O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) manteve por unanimidade o afastamento do juiz federal do Paraná Sandro Nunes Vieira, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A deliberação aconteceu nesta quarta (11). O magistrado foi citado no relatório final do inquérito do golpe, elaborado pela Polícia Federal, que levou ao indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de 36 aliados.
Leia mais
- Traiano mostrou sua força na eleição para a CCJ
- Assembleia Legislativa aprova orçamento recorde para o Paraná na última votação do ano
O relatório da Polícia Federal afirma que o juiz “atuou de forma ilegal e clandestina, ao assessorar o Partido Liberal na representação eleitoral contra as urnas eletrônicas”.
Com a decisão, o plenário do CNJ confirmou a liminar do corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell, que determinou em 28 de novembro o afastamento do juiz. O caso tramita em sigilo no CNJ.
Golpe: PL foi multado pelo TSE
O PL foi multado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em R$ 22,9 milhões por questionar a segurança das urnas e pedir a anulação de parte dos votos após o segundo turno. Os ministros concluíram que houve “má-fé” do partido de Bolsonaro.
O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) também abriu um processo administrativo para verificar a conduta do juiz. Procurada, a Corte informou que vai cumprir todas as determinações do CNJ.