Política Clube Curitibano

Eleição “quente” agita clube tradicional de Curitiba; chapa Mais Curitibano apresenta suas propostas

No próximo domingo acontece o pleito que definirá o comando do Clube Curitibano pelos próximos três anos. E pela primeira vez a votação acontece de forma híbrida

Rodolfo Luis Kowalski
Clube Curitibano

Rafael Perry (esquerda) e Fábio Helm (direita): promessa de eficiência na gestão do Clube Curitibano (Foto: Franklin de Freitas)

O Clube Curitibano vai decidir o seu futuro no próximo domingo (19 de outubro). Na ocasião, acontece a eleição que definirá o novo presidente e a diretoria que vai comandar a instituição pelos próximos três anos. Três chapas estão na disputa, a Mais Curitibano, a 100% Curitibano e a Barão do Serro Azul. Uma disputa que promete ser acirrada, contando pela primeira vez com voto híbrido (online e presencial) e, provavelmente, um índice de participação inédita dos associados.

Para entender mais sobre o momento do Curitibano e a importância da eleição, o Bem Paraná recebeu recentemente dois integrantes da Mais Curitibano, o empresário Fábio Helm (candidato a presidente) e o comunicador Rafael Perry (coordenador de campanha e candidato a diretor de Cultura). Prestes a completar 144 anos, o Curitibano é um dos maiores e mais tradicionais clubes sociais do país. Para se ter uma dimensão de sua importância, a arrecadação da associação chega a ser maior do que a de pelo menos 330 municípios paranaenses.

“Hoje o Curitibano é uma cidade que tem que ser conduzida com muito respeito, com ética e segurança, que é o que seus 34 mil sócios merecem”, afirma Helm. Se eleito, ele promete implementar três pilares em sua gestão: tradição, diálogo e eficiência.

“Tradição porque o nosso Clube é um clube histórico. Nós não podemos esquecer doo nosso passado e também não podemos deixar de olhar para o Clube do futuro. Isso sim é tradição. Diálogo porque você se torna mais assertivo a partir do momento em que você dialoga com o sócio e entende quais são as demandas que existem. Eficiência, porque o mundo pede eficiência. Em tudo que você se propõe a fazer, você tem que ser eficiente. Se você não for eficiente, você não faz nada hoje em dia. Até inovação sem eficiência não se torna uma inovação positiva. A nossa base é para fazer uma gestão profissional para o Clube, na qual o resultado dessa gestão é o conforto e o bem-estar do associado”, explica.

Abaixo, você confere a entrevista completa com Fábio Helm, candidato a presidente, e Rafael Perry, coordenador de campanha e candidato a diretor de Cultura pela chapa Mais Curitibano.

BEM PARANÁ: Primeiramente, gostaria que vocês se apresentassem, contando um pouco sobre os currículos de vocês. Você é empresário, né, Fábio? Quais as empresas que já teve participação e quais as atividades que exerce atualmente?
FABIO HELM: Eu me chamo Fabio Helm, tenho 40 anos, sou casado e pai de dois meninos. Sou empresário desde que nasci, praticamente. Está na minha veia ser empresário. Eu atuo em diversos ramos, acho que um dos mais famosos que se tornou foi a Dr. Peanut, uma empresa na qual o Lucas, meu sócio, criou o sabor e nós alavancamos a empresa com zero funcionários e acabamos de vender a empresa em fevereiro, com sucesso de vendas e mais de 160 milhões de faturamento em 2024. Chegamos a ter por volta de 160 funcionários dentro da fábrica, mas tínhamos mais ou menos 150 representantes pelo Brasil também. Esse foi um dos cases de sucesso. Hoje eu também atuo com marca de cosmético natural, tenho bar, restaurante, casa de evento, estacionamento… Eu gosto de diversificar bastante os meus empreendimentos e as coisas que eu gosto de atuar.

BEM PARANÁ: Começou a empreender com quantos anos?
FABIO HELM: Comecei com 18 anos, sempre tentando. Como eu falo, um bom empreendedor não pode ter medo de errar. Se você acertar mais que errar, sempre está no lucro, porque essa é a dificuldade do empreendedorismo. Você tem que confiar naquilo que você faz e cada vez que você tenta, você vai se tornando mais assertivo e errando menos conforme o tempo vai passando.

BEM PARANÁ: E você, Rafael. Vem do meio do marketing e do mercado de eventos, isso?
RAFAEL PERRY: Exato. Eu sou formado em Propaganda e Marketing e atuei por um tempo na área de marketing e também de comunicação. Mas eu fui convidado em 2001 pelo Cassio Chamecki para trabalhar na Fundação Cultural de Curitiba. Daí lá eu fiquei por um ano como diretor de espaços culturais, depois três anos como diretor de comunicação da Fundação e a partir da Fundação eu acabei realmente tendo muita afinidade, gostando muito da área cultural e acabei investindo no setor. Desde então eu tenho uma empresa que se chama Infinitoo, que é uma empresa de produção cultural e também produção de eventos corporativos, que é com o que eu atuo hoje. Eu sou o proprietário de alguns eventos culturais na cidade, como Lab Moda, participei também do Festival de Teatro de Curitiba por muitos anos, fui idealizador do Gastronomix, que é um evento de gastronomia. Ou seja, eu tenho vários eventos que eu já desenvolvi aqui na cidade e que continuo desenvolvendo.

