Flávia Francischini (União): “Muita humildade” (Franklin Freitas)

Vereadora em Curitiba e candidata a deputada estadual, Flávia Francischini (União) espera herdar a votação recorde feita pelo marido dela, Fernando Francischini, na eleição de 2018. Cassado no ano passado, Fernando Francischini obteve 427.749 votos em 2018, o que ajudou a eleger outros seis deputados estaduais do PSL, então o partido do presidente Jair Bolsonaro.

Flávia Francischini tem percorrido o estado e espera obter a mesma votação do ex-delegado da Polícia Federal. “Espero ser eleita sim, nada de falsa modéstia. Muita humildade e sabedoria neste momento”, afirmou Flávia. “Muita gratidão e reconhecimento acima de tudