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Condenados por pichação podem ser proibidos de participar de concursos e até de conseguir benefícios sociais em Curitiba

Câmara Municipal de Curitiba (CMC), editado por Rodolfo Luis Kowalski
pichação

Projeto prevê sanções administrativas para quem for condenado por pichação em Curitiba. (Foto: Divulgação/GMC)

Pessoas condenadas pelo crime de pichação em Curitiba podem passar a sofrer sanções diversas, inclusive com restrição no acesso a concursos públicos municipais e benefícios sociais. É isso o que pretende um projeto de lei de autoria do vereador Eder Borges (PL), que começou a tramitar recentemente na Câmara Municipal de Curitiba (CMC).

A proposta prevê limitar o acesso a concursos públicos municipais, benefícios sociais, isenção de taxas de inscrição e meia-entrada em eventos promovidos pela Prefeitura. Ademais, o texto também diz que as sanções poderão ser estendidas aos responsáveis legais de menores condenados pela prática (005.00447.2025).

Além das sanções, os infratores também seriam obrigados a reparar os danos causados ao patrimônio público ou privado, por meio de indenização pecuniária ou limpeza e restauração do bem danificado. No caso de menores, a responsabilidade pela reparação poderá recair sobre seus responsáveis legais, caso comprovada a impossibilidade de execução pelo próprio menor.

Os valores arrecadados com as indenizações serão geridos pelos órgãos municipais de assistência social, que deverão utilizá-los para promover campanhas de conscientizaçãoações educativas e outras iniciativas preventivas contra a pichação. A proposta ressalva que as sanções previstas na iniciativa não substituem nem prejudicam outras normas vigentes relacionadas ao combate ao crime de pichação.

O autor da proposta, Eder Borges, justifica o projeto diante do elevado número de ocorrências relacionadas à prática na cidade, ressaltando o compromisso do Poder Legislativo de colaborar com o Poder Executivo na preservação dos bens públicos e na promoção da urbanidade.

O projeto de lei foi protocolado no dia 4 de junho e aguarda a instrução da Procuradoria Jurídica (ProJuris). Se aprovado pelos parlamentares e sancionado pelo prefeito, o projeto entra em vigor na data de sua publicação. Confira na imagem abaixo como é o trâmite de um projeto de lei na Câmara Municipal de Curitiba.