BEM PARANÁ: E como que começa a relação de cada um de vocês com o Clube Curitibano? Há quanto tempo já são sócios do Clube?
FABIO HELM: Eu sempre gosto de falar que a minha relação com o Clube começa na barriga da minha mãe. A minha família, tanto por parte de pai quanto por parte de mãe, é sócia do Clube há décadas. Eu cresci dentro do Clube, com a minha família dentro do Clube. Meu pai foi bolonista, jogou tênis e minha mãe participava junto. Meu avô foi um dos fundadores da Toca do Tuca, que é um exemplo de tradição dentro do Clube Curitibano, e meu outro avô já foi diretor cultural no Clube. E eu sou esportista. Comecei na parte do esporte do clube jogando tênis com 10 anos de idade e cresci a minha vida inteira disputando torneios pelo Clube. E também vivenciei a parte política. Mais ou menos em 2009 eu fui presidente do Curitibano Jovem. Eu era responsável pelo entretenimento de todo o público de 12 a 30 anos e fiquei nessa função no clube por mais de oito anos. Logo após, em 2019, fui convidado pelo Joaquim Miró a ser vice-presidente do Clube na gestão dele, na qual nós formamos um time maravilhoso e fizemos uma gestão ímpar para o Clube. Nós desenvolvemos a nova logomarca do clube, o novo layout. Fizemos a fachada da Petit Carneiro. E tudo isso durante uma pandemia. Assim que nós assumimos o Clube Curitibano, nós pegamos a pandemia. Então, boa parte da nossa gestão foi uma gestão de crise. Uma gestão olhando para como oferecer um serviço do Clube para o sócio, sem o sócio poder ir no Clube. Fizemos diversos prêmios, diversas atividades, e fomos várias vezes premiadas no Comitê Brasileiro de Clubes, o CBC, com várias ideias, inovações para trazer o Clube mais perto do sócio em um momento de dificuldade. A minha história com o Clube, eu falo, é uma história de amor de verdade, porque nós estarmos agora nos colocando à disposição é porque realmente a gente ama o Clube, a gente quer olhar para um Clube do futuro melhor para nós e melhor para os nossos filhos.

BEM PARANÁ: E no teu caso, Rafael, como que surgem esses laços?
RAFAEL PERRY: Então, isso é até engraçado, porque eu vou de trás para frente. Hoje as pessoas chegam para nós e falam assim: “mas por que vocês se envolvem na política do Clube? Por que vocês querem gerir o Clube?” E realmente, todo mundo fala: “pô, porque eu quero devolver o que o Clube me deu”. A gente realmente gosta muito do Clube, a gente ama o Clube. Mas, mais que tudo, eu acho que um Clube de 143 anos, do tamanho do Curitibano, ele foi construído justamente porque algumas pessoas pensavam como nós, assumiram essa bronca e acabam se doando para o associado. E, de certa forma, a gente acha que isso vem se perdendo ao longo do tempo. E a gente realmente acredita que esse grupo que nós montamos são de pessoas que querem se doar pelo Clube com o único interesse de atender melhor os associados. E por que tudo isso? Daí eu volto lá para o começo da minha história, que é muito parecida com a do Fábio também. Eu sou sócio desde que eu nasci. E eu estudei, inclusive, no Colégio Clube Curitibano. Foi por pouco tempo, mas o Clube ofereceu numa época o Colégio e eu fiz lá o jardim de infância. Mas também fiz natação, fiz futebol de salão, comecei a jogar tênis, judô, como todas as crianças, e acabei me dedicando mais ao tênis. Como o Fábio, também joguei na equipe juvenil do Clube, até meus 17 anos. Quando eu fui para São Paulo, eu me formei lá e fiquei trabalhando um tempo em São Paulo, me desliguei do Clube ali por uns 10 anos. E quando eu retornei, retomei minhas atividades no Clube. Na última gestão do Miró, quando ele me convida para ser o candidato a diretor de cultura, eu aceitei na hora e até na ocasião ele perguntou “mas por quê?” Porque eu sempre quis ser diretor de cultura do Clube, a verdade é essa isso. Por quê? Porque eu vivi a época até do Constantino Viaro, que era o presidente, quando ele, inclusive, contratou o Potty para fazer os painéis,. Tem um painel lindo dentro do Clube, que é dentro de uma obra, que é uma obra brutalista, que foi feita lá pelo Gandolfi, pelo Forte Netto. E eles fizeram um painel do Potty e eu vi esse painel sendo feito. Assim como eu vi diversas exposições e shows e atividades, e sempre achei que o Clube era muito rico em termos culturais e, principalmente, tinha um público muito interessado. Então eu aceitei na hora e a gente fez uma gestão que eu acho que foi realmente muito boa. Como o Fábio falou, a gente passou um bom tempo na pandemia e mesmo assim em nenhum momento deixamos de oferecer serviços para o associado. Criamos vários programas, vários prêmios mesmo. E agora estamos nos colocando à disposição do associado para dar continuidade àquilo que a gente começou há seis anos.

