Entrevista com Eduardo Pimentel
Entrevista com Eduardo Pimentel no Estúdio Bem Paraná (Foto Franklin de Freitas)

Vice-prefeito de Curitiba e secretário de Estado das Cidades, Eduardo Pimentel (PSD) confirma, em entrevista exclusiva ao Bem Paraná, que é pré-candidato à sucessão de Rafael Greca (PSD) para as eleições de 2024. E defende a composição de uma chapa única dos partidos da base de Greca e do governador Ratinho Júnior (PSD). Ambos já declararam publicamente o apoio a Pimentel, sinalizando que esse deve ser o caminho do grupo para a disputa do ano que vem na Capital.

O secretário considera natural que os partidos aliados a Ratinho Jr tenham, nesse momento, há mais de um ano da eleição, outros pré-candidatos, como o deputado estadual Ney Leprevost (União Brasil) e o ex-deputado federal Paulo Martins (PL). Mas acredita que a partir de abril do ano que vem, as conversas para a formação de uma chapa de consenso e a escolha de um candidato único do grupo avancem com o apoio de Ratinho Jr. Em 2020, o governador atuou pessoalmente para que os partidos de sua base abrissem mão de candidaturas próprias para apoiar a reeleição de Greca, o que garantiu a vitória já no primeiro turno. “Tenho interesse, já tenho dito isso publicamente, de fazer uma composição com os partidos da base aliada do governador Ratinho Júnior em prol da cidade”, disse ele.

A conversa com Eduardo Pimentel foi gravada no Estúdio do Bem Paraná abre uma série de entrevistas especiais do jornal com os pré-candidatos a prefeito de Curitiba. Ela pode ser assistida também na íntegra no site Bem Paraná, bem como nas principais plataformas de podcasts, como Spotify, Amazon Music e Google Podcast, e também em vídeo, no You Tube.

Bem Paraná – O senhor assumiu a Secretaria de Cidades em janeiro. Como que tem sido essa experiência considerando que é uma das secretarias que tem maior capilaridade, que atende potencialmente os 399 municípios?

Eduardo Pimentel – Uma grande experiência. Uma grande oportunidade que eu agradeço ao governador Ratinho Júnior. Eu estou como vice-prefeito no segundo mandato do prefeito Rafael Greca. Fui secretário de obras de Curitiba. Entregamos todas as obras que estavam paradas no início da nossa primeira gestão. Em 2017 demos início a esse grande pacote de obras que dura até hoje e tive a oportunidade agora na mudança do primeiro pro segundo governo do governador Ratinho Júnior de assumir a Secretaria das Cidades que era a Secretaria de Desenvolvimento Urbano que ele mesmo, governador, já tinha sido e já foi secretário por seis anos no governo anterior. É uma missão muito grande. Primeiro valorizo porque ele traz para ser o cargo de secretário uma pessoa que está nas cidades. Alguém das cidades. Vice-prefeito, secretário. Então eu conheço o desafio dos municípios. Falo a língua dos prefeitos do Paraná. Como aqui Curitiba e região metropolitana e é sim a maior secretaria com elo entre os municípios do Paraná. No primeiro governo foram investidos quase R$ 4 bilhões nos municípios paranaenses em todos os 399 municípios. Agora é o nosso fortalecimento. Nós já lançamos dois programas de R$ 500 milhões cada um. De R$ 1 bilhão que estão sendo pegos os recursos agora durante o ano, mas é uma política pública de apoio aos municípios. Eu gosto de dizer que a secretaria ela não só investe, mas principalmente. Até porque é uma maior missão, investe nos municípios, seja por financiamento, seja a fundo perdido quando o município não precisa devolver o recurso ou emendas parlamentares. Mas além disso, ela formula a política pública e ela dá apoio técnico aos municípios. Então nós fazemos toda a cadeia de apoio ao desenvolvimento dos municípios focado eh no disinvolvimentu urbano, na área urbana dos municípios.

BP – Vocês lançaram o programa “Asfalto Novo, Vida Nova” em abril. Em que pé está esse programa hoje?

