Um dos principais nomes do Partido Liberal (PL), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) recebeu duras críticas por não ter comparecido ao ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizado neste domingo (29), na Avenida Paulista.
Mesmo sendo aliado próximo de Bolsonaro, Nikolas se ausentou para participar de um casamento em Belo Horizonte, do qual seria padrinho, em Belo Horizonte (MG).
O deputado faltou ao ato pois seria padrinho do casamento da prima com um amigo próximo.Segundo a assessoria de Nikolas, sua ausência já havia sido justificada ao partido e o próprio Jair Bolsonaro estava ciente do compromisso.
Mesmo assim, o deputado foi criticado por seus seguidores nas redes sociais. Horas antes do ato, Nikolas fez uma publicação em seu perfil no X (antigo Twitter) pedindo pela anistia dos condenados pelos atos golpistas do 8 de Janeiro. O post teve mais de 380 mil visualizações e diversos comentários questionando sua ausência na manifestação.
Além de Nikolas, a esposa de Jair Bolsonaro e presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, também não compareceu à Paulista sob a justificativa de que estaria em outro evento do partido, em Roraima.
A manifestação
O ato na Avenida Paulista reuniu parlamentares, ex-ministros de Estado e governadores aliados, sob o mote “Justiça Já”. Além de Bolsonaro, deputados federais e senadores, incluindo seu filho Flávio Bolsonaro (PL-RJ) utilizaram o palanque para discursar.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), um dos principais nomes cotados para disputar a Presidência da República em 2026, quando Bolsonaro estará inelegível, se referiu ao ex-presidente como “o maior líder político da história”, fazendo brados de “Fora, PT” e “Volta, Bolsonaro”.
Embora os participantes do ato tenham pedido anistia aos presos pelo 8 de janeiro, os discursos se concentraram em críticas ao governo Lula e ao Supremo Tribunal Federal (STF), e nas perspectivas eleitorais para 2026.
A manifestação reuniu cerca de 12,4 mil pessoas, segundo análise do Monitor do Debate Público do Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP). O número é o menor registrado em São Paulo em manifestações bolsonaristas desde que Jair Bolsonaro (PL) deixou a presidência em 2022.