BEM PARANÁ: E há quanto tempo começou a ser construída a chapa Mais Curitibano e como que se deu essa formação?
FABIO HELM: Nossa Chapa, essa nossa ideia de assumir o Clube com uma ideologia única, começou uns dois anos atrás. Assim que nós deixamos a gestão do Miró, em 2022, e sempre ficou aquela pulguinha ali, “nós temos que voltar porque o Clube precisa da gente”. E por que o Clube precisa da gente? Porque nós pensamos tudo diferente das pessoas que estão lá hoje. É um pensamento propositivo, é um pensamento pensando no sócio, é um pensamento em eficiência. E nós, como já sentamos lá e já vimos tudo como funciona, não teria ninguém melhor no clube do que nós encabeçarmos um projeto para o Clube, obviamente trazendo pessoas de calibre, referência nas suas profissões. Começamos com uma conversa, eu, o Perry e o Prieto, e resolvemos falar “agora é a hora de a gente sentar lá e fazer aquilo que a gente sabe de melhor, que é trazer pessoas boas para gerir o Clube em todos os departamentos”. Começamos a chamar pessoas que são referências nas suas profissões para compor nossa chapa. Trouxemos a Raquel Rossi, que foi presidente da Empalux, trabalhou administrativamente, financeiramente na Empalux, uma empresa familiar super renomada. O Diogo Benke, CFO do Grupo Marista. O Eduardo Tarquinio, um empresário de sucesso. Nos juntamos com o Omar Omeiri, que é referência no que faz também. Então nós começamos a trazer pessoas com a mesma ideologia, com o mesmo propósito, para nós juntos pensarmos uma forma diferente de conduzir o Clube para os próximos anos.

BEM PARANÁ: É uma gestão que tem um perfil muito empresarial, voltado para a questão da eficiência e tudo o mais…
FABIO HELM: É, eu cito muito que nós colocamos nossos três pilares super bem definidos, que são a tradição, o diálogo e a eficiência. Tradição porque o nosso Clube é um clube histórico, nós não podemos esquecer de quem foi o nosso passado e também não podemos deixar de olhar para o Clube do futuro. Isso sim é tradição. Diálogo porque você se torna mais assertivo a partir do momento que você dialoga com o sócio e entende quais são as demandas que existem para o momento para a gente fazer e executar dentro de um Clube. Eficiência, porque o mundo, ele pede eficiência. Em tudo que você se propõe a fazer, você tem que ser eficiente. Se você não for eficiente, você não faz nada hoje em dia. Nem inovação sem eficiência se torna uma inovação positiva. Então, esses três pilares aqui a gente carrega muito forte e a nossa base é fazer uma gestão profissional para o Clube, na qual o resultado dessa gestão é o conforto e o bem-estar do associado.

RAFAEL PERRY: O que eu acrescentaria é que quando a gente fez a primeira gestão, a gente já falava em eficiência, a gente já falava em diálogo com o associado, tanto que foi quando criamos a diretoria de Comunicação. Eu sou formado em marketing, e o marketing pensa sempre a partir do consumidor, no caso o associado. Então a gente sempre criou canais de diálogo onde a gente dava espaço para o associado também falar. Eu acho que essa é a grande diferença dessa gestão atual para a nossa. Então por isso que a gente traz muito forte a ideia do diálogo, porque a gente acha que quando a gente fala, como o Fábio falou, já falou super bem em relação a isso, quando a gente fala de eficiência, eficiência é ter o associado bem atendido, satisfeito. E para saber como satisfazer o associado, a gente precisa conversar com ele, precisa perguntar para ele como ele quer ser atendido, que tipo de serviço ele quer receber. É óbvio que existe uma visão do clube, que eu acho que é o que nos diferencia também. Entre as três chapas que concorrem hoje, fica claro que a gente tem uma visão de futuro, enquanto eles têm uma ideia mais prosaica, mais dia a dia. Meio que sai você, entra eu. A gente não. Desde o começo, a gente vem trazendo… Começa pelo voto híbrido, eu acho que é um sonho realizado, que quem encabeçou isso fui eu, o Fábio, o Nelson Lambach, o João Pessoa, o Thiago Morozovski, que é um grupo de associados que entendeu que esse era um caminho da participação do associado nas decisões do clube. A gente encabeçou isso, a gente investiu numa campanha, a gente propôs uma assembleia e nós vencemos uma assembleia. E a gente venceu uma assembleia, inclusive, nas urnas dos barões. O que significa isso? Quando se faz uma votação, a antiga votação, que agora a próxima já é online, ela era dividida por urnas. Então tem a urna dos barões, que são daquelas pessoas de mais idade, que tem mais tempo, mais tradicionais, estão há mais tempo sócias. E mesmo nessas urnas nós ganhamos. Nós ganhamos uma eleição de mil votos por 600 a 400. Isso já demonstrou o quanto a gente está sintonizado com essa vontade do sócio. Então, quando a gente faz as nossas propostas, a gente propõe coisas como um conselho deliberativo, mas independente, que seja eleito, dissociado da presidência, para que ele tenha realmente independência e que ele faça o papel dele de freios e contrapesos, que foi o grande problema dessa gestão, um conselho que não cumpriu o seu papel, ele não parou, ele não contestou, ele não questionou. E fazer isso não significa parar a gestão, significa questionar. Vamos discutir, porque o clube precisa do convencimento, você precisa debater as questões. Qualquer decisão que você tome sem um debate, ela não vai ser uma decisão tão acertada quanto aquela que foi debatida. Então, essas são algumas das propostas que nós estamos fazendo, como a da governança.