Pimentel – Hoje inclusive eu passei pelo governador que nós estamos em 70% já de projetos ou em licitação ou aprovados. Em abril nós lançamos esse grande programa que hoje é o maior programa de revitalização urbana em andamento no país. Demos seis meses aos prefeitos. Ou seja, até o fim de setembro, comecinho de outubro para que apresente os projetos. Quem não apresentar é perde a vez, porque nós vamos lançar a segunda etapa. A primeira etapa foi de zero a 7 mil habitantes, 160 municípios. Agora nós tamos discutindo com o governador. E ele que vai dar a diretriz. De 7 mil a 10 mil, de 7 a 12 mil habitantes. Nós estamos avaliando isso. É um grande programa de desenvolvimento. De apoio a melhorar o IDH dos municípios, melhorar a qualidade de vida
por mais que ele seja um um programa de infraestrutura é um programa sustentável porque nós vamos acabar com as ruas de chão batido dos municípios paranaense até 7 mil no teto de R$ 5 milhões. Ou seja, aquela família que mora numa rua aqui na frente é um chão batido, que no sol tem problema respiratório da criançada. Na chuva, no barro. Nós vamos dar o recurso a fundo perdido até R$ 5 milhões. Tem município que tem dois, três mil habitantes está recebendo R$ 5 milhões, nunca recebeu isso de uma vez. Para o asfalto nesse trecho. Mas mais do que isso, a galeria de água para o combate ao alagamento e também pra melhorar a durabilidade do asfalto. A calçada com acessibilidade pra criança, para pessoa idosa, para pessoa com deficiência. Para concluir
a malha viária do município. E além disso, aí a parte dos R$ 5 milhões, a troca de toda a iluminação de LED do município, incluindo distritos. E o LED, além de ter uma eficientização energética, ele
diminui custo, a conta de luz vem mais barata para o município.Ele pode utilizar o que ele economiza no orçamento para outra prioridade. Ele aumenta a luminosidade, onde tem luz, tem segurança.

BP – O senhor é de uma família tradicional da política paranaense. Seu avô foi governador. Até que ponto isso influenciou a sua entrada na política?

Pimentel – Primeiro o meu orgulho de ser neto do Paulo Pimentel ex-governador do Estado
que na segunda-feira (7) completou 95 anos com muita saúde, graças a Deus, fruto de uma vida de exercício, de cabeça ativa. Isso que fica de exemplo para nós e que fez muito pelo Paraná. Só para citar o maior orgulho dele é a construção das três primeiras universidades públicas do Paraná, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Maringá e Londrina. sem dúvida acho que o maior legado dele. O que é muito bom. Eu escuto muitas histórias dele, mas eu tenho construído a minha história. Sem dúvida nenhuma é um orgulho muito grande, mas eu me preparei pra estar aqui, pra ocupar o cargo que ocupo, para ter feito o trabalho que eu fiz, sem dúvida ele é uma inspiração. Também é uma responsabilidade para manter o bom nome. Mas eu tenho feito a minha história e é assim que eu quero construir.

Legado: “O que é bom precisa continuar’

Bem Paraná – Tanto o governador Ratinho Júnior quanto o prefeito Rafael Greca já declararam publicamente apoio à sua pré-candidatura à prefeitura Curitiba. Que peso tem esses apoios?

