e Lapa (1), segundo os boletins da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual. Em todo o País, eram 321 pontos de bloqueio às 20h33. Todas as unidades da Federação registravam ocorrências

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, determinou na noite desta segunda-feira (31) que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e as polícias militares dos estados tomem ações imediatas para desbloquear as estradas. A informação foi dada pelo ‘Jornal Nacional’. O ministro atendeu a um pedido da Confederação Nacional dos Transportes (CNT).

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou nesta segunda-feira, 31, que acionou unidades regionais da Advocacia-Geral da União (AGU) para garantir o fluxo de estradas brasileiras ocupadas por bloqueios de caminhoneiros contrários à vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em nota, a AGU informou que ajuizará as ações, mas que “a Polícia pode atuar sem demandar autorização”. Ao Estadão, a AGU afirmou que “recebeu, por enquanto, pedido de atuação por meio das unidades da Procuradoria da União em Rondônia Goiás e no Pará”. O órgão informou que vai “tomar as medidas cabíveis por meio de suas unidades regionais”.

“É importante destacar que existem pareceres jurídicos da instituição que autorizam atuação de ofício das Polícias, sem demandar autorização judicial, como ocorreu em 2018, por ocasião da greve dos caminhoneiros”, registrou a AGU.

Veja aqui as rodovias estaduais bloqueadas

O Ministério Público Federal (MPF) pediu na tarde desta segunda-feira, 31, que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informe as medidas adotadas para desmobilizar os bloqueios de caminhoneiros nas estradas após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O governo do Estado, por sua vez, anunciou nesta segunda que vai encaminhar à Procuradoria-Geral do Estado pedido de ação judicial para garantir o desbloqueio das estradas estaduais. O pedido será feito por meio da Secretaria da Segurança Pública.

Veja os pontos bloqueados no Paraná, segundo a PRF até as 21H50 horas:

Os protestos tiveram início já na noite de domingo (30) e seguem nesta segunda-feira (31). Eles protestam porque Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o segundo turno das eleições. por conta da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno.

Confira a íntegra da nota da PRF sobre os bloqueios:

“A Polícia Rodoviária Federal (PRF), instituição permanente de Estado, sempre trabalhou com o compromisso constitucional de garantir a mobilidade eficiente, a preservação da ordem pública, a segurança viária, e o combate ao crime nas rodovias federais brasileiras.

É importante destacar que a PRF já acionou a AGU em todos os estados onde foram identificados pontos de bloqueio, para obter interdito proibitório na Justiça Federal, objetivando, liminarmente, a expedição de mandado judicial como forma de garantir pacificamente a manutenção da fluidez nas rodovias federais brasileiras

Desde ontem, quando surgiram as primeiras manifestações, a PRF adotou todas providências para o retorno da normalidade do fluxo, direcionando equipes para os locais e iniciando o processo de negociação para liberação das rodovias priorizando o diálogo, para garantir, além do trânsito livre e seguro, o direito de manifestação dos cidadãos, como aconteceu em outros protestos.

Por fim, a PRF encontra-se em todos os locais identificados com efetivo mobilizado nos pontos de bloqueio e permanece trabalhando pelo fluxo livre nas rodovias federais, visibilizando-se o escoamento da produção, assim como o direito de ir e vir dos cidadãos, além de seguir monitorando de perto os locais com alta probabilidade de interdição.”