FABIO HELM: É, o clube precisa evoluir nesse sentido também interno que a gente fala, né? Ter um plano de governança, criar políticas de cargos e salários, por exemplo, ter políticas internas bem definidas, ter os processos internos bem definidos, para que isso se torne eficiente. Quanto mais você olhar para dentro de casa e deixar… eu gosto sempre de fazer uma brincadeira, o Clube Curitibano é igual uma loja. Tem a vitrine, que tá linda, maravilhosa, que é o que o sócio vê. Mas o almoxarifado tá uma bagunça que dá pra arrumar. Você consegue colocar processos, regras, implementar processos internos para que o clube seja mais eficiente, muito mais eficiente. E eu vejo hoje que muitas das chapas que se candidatam, elas não olham para esse lado. Elas olham só para a vitrine. E nós estamos olhando um pouquinho mais para o almoxarifado também, porque é no almoxarifado, organizando a casa, que nós conseguimos oferecer o melhor para o sócio. Os melhores serviços, as melhores oportunidades que possam ter no mercado para o associado. Então, nós temos que reformular o estatuto social para os dias mais modernos de hoje. Assim como o mundo traz reformas, teve lá reforma tributária, reforma trabalhista, porque nós não avançarmos também uma reforma do estatuto social para os dias de hoje? Começar a colocar regras claras no estatuto social para proteger financeiramente a instituição, a associação do Clube Curitibano, porque hoje o nosso estatuto social permite, num regime presidencialista, a vontade do presidente fazer aquilo que bem quer, visto os últimos acontecimentos em que o conselho, por ser eleito junto com o presidente, ele aprovou um cheque de R$ 33 milhões para o presidente gastar da maneira que ele achasse melhor dentro do clube. Isso aí é uma insegurança terrível para uma associação. Nós temos que ter essa segurança financeira estatutária. Nós temos que ter algumas barreiras para que a instituição, para que a associação do clube, fique segura. Então nós temos que olhar um pouquinho mais para a gestão do clube e trazer a tecnologia e a eficiência para os dias de hoje dentro do nosso clube.

BEM PARANÁ: E para o nosso leitor que não teve a oportunidade de vivenciar o Clube Curitibano, não conhece a história do Clube Curitibano. Hoje, qual a importância do Curitibano para Curitiba, para o Paraná? O que representa o Clube dentro da nossa sociedade e qual o tamanho do orçamento do Clube, por exemplo, em relação a municípios paranaenses?
FABIO HELM: Hoje o Paraná tem 399 municípios, se não me falha a memória. O Clube Curitibano chega a ser maior em arrecadação que 330, 340 municípios. Hoje o Curitibano é uma cidade que tem que ser conduzida com muito respeito, com ética e segurança, que é o que seus 34 mil sócios merecem. O clube hoje é um clube social, é o terceiro ou quarto maior clube do Brasil. É o clube social que mais oferece esportes, atividades do Brasil. Então o Clube Curitibano é referência. Em termos de área, ele é uma enormidade. Ele tem sete sedes agora com a nova sede do Beach Tennis. O Clube Curitibano é uma enormidade para Curitiba, para o Paraná e para o Brasil.

BEM PARANÁ: Você comentou anteriormente sobre a questão da inovação, as atualizações que o Clube precisa fazer. E uma das bandeiras que vocês levantaram antes da eleição e conseguiram concretizar foi a implementação do voto híbrido. Como foi a luta para levar adiante essa pauta?
FABIO HELM: Nossa campanha pela implementação do voto híbrido começou há quase dois anos, e isso poucos sócios sabem, dessa dificuldade que nós tivemos para conseguir ter o sucesso que teve. Graças ao Perry, ao Nelson Lomback, ao Thiago Morozovics e ao João Pessoa, nós conseguimos implementar essa democracia melhor para o clube. Por que eu falo isso? Porque historicamente as eleições do clube, ela conta com 20, 25% da participação do associado. Existem muitas maneiras de dificultar o acesso do sócio ao clube para ele exercer seu direito de voto. E nós, como bons democráticos que somos, queremos sempre a participação do sócio. O Perry foi um cara que brigou muito, porque pra você conseguir implementar o voto híbrido que nós falamos tem que chamar uma assembleia. E pra você conseguir chamar uma assembleia você tem que colher assinaturas e a diretoria tem que deferir nosso pedido. E tudo isso a gente fez um passo a passo, que nem eu falei, mais de um ano e meio trabalhando. E nós conseguimos. Por quê? Porque nós queremos sempre aumentar a participação do sócio. Escutamos muitas besteiras pelo meio do caminho, como “quem não vem no clube não tem direito a voto porque não conhece o clube e não pode votar”, sabe? Umas barbaridades em pleno 2025. Acredite, nós escutamos isso. E nós, com todo respeito, sempre respondemos que nós queremos ganhar ou perder com uma eleição, mas ganhar ou perder com representatividade. Acho que o Perry pode entrar um pouco mais em detalhe, porque ele foi um dos caras que viveu isso na íntegra.