Eduardo Pimentel – Fico muito feliz por isso, porque tanto o governador Ratinho Júnior, quanto o prefeito Rafael Greca têm uma liderança muito forte. Os dois tão bem avaliados tecnicamente. Estão fazendo boas gestões e eu tenho orgulho de fazer parte desse trabalho. Quando eles já se movimentam a favor da nossa discussão, da nossa pré-candidatura eu fico feliz em me dá um incentivo muito grande de continuar trabalhando. Eu defendo que o que é bom precisa continuar. O trabalho delegado precisa ser mantido. Hoje a Prefeitura de Curitiba, com a paz política que o Governo do Estado recebe recurso, apoio técnico, investimento. Isso é muito bom. Ainda mais eu como secretário sei onde buscar os recursos caso a pré-candidatura, a candidatura e a eleição dê certo, É mais é um trabalho de fortalecimento aqui na cidade. A cidade voltou a ter os patamares que sempre teve. Hoje é a capital mais sustentável da América Latina, é uma das seis cidades mais inovadoras do mundo. por vários rankings. É a segunda cidade melhor pra se empreender, segundo o SEBRAE no Brasil. Então é uma quantidade muito grande de investimentos e obras. Três que eu quero citar, que são obras de legado que eu defendo a sua continuidade. E a partir daí as obras de continuidade. Por exemplo, no transporte coletivo que é o nosso grande carimbo. Nós estamos iniciando os processos, já tão abertos vários editais, duas obras importantes: o Inter 2, que é a linha circular, 29 bairros que será requalificado com uma faixa exclusiva. Uma faixa para que o ônibus já elétrico que nós estamos em processo de compra para inclusive ter mais sustentabilidade sem mexer na tarifa. Para que ele diminua o tempo de percurso, seja mais rápido, ou seja, melhora a qualidade de vida do cidadão, que pode sair um pouquinho mais tarde, chegar um pouquinho mais cedo em casa. Esse trabalho de requalificação, bem como o Ligeirão Leste Oeste, que é uma obra de muitos anos, é uma obra longa que é o desalinhamento das estações pra pra ultrapassagem dos ligeirões e aí a reforma do terminal do Capão da Imbuia no Ligeirão Lestee daí já na região oeste o Campina de Siqueira e o Campo Comprido para serem reformados e atualizar. E o terceira grande obra, o Bairro Novo da Cachimba, extremo sul da cidade, que tive a oportunidade de conhecer, uma área em vulnerabilidade nessa comunidade a 29 de outubro aonde as obras já estão acontecendo. Para realocação do que precisa da beira do rio e a regularização fundiária. A quem nós vamos tirar da beira do rio. Estamos construindo casas e quem está para cima da Rua do Comércio vai ser regularizado. São 1.600 famílias que vão ganhar casa própria. Tratamento de água e de esgoto. A Escola Municipal Joana Haskel está sendo aumentada. A unidade de saúde do Cachimba será construída uma nova. Terá um parque linear. Então, por projetos como esse que eu defendo a continuidade do legado da cidade.

BP – Como o senhor está vendo o cenário para a eleição do ano que vem ?

Eduardo Pimentel – Quando me perguntam da pré-candidatura eu falo que estou colocando, vou colocar meu nome a disposição, mas ainda está cedo. Tem muita gestão a ser feita, muita obra a ser entregue. Tem que trabalhar muito como secretário para o Estado e também pra Curitiba e região metropolitana. Mas as peças estão se movendo, o que é natural e vai aumentar as movimentações quanto mais perto se chegar do mês de julho do ano que vem que é quando as coligações finalizam É natural todo partido político, pela orientação nacional, ter candidatos em capitais. É natural que isso aconteça um ano antes. Os partidos querem que tenham-se candidatos nas grandes cidades, principalmente capital. Então todo mundo coloca seu nome, começa a fazer pesquisas de avaliação quantitativas para discutir a sua personalidade. Então é natural que isso aconteça. Hoje tem alguns nomes que estão aí e a minha defesa é justamente essa também. De que é eu sou formado em administração de empresas, tenho pós-graduação em agronegócio, fiz uma especialização em cidades inteligentes pela Fundação Getúlio Vargas, com módulos na França, uma cidade inovadora que tem uma referência muito grande. Uma cidade, qualquer tamanho, mas principalmente uma capital como Curitiba, quase 2 milhões de pessoas, a gente não pode deixar e esse é o trabalho que eu vou fazer, não cair na mão de pessoas inexperientes. Você pode até ter é boa vontade, tem muita boa gente por aí, mas tem que ter pulso pra administrar uma cidade como Curitiba, tem que ter grupo, tem que ter corpo técnico.

Chapa única: “Minha vontade é fazer uma composição com os partidos da base aliada”

BP – Os partidos da base do governo Ratinho Júnior têm outros candidatos como o deputado Ney Leprevost e o ex-deputado Paulo Martins. O senhor acredita que é possível unir essas candidaturas de uma chapa única?

