
Após quase 15 anos de investigações, o ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Abib Miguel, conhecido como “Bibinho”, firmou um acordo de colaboração com o Ministério Público do Paraná (MPPR) para devolver R$ 258 milhões aos cofres públicos.
O valor corresponde ao montante desviado com uso de funcionários fantasmas e laranjas, acrescido de correção monetária, e foi acordado com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), núcleo de Curitiba. Além da devolução, Bibinho terá que pagar uma multa adicional de mais de R$ 3,6 milhões.
Esquema foi revelado por série de reportagens em 2010
O escândalo veio à tona em 2010, com a série de reportagens investigativas “Diários Secretos”, publicada pela Gazeta do Povo e exibida pela RPC. A apuração revelou uma complexa rede de corrupção dentro da Alep nos anos 2000, comandada por Bibinho, envolvendo funcionários fantasmas, desvio de verbas e lavagem de dinheiro.
O ex-diretor foi acusado por crimes como organização criminosa, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro.
Acordo encerra processos criminais e cíveis
Com a homologação judicial do acordo, os processos criminais e cíveis contra o ex-diretor serão suspensos. A medida também busca evitar a prescrição das ações, já que Bibinho tem atualmente 85 anos e diversos processos ainda estão em fase recursal.