O dono da lanchonete Waldo X-Picanha Prime, que foi preso na última quarta-feira (24), por tráfico de drogas, é ex-funcionário comissionado da Assembleia Legislativa do Paraná e trabalhou com o ex-deputado Fábio Camargo na 4ª e 5ª secretarias da Casa.

Conforme apurado pela reportagem da rádio BandNews FM, Alexandro Cardoso, de 36 anos, figura no Portal da Transparência da Alep como comissionado, no período entre junho de 2011 e julho de 2013. Ele e o gerente do estabelecimento, que fica na Alameda Cabral, foram presos por policiais da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), após sete meses de investigação.

O ex-deputado estadual e atual conselheiro afastado do Tribunal de Contas do estado, Fábio Camargo, não quis gravar entrevista, mas afirmou à reportagem na BandNews que ficou surpreso com a prisão de Alexandro Cardoso, pois considerava ele um bom funcionário. O ex-deputado e filho do ex-presidente do Tribunal de Justiça do Paraná Clayton Coutinho de Camargo, afirma ainda que não tinha conhecimento das atividades criminosas do funcionário.

 

A Polícia Civil vai investigar por qual razão documentos em nome do conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) Fábio Camargo estavam na lanchonete que vendia drogas por telefone, em Curitiba. Na operação realizada na quarta-feira (24), no Waldo X Picanha Prime, na Alameda Cabral, os policiais apreenderam vários documentos, entre eles, uma conta de telefone com o mesmo endereço da lanchonete em nome do ex-deputado.

Outros papéis ligados ao escritório de advocacia que Camargo mantinha também foram apreendidos pela Polícia Civil. Camargo fechou o escritório ao assumir o cargo de conselheiro no TCE-PR. Atualmente, ele está afastado do cargo devidoa a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

 Ele disse à reportagem da RPC TV que os documentos encontrados pela polícia são do escritório de advocacia dele e que o dono do bar era um cliente do escritório. Sobre a conta de telefone, Fábio Camargo disse que há dois anos pretendia montar um negócio no local e que, por isso, instalou o telefone. Segundo ele, o negócio não foi adiante e, desde então, pediu por telefone e por e-mail que a operadora mudasse a titularidade da linha.