RAFAEL PERRY: Foi uma luta, realmente. Porque, de certa forma, alguns grupos do Clube se privilegiavam dessa situação porque, na realidade, ganhava a eleição do clube até a última eleição aquela chapa que conseguia estacionar primeiro no estacionamento. Você tem 12 mil pessoas que podem votar e você tem 800 vagas no estacionamento. Ou seja, a hora que você usou todas as vagas de estacionamento já criou uma dificuldade para o sócio chegar. Então o pessoal chegava e estacionava cedo. Essa era uma tática de campanha mesmo, e daí não tinha lugar pra parar. E daí o sócio fala assim: “pô, eu vou sair de casa, parar na rua, caminhar”. Daí tem uma certa pressão quando você tá dentro do clube, né? Você tem amigos. Daí é aquilo: “pô, vota em mim”. Todo mundo é amigo no clube.

FABIO HELM: Aquele caminhar do estacionamento até o Salão Azul é terrível. Você se sente acuado ali. Então, tudo faz para que você não vá votar. Você não exerça seu direito.

RAFAEL PERRY: E fora isso, quando você tem um colégio eleitoral menor, você tem muito mais facilidade para, de certa forma, influenciar esse colégio. As eleições do clube normalmente têm 3 mil eleitores. Agora está indo para quase 12 mil. Então quadruplicou e agora você perdeu o controle. Como é que você vai conseguir influenciar tantas pessoas? As pessoas vão votar de casa, com tranquilidade. Então, essa foi a maior barreira, a maior dificuldade. Mas eu acho que o que é interessante, até no que o Fábio falou, que tem muito a ver com o voto híbrido, é porque uma das… até alguns líderes do clube, líderes das chapas concorrentes até, eles mesmos se pronunciaram e falaram: “Eu não concordo com essas pessoas”, como o Fábio falou, “que não frequentam o clube terem voto, eles não conhecem o clube, eles vão tomar decisões erradas, eles vão ser influenciados pela mídia”. Mas ele é sócio, ele é titular, ele paga, ele tem direito a votar. Até porque o nosso pensamento de clube, que foi também forjado na pandemia, é diferente. Porque a gente não acredita que o clube é somente a estrutura do clube. Não é porque eu estou dentro do clube que eu estou vivendo o clube. Você vive o clube fora do clube também. Tanto que a pandemia fez com que a gente levasse o Clube Curitibano para a casa das pessoas, para a mente das pessoas, com uma série de atividades que aconteciam online, às vezes com ligações, com atividades que a gente fez durante a pandemia, foi um dos primeiros a fazer, inclusive, a gente fez um drive-in, então a gente fez um cinema no carro, para que o sócio pudesse ir na sede e ter uma vivência de cinema. A gente fez uma gincana, que era feita de carro também, caça ao tesouro… A gente ganhou um prêmio, um dos prêmios que nós ganhamos foi no Fenaclubes, ele chamava-se Jornada Literária. A gente mandou uma caixa para as pessoas e tinha várias coisas dentro da caixa. E assim, então, tinha um momento, tinha um poema que você, naquela hora você ia ler um poema. Depois você ia fazer um chá. Aí a gente mandou o chá com a caneca. Daí às sete horas tinha um bate-papo. Daí você abria pro bate-papo, era um escritor que tava ali conversando com você, o autor que escreveu o poema. Isso marcou muito as pessoas, tanto que a gente ganhou esse prêmio porque realmente a gente conseguiu entrar na vida das pessoas. Fora as aulas de ginástica, a gente fez uma peça de teatro online, a gente fez diversas palestras sobre mindfullness, a gente fez um programa chamado 60+, porque eu li uma matéria no estado de São Paulo dizendo que quem mais estava sofrendo com a pandemia eram as pessoas mais idosas, porque elas não tinham acesso à tecnologia, elas não sabiam usar a videochamada, não sabiam se comunicar por WhatsApp, então elas não participavam da vida da família. Então a gente criou esse programa para ensinar elas a usarem a tecnologia, as plataformas de comunicação. Então a gente entendeu que existe um clube que vai além dos muros. É um clube que pode acontecer na vida das pessoas, não necessariamente com as sedes. E por isso que eu acho importante colocar essas pessoas no jogo. Essas pessoas que não frequentam tanto o clube, em algum momento da vida delas tiveram uma vivência muito intensa no clube e por isso tem a mesma paixão que a gente tem. É uma forma de pensar de frente o clube, que é o que ele vai trazer na gestão caso o eleitor ou o associado dê essa oportunidade para nós.

