Estudantes e servidores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) realizaram no final da tarde de ontem um protesto na Praça Santos Andrade, em frente ao prédio histórico da instituição, no Centro de Curitiba. O ato reclama do não pagamento de bolsas pela Capes e pelo reajuste do valor recebido por pesquisadores. Sob o mote “Pague Minha Bolsa”, o ato está sendo convocado em todo o Brasil até que as bolsas de estudos sejam pagas.
Os bolsistas deveriam ter recebido o valor de suas bolsas do Capes na quarta-feira (7), o que não aconteceu devido aos cortes na Educação determinados pelo governo de Jair Bolsonaro. Segundo a UFPR, tais cortes zeraram as contas da instituição, que já não têm condições para saldar, já no mês de dezembro, contas básicas, como a de água, luz, contratos dos serviços essenciais de conservação, limpeza e segurança, bem como, o pagamento de bolsas, auxílios e o funcionamento dos restaurantes universitários.
Apesar dos cortes impedirem o pagamento do Auxílio Refeição Emergencial, previsto em edital pela Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), o reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, garante que a gestão da UFPR mantém o compromisso de assegurar o fornecimento de comida, em caráter de segurança alimentar, em um dos restaurantes universitários de Curitiba, para socorrer aqueles estudantes que deveriam ser atendidos pelo edital de Auxílio Refeição Emergencial.
No final da tarde de ontem, o ministro da Educação, Victor Godoy, disse que o pagamento de bolsas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) está garantido e será efetuado até o próximo dia 13 (terça-feira). Segundo ele, tal pagamento foi viabilizado graças à liberação de recursos na ordem de R$ 460 milhões “para despesas discricionárias da educação”. Ainda segundo o ministro, desse montante já foram vializados R$ 300 milhões para o repasse de recursos às entidades do MEC, o que possibilitaria o pagamento de 100% da bolsa assistência estudantil, bolsas PET, bolsa permanência Prouni, entre outros.
Estudantes e servidores da UFPR protestam contra o corte de verbas

Protesto na Santos Andrade (Franklin Freitas)