A comunidade acadêmica da Universidade Positivo (UP), em Curitiba, está em alerta depois da ameaça de um aluno do curso de Direito no domingo (4) à noite. No meio de uma discussão política no whatsapp no grupo da sala, o aluno, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), prometeu levar uma arma de fogo para o Campos Ecoville nesta segunda (5) de manhã e fez ameaças: “Apareço e vou meter bala em quem vier”, escreveu o aluno no grupo. A polícia militar foi chamada pela direção da universidade para reforçar a segurança. Ele foi abordado pelos policiais no estacionamento na instituição e ouvido para esclarecimentos. Ele estava desarmado, negou que tenha feito ameaças e que a frase sobre a arma foi tirada de contexto. Fontes ouvidas pelo Bem Paraná informaram que o estudante foi suspenso e encaminhado para o setor de psicologia acadêmica. Os familiares deleforam chamados pela direção da UP. Ele teria também feito um Boletim de Ocorrência contra os colegas.
Em nota oficial, a UP relatou que procurou autoridades e que está prestando auxílio aos envolvidos. “A Universidade Positivo informa que, assim que teve conhecimento do ocorrido, acionou as autoridades competentes e está prestando auxílio a todos os envolvidos, com o objetivo de preservar sua comunidade acadêmica. A UP declara que preza pela pluralidade de ideias e respeito entre as diferentes opiniões, pois, só assim, é possível formar cidadãos críticos e responsáveis e reitera que repudia qualquer ato de violência e discriminação, dentro e fora do ambiente acadêmico. Reforçamos, ainda, que as atividades acadêmicas seguem normalmente nesta segunda e terça-feira, dias 5 e 6 de setembro”, informou a UP, na nota.
O clima é de medo
O clima de medo tomou conta da comunidade acadêmica. Algumas coordenações suspenderam as aulas presenciais nesta segunda (5), mas oficialmente, a universidade manteve as aulas e reforçou a segurança no campus. Nos grupos de whatsapp, estudantes temem quem o estudante tente outra ação e muitos não compareceram às aulas hoje.
A reportagem do Bem Paraná aguarda o posicionamento da polícia militar sobre o caso. Até o momento, a Polícia Civil não foi notificada.