BEM PARANÁ: E o Clube vai experimentar um novo momento agora, com 10.500 eleitores aptos a votar. Vocês já vivenciaram também outras experiências eleitorais dentro do Curitibano e, na macropolítica, vivemos um momento de transformação, polarização. Como que isso tem se refletido dentro do Clube Curitibano e o que essa eleição, por exemplo, está trazendo de diferente em relação ao que vocês vivenciaram em outros pleitos?
FABIO HELM: Esse é um tema legal e polêmico, porque eu confesso que nunca vivenciei isso dentro da política, principalmente de um clube social. Em todos os lugares que eu passo no clube eu tenho dito uma frase que faz muito parte de mim, que o Clube Curitibano é um lugar de fazer amizades, e não desfazer amizades. E essa eleição as pessoas estão desfazendo amizades por causa de política. Eu não consigo acreditar que o tamanho de notícias falsas, de fake news, de trazerem a inteligência artificial para denegrir a imagem das pessoas em prol de ganhar uma eleição. E isso, a nossa chapa do Mais Curitibano, a gente não permite. Além de não permitir, a gente não tolera, porque não faz parte daquilo que a gente quer para o Clube Curitibano. Eu fico até indignado de ver o rumo que as eleições do clube tomaram, o ponto que está com ataques pessoais para ganhar a eleição. Eu falo, as pessoas não podem querer ganhar a qualquer preço, as pessoas têm que ganhar com propostas. Eu inclusive chamei os outros candidatos para um debate, para nós discutirmos propostas, um ideal para o clube do futuro, do presente, e um dos candidatos sequer me respondeu, sequer disse sim ou não, ou não quero, tenho medo, não tenho medo. Isso quem perde é o sócio, o sócio que não consegue entender quem realmente é a melhor chapa para o Clube Curitibano, porque as pessoas ficam mais se atacando do que realmente falando aquilo que interessa. Uma das chapas está até fazendo abuso mental, porque eles ficam manipulando a cabeça das pessoas para votarem neles sem eles terem uma proposta, e sim disseminando o ódio contra as outras chapas. Isso é terrível.

RAFAEL PERRY: Eu até já imaginava que ia ser uma eleição tensa, até por conta das eleições que houve recentemente no Graciosa, que realmente foi muito combativa. E eu acho que, de certa forma, como são clubes que têm um ou outro como referência, ele acabou autorizando algumas coisas. Mas a gente estava preparado para isso e, quando a gente convidava cada integrante, a gente falava… Até voou voltar um pouquinho antes, quando o Fábio me chamou, vamos montar essa chapa, junto com o Prieto também, eu falei: “olha, eu vou com uma condição, a gente só vai falar da gente, e só vamos falar coisas boas, coisas alegres, felizes, coisas positivas”. Tanto que, e isso é uma coisa que a gente precisa até divulgar, porque isso é uma coisa muito importante. Todos os diretores que entraram na nossa chapa assinaram um termo de compromisso. Esse termo, ele tinha os compromissos fundamentais, das transformações para a gestão. Mas estava lá, tinha um item que dizia “você não vai falar nada que desabone qualquer outro associado”. Qualquer crítica que a gente faça, tem a nossa assinatura. Então, no início até falaram “ah, eles são bobinhos, eles são muito passivos, eles não criticam nada”. E, de repente, começaram a vir as nossas críticas. Só que, muitas vezes, as nossas críticas, elas até nem parecem críticas, porque são críticas construtivas. Porque, na realidade, a gente aponta um problema, a gente é contundente, agressivo com o problema, mas a gente é afável com as pessoas. E depois que a gente aponta o problema, a gente aponta a solução. Então a gente tem até muitas soluções. E uma das coisas que a gente pretende solucionar justamente é esses conflitos que estão ocorrendo. Porque eu posso dizer assim, e eu tenho repetido isso, eu não tive atrito nenhum durante essa eleição. Eu estou aqui não só porque ali eu sou candidato de diretor de cultura, mas também porque sou coordenador da campanha, por isso que eu vim acompanhar o Fábio aqui. E eu só ganhei amigos. A gente só conquistou novas amizades. O nosso grupo é um grupo muito legal, muito feliz. A gente fez um evento agora no sábado, num dos espaços do Fábio de eventos, no Duna. Foram lá mais de 600 pessoas. Tinha pula-pula, piscina de bolinha, espetinho, pessoal conversando, sabe? Você via novas amizades sendo construídas, se constituindo. Eu acho que, independente do resultado da eleição, eu acho que a gente tem grandes chances de vencer essa eleição, obviamente. Mas mesmo que a gente não vença, a gente vai deixar uma marca, porque eu acho que a gente deu um exemplo pro clube, sabe? E falo isso, assim, nem com falsa modéstia e nem querendo ser arrogante, porque a gente realmente fez as coisas positivas, sabe? A gente não falou nada de ninguém e, quando a gente apontou e fez uma crítica que cabia, a gente estava dando a cara para bater. Então assim, eu acho que a gente mostrou que é possível, sim, fazer de um jeito e espero que o associado entenda isso, porque os próximos três anos, na realidade, eu acho que só tem dois caminhos nessa eleição. O caminho do ódio, o caminho do conflito, da intriga, ou o caminho da tranquilidade e da paz, que somos nós. Porque os dois outros grupos que estão concorrendo eles estão em guerra. Tentaram levar a gente para dentro da guerra e não aceitamos. Então assim, eu acho que para a saúde mental do clube, o ideal é votar na gente.

