
A Prefeitura de Piraquara, na Região da Metropolitana de Curitiba, determinou a exoneração de Raniere Geovane Marques Simões, atual secretário municipal de Saúde, nesta terça (17). Ele é um dos alvos da Operação Simetria da Polícia Federal (PF), que combate corrupção e lavagem de dinheiro relacionados à gestão de contratos públicos de saúde. O grupo usava contratos superfaturados para desviar dinheiro do Sistema Único da Saúde (SUS). A operação foi realizada nas cidades de Curitiba e Piraquara, no Paraná, e em Sorocaba, São Paulo.
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“A Prefeitura de Piraquara informa que tomou ciência da Operação Simetria por meio da imprensa e, de forma imediata, determinou a exoneração do Secretário Municipal de Saúde, a fim de possibilitar a apuração dos fatos. A administração municipal esclarece que rescindiu, há seis meses, o contrato com a organização social mencionada na operação, em razão de pendências relacionadas a débitos trabalhistas. Reafirma, ainda, seu compromisso e total disposição para colaborar com as autoridades competentes nas investigações em curso”, diz a nota da Prefeitura de Piraquara.
A investigação iniciou com dados coletados nas Operações Sépsis e Ártemis, revelando indícios de que o Secretário de Saúde de Piraquara teria recebido pagamentos indevidos de empresas controladas pelo Diretor do INCS, organização social responsável pela gestão da UPA de Piraquara. Esses pagamentos foram destinados ao escritório de advocacia do Secretário, sem justificativa de serviços prestados, como forma de garantir a renovação do contrato da organização com o município.
Durante a operação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão — um em Piraquara, um em Curitiba e um em Sorocaba. Os valores em contas bancárias e bens do agora ex-secretário foram sequestrados. A ação mobilizou 16 policiais federais.
A Justiça também decretou o sequestro de bens e o bloqueio de recursos financeiros dos investigados e de suas empresas em cerca de R$ 9,5 milhões . Tal valor é fundamentado nos montantes apontados pelo TCE/PR, relacionados a irregularidades apuradas na execução de contratos entre prefeituras paranaenses e o grupo empresarial investigado, a título de sobrepreço, não execução de serviços contratados ou ausência de recolhimento de impostos, dentre outras ilegalidades.
Como começou a operação Sépsis da Polícia Federal
A investigação teve início com dados coletados nas Operações Sépsis e Ártemis, revelando indícios de que o Secretário de Saúde de Piraquara teria recebido pagamentos indevidos de empresas controladas pelo Diretor do INCS, organização social responsável pela gestão da UPA de Piraquara. Esses pagamentos foram destinados ao escritório de advocacia do Secretário, sem justificativa de serviços prestados, como forma de garantir a renovação do contrato da organização com o município.
Caso as acusações sejam confirmadas, os envolvidos poderão ser processados pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas somadas podem resultar em condenações expressivas.