Pimentel – Eu tenho sido muito claro de que tenho a vontade, sim, de fazer uma grande frente ampla de trabalho. Do grupo que tem feito um grande trabalho no município e no Estado. Eu defendo, sim, uma composição com esses partidos, com esses candidatos. Uma composição política pensando no futuro da cidade. É claro que também respeito a individualidade de cada partido. Se quiserem de qualquer maneira ter nós vamos debater. Nós vamos disputar a eleição com muita transparência e fazer o debate de ideias. Estou preparado pra isso. Mas sim tenho interesse, já tenho dito isso publicamente, de fazer uma composição com os partidos da base aliada do governador Ratinho Júnior em prol da cidade. É a minha vontade.

BP – E qual tem sido a receptividade dessa proposta?

Pimentel – Todo mundo conversa hoje. E é o tempo de conversar. Então eles conversam, escutam, mas por outro lado eles também tem a vontade de ser candidato. Natural. Isso deve acontecer a partir de abril do ano que vem. Que é quando você vai chegando mais próximo do período eleitoral, vai vendo se as viabilidades das da de cada candidatura. Está mais viável, quem está menos viáve. Quem tem mais partidos aliados. Mas eu vou trabalhar para ter uma composição.

Bem Paraná – O senhor tem conversado com o governador sobre isso? Ele também demonstra essa vontade?  Por que nas eleições de 2020, inclusive, ele atuou para que fosse uma que houvesse um apoio de todo o grupo para a reeleição do prefeito Rafael Greca.

Pimentel – Sim, eu acho que ele pensa dessa forma novamente. O governador tem um perfil parecido que é o de composição. Ele fez isso ajudou na composição de 2020, fez isso na eleição dele do ano passado, uma grande frente ampla de partidos. E eu tenho certeza que nós vamos querer trabalhar por uma grande composição de partidos. Para que referende o trabalho técnico que nós temos feito. Mas é claro, ainda está muito cedo essas conversas, mesmo com o Governador, muito pouco porque nós estamos focado agora muito no trabalho técnico da secretaria. Orecisa entregar as missões que ele me deu como essa questão do “Asfalto Novo, Vida Nova”. Há também permanentemente todo o recurso liberado de infraestrutura urbana na secretaria. Mas tenho dúvida que é uma vontade nossa de fazer uma grande composição.

BP – O fato de vocês serem do mesmo grupo e terem o mesmo perfil do eleitorado, na eventualidade de de serem mantidas essas outras candidaturas do grupo, isso pode ser um problema? dividir esse eleitorado?

Pimentel – Aí vai ser um debate de ideias. Como eu falei, quero fazer uma grande composição
Mas eu vou respeitar a decisão individual de cada candidato e partido caso tenha adversários. Na época da eleição, da mesma linha de atuação, nós vamos debater as ideias. É a uma eleição de Curitiba. Uma eleição municipal é muito focada e a população principalmente de Curitiba quer um debate sobre a cidade. O que que nós vamos melhorar? Qual que é o debate que nós vamos fazer pro Boqueirão? Qual que é pro Taboão? Qual que é para CIC? Então um debate de estratificar a cidade para discussão e é isso que nós vamos debater. Aí o população vai avaliar, mas pode ser que aconteça uma fragmentação de ter vários candidatos, mas não é uma disputa, eu não vejo muito uma questão da polarização também. Porque a quando é uma disputa municipal a gente tem a avaliação do munícipe. Do cidadão de querer saber o que que vai ser melhorado a qualidade de vida dele.

Campanha: “O grande desafio é me tornar conhecido”


Bem Paraná – O senhor é ainda relativamente pouco conhecido do eleitorado. Esse é um desafio pra ser enfrentado na campanha?