BEM PARANÁ: E hoje, quais são as principais propostas que vocês estão trazendo para o Clube? Quais as iniciativas que vocês querem implementar? E também qual a situação financeira do clube, como está a base de sócios?
FABIO HELM: Os números que nós temos do clube é aquilo que nós conseguimos ver no Portal da Transparência, que é de anos passados. Falam aí de R$ 40 milhões em caixa, 43 milhões em caixa, e nós fizemos uma reunião com o diretor financeiro, na qual não tivemos muitas respostas. Então eu solicitei formalmente, através de um requerimento na secretaria, uma resposta. E devido ao tamanho do meu requerimento, ele me pediu 20 dias úteis para me dar a resposta. Ou seja, depois da eleição. Então nós fizemos nossa base técnica em cima daqueles documentos que nós tínhamos e a situação do Clube Curitibano é crítica em relação ao caixa, porque provavelmente todo esse dinheiro já está comprometido com a enormidade de obras que foram feitas agora no final da gestão. Eu vou te dar um exemplo aqui, de uma obra da piscina. O atual presidente está a um mês de sair, de passar a faixa presidencial, e ele sequer conseguiu fazer a primeira laje. Então ele está deixando uma obra, uma enormidade de uma obra para uma próxima gestão, com um caixa que nós não sabemos se vai ter para cumprir essa obra. Então nós hoje enxergamos com muita cautela qualquer promessa de campanha que seja de construir, que seja de fazer algo a mais a não ser uma gestão eficiente. Então todos os nossos diretores estão com o mesmo propósito, de olhar para aquilo que é o problema do clube e arrumar. Então nós primeiro temos que fazer a gestão, olhar para dentro de casa, trazer soluções rápidas para que a gente possa chegar a prometer algo. Uma gestão de contenção de gastos. E primeiro a gente precisa ver onde a gente está pisando. Nós não estamos lá dentro, então nós não podemos prometer uma construção conforme os números que a gente enxerga hoje na gestão. Nós não queremos fazer uma campanha eleitoreira, de chegar e prometer. Chega um grupo e diz “quero isso” outro grupo grupo “quero aquilo”… Não. A gente acha isso [fazer promessas vazias] uma irresponsabilidade, porque não tem como você prometer nada sem você saber de fato como está a situação financeira do clube. Nós prezamos principalmente pela transparência. Não cabe só dizer o “não”, né? Tem que mostrar o porque do “não”, assim como o “sim”. A gente gosta de ser crítico aos problemas, mas também a gente grava vídeos trazendo a solução desses problemas com a nossa visão, com a nossa metodologia de trabalho.

RAFAEL PERRY: A gente diz que a nossa gestão vai ser 20% hardware e 80% de software. Então, a gente precisa fazer a manutenção do clube. Talvez tenha que fazer uma obrinha aqui, outra ali, mas a ideia vai ser pensar. Então, a gente acredita que a gente pode reformular os processos do clube para que ele seja mais eficiente. Ser mais eficiente significa você gastar menos e fazer mais. Vamos fazer isso com manutenções preventivas, em vez de só emergenciais. O clube é um clube centenário. Ele exige uma manutenção preventiva bem definida. Então hoje a gente vê que tem uns últimos acontecimentos que parece não estar surtindo efeito essa manutenção. Então nós temos que planejar um clube do que já tem. em cima do que já tem. E em cima do que já tem, a gente olhar aquilo que pode ser feito mais. Não adianta a gente dar um passo maior que a perna. Isso em qualquer negócio, em qualquer situação, sempre na vida. Então, nós temos que olhar para dentro de casa antes. E assim, informar o associado e ver o caminho que vai crescer, se vai crescer, como crescer.

BEM PARANÁ: E como que vocês estão sentindo também a receptividade do eleitorado, dos associados a essas propostas, a essas questões que vocês têm trazido?
RAFAEL PERRY: Está sendo bem recebido, até porque eu acho que com essa ampliação do colégio eleitoral, você coloca muito mais gente e coloca outros perfis de eleitores. Oxigena, você coloca o jovem para votar. Então, essa questão até da obra, ela é interessante. Aí mostra também um pouco dessa falta de sintonia entre a atual diretoria, a chapa da situação e a outra chapa que também é da situação, porque eles romperam no meio da gestão e acabaram formando uma dissidência, que eles continuam prometendo obras. E a gente é de uma geração da startup. O Fábio é um startupeiro, ele acabou de vender uma startup de alimentação. Então a nossa visão é outra. A visão de quem trabalha dentro de startup é da eficiência sempre. Eu acho que essas chapas representam já uma forma antiga de entender, de ver o clube, que é sempre essa ideia da obra, da construção. Tanto que nesse momento é tão evidente isso, que o presidente continua falando “nunca na história desse clube se fez tantas obras”. Só que a sociedade está dizendo “mas por que você fez essas obras? Ninguém pediu”. Ninguém quer fazer obras dentro do tempo certo, da forma certa, e é isso a gente quer. Agora você fazer, como ele anunciou esses dias, foram feitas 60 e tantas obras, mas ninguém pediu. Por quê? Por que que ele pensa assim? Porque o presidente atual, ele era da rádio. Ele só falava, talvez não ouvisse. E eu acho que tá faltando ouvir, sabe? Tá faltando escutar. Então por isso que eu acho que ele [associado] está aceitando bem a nossa proposta.

FABIO HELM: O que eu vejo é que as outras duas chapas estão fazendo propostas para ganhar uma eleição. E nós da Mais Curitibano estamos fazendo propostas para o Clube Curitibano. Nós estamos jogando com a verdade. Nós não queremos propostas eleitoreiras. Esse é o nosso diferencial. Quando nos copiam, e copiam bastante as nossas propostas, que é só você pegar as datas que nós colocamos e as datas que eles colocam, eu não consigo ficar triste. Muitas pessoas que estão comigo falaram “olha lá, Fábio te copiaram”. Eu respondo “você veja, que maravilha. É sinal que nós estamos no caminho correto”. Quando nós lançamos o plano diretor, as outras duas chapas correram para colocar o plano diretor. Porque isso é o melhor para o clube. Então, até nisso, eu falo para o Perry, nós temos que olhar o lado positivo. Tomara que nos copiem em tudo, que talvez eles consigam fazer. Mas eles não vão ter as peças que nós temos pra executar. Então, isso vai criar uma dificuldade pra eles.

RAFAEL PERRY: Só pra ilustrar o que o Fábio falou, aconteceu uma coisa super engraçada recentemente, porque teve um jantar lá do turma do tênis e eles convidaram os três candidatos pra falar. Daí foi lá o candidato da situação, que já tinha prometido fazer cobertura de quadras de paddle e quadras de tênis, e não tinha cumprido na gestão dele. Daí chegou lá o candidato: “porque nós vamos cobrir as quadras de paddle, nós vamos cobrir as quadras de tênis, assim como nós cobrimos as quadras de beach tennis”. Daí veio o outro candidato concorrendo: “porque nós vamos cobrir as quadras de tênis, nós vamos cobrir as quadras de paddle. Nós só não conseguimos cobrir porque não nos deixaram, e por isso que eu saí dessa diretoria e estou concorrendo à eleição”. Daí chegou o nosso candidato. “É pessoal, se nós ganharmos, eu sei que é um desejo de todos cobrir as quadras de tênis, a gente vai analisar o caixa do clube, as finanças, vai analisar tecnicamente, porque não temos certeza se é possível construir quadras cobertas aqui nessa sede, porque tem uma série de regras. Inclusive, é uma sede que não tem alvará, que tem que ser regularizado. E se isso for possível, a gente vai fazer todo o possível para construir as quadras de tênis”. Então, assim, isso demonstra exatamente o perfil de cada chapa. O que aconteceu depois? Um levantou a mão e falou assim: “Oh, eu queria que você respondesse uma pergunta. Pode ou não pode fazer as quadras? Tem dinheiro ou não tem? Porque agora eu fiquei na dúvida”. Daí todo mundo deu risada. E claro, não era o ambiente para aquilo, mas ficou claro que existe uma chapa que é muito mais consciente e que está disposta a vencer com algo que é plausível de ser realizado e outras chapas que jogam justamente falando que o povo quer ouvir. Uma política, na minha visão, antiga.

BEM PARANÁ: Perfeito, então. Queria agradecer mais uma vez a presença do Fabio Helm e do Rafael Perry e agora deixo em aberto para vocês passarem uma última mensagem para o eleitor, o sócio do Clube Curitibano, antes desse pleito tão importante.
FABIO HELM: Obrigado pelo espaço, pelo convite. Eu peço para que o associado do Clube Curitibano realmente olhe as propostas, compare as chapas e tome a melhor decisão daquilo com que ele se sinta convicto, aquilo que acalenta seu coração da melhor forma. Eu tenho certeza que o nosso grupo da Mais Curitibano é o grupo mais preparado para assumir o Clube Curitibano nos próximos três anos. Dia 19 de outubro, no próximo domingo, das nove às cinco da tarde, associado do Clube Curitibano, se faça presente de forma híbrida, de forma presencial ou online, mas vá lá exercer seu direito, porque o Clube Curitibano precisa de você, precisa ampliar essa democracia na parte política.

RAFAEL PERRY: Bom, Rodolfo, eu só queria agradecer esse espaço que você concedeu para nós, porque, assim, é sempre um prazer para a gente estar discutindo aqui a respeito do clube de uma forma propositiva. E como o Fábio falou, acho que as eleições estão aí. A gente preparou um site que é o maiscuritibano.com.br. A gente preparou a nossa rede que, é @maiscuritibano, com todas as propostas, com todos os diretores. Nós somos a única chapa que apresentou todas as diretorias, que tem propostas para todas as diretorias. Então a gente convida para que vão conhecer os candidatos, vão ver os currículos deles, tem as propostas deles, e tomem sua decisão. Eu não vou nem pedir voto. Eu só peço para que entrem nas redes e vejam as nossas propostas e comparem com as demais e tomem aquela decisão que eles achem que é melhor para o Clube Curitibano.

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