Pimentel – Sem dúvida, é um desafio. Estou no sétimo ano como vice-prefeito, Um prefeito que tem uma popularidade muito alta, que sabe fazer um bom trabalho técnico e tem uma imagem muito positiva. Então, o grande desafio é me tornar conhecido do grande público curitibano. Isso vai acontecer naturalmente no processo de ir chegando mais perto da eleição. Quando a população vai começar a se interessar, vai começar a saber quem é quem, vai começar a pesquisar quem é quem e e é o meu desafio de me tornar mais conhecido. Eu falo uma coisa importante, hoje a população sempre foi muito atenta, mas hoje com as redes sociais. Você ela escuta um nome que, por ventura,  não conhece. Se alguém pedir o voto para essa pessoa ela vai lá no Instagram, no Facebook, no Twitter e digita lá e vai atrás e começa a discorrer e começa. Então é voto muito qualificado. O que é bom. Porque é discussão da nossa cidade, do futuro da cidade Então eu tô bem animado pra isso, eu acho que é um processo de conhecimento natural que vai acontecer no próximo ano, até o período eleitoral e depois o grande conhecimento é no embate eleitoral. No propaganda política, no dia a dia, nos debates.

BP – Um dos principais desafios da da próxima gestão é a licitação do transporte coletivo. O contrato atual termina em 2025, justamente no primeiro ano do próximo mandato. A atual gestão já está fazendo algum estudo sobre isso ou essa questão deve ficar mesmo pra próxima administração ?
Pimentel – Não. Nós já estamos discutindo isso. Eu estou atento a isso. É um dos grandes pilares das discussões dos grandes centros urbanos, o transporte coletivo.  O contrato atual termina no fim de 2025, ou seja, no fim do primeiro ano do mandato do próximo prefeito de Curitiba. Estou trabalhando para que eu  faça essa sucessão, claro. E isso a prefeitura já tem discutido, já tem feito conversas inclusive com o BNDES pra ter uma estruturação do edital de licitação, com muita transparência, aproveitar o salto e a oportunidade que nós vamos ter com um novo contrato. Já estou acompanhando de perto. O transporte coletivo é um desafio dos grandes municípios, principalmente os grandes, os municípios metropolitanos, que é o nosso caso. Sempre falei e repito que Curitiba hoje tem sua característica, como tem em Campo Largo, Pinhais, Fazenda Rio Grande. Mas nós temos que pensar em conjunto no transporte coletivo metropolitano. Tenho participado da reunião da Frente Nacional dos Prefeitos para o transporte coletivo nos grandes centros urbanos e nós precisamos urgente as cidades precisam urgentemente de um apoio a uma política pública do Governo Federal. Aqui nós temos a cidade investindo, o apoio do governo no transporte público metropolitano e no urbano de Curitiba do Estado, mas é importante que o Governo Federal entre nessa discussão. Que tenha uma política pública para isso porque o todos precisam desse apoio, seja na vinda do recurso da gratuidade do idoso, que pela primeira vez no ano passado no governo anterior veio um apoio consistente na tarifa. Nós estamos trabalhando para que esse novo Governo faz. Temos tido uma conversa com muita tranquilidade e transparência, uma boa relação, mas ainda sem avanço. Para que seja uma pauta federal também, porque não adianta criar ações e deixar para os municípios. Nós temos um orçamento limitado, então Curitiba tem a capacidade de investimento grande, uma receita corrente receita líquida forte. Mas precisa atuar com o apoio

BP – Como conciliar manutenção da qualidade do serviço com tarifas compatíveis com o poder aquisitivo da população ?

Pimentel – Temos que trabalhar sempre para ter uma tarifa o mais justa possível. Há o subsídio do município, do Governo Estadual, no nosso transporte coletivo. As cidades do país estão buscando para que o Governo Federal entre com o subsídio. Só que nós temos que ter responsabilidade de trabalhar com as contas. Nós temos que ter ônibus de qualidade pra população, nunca faltando se por ventura quebrar um tem que ter outro pra repor na hora. Porque o pai de família, mãe está saindo todo dia de casa pra buscar o pão da sua família, o sustento, ele precisa ter o transporte de de efetivo funcionando e com rapidez. Essa é nossa objetivo, mas hoje uma discussão muito grande que tem sido feita que é o tarifa zero. Muita gente discutindo, ainda não há nenhum município de grande porte com isso porque a conta não está fechando. Nós temos que ter a responsabilidade e eu estou aberto a escutar sugestões viáveis para que isso aconteça, mas hoje ainda não há uma fórmula pra que isso aconteça a tarifa zero. Há de se manter uma tarifa mais justa possível pra que a gente possa manter um transporte efetivo, de qualidade. Que é o que nós temos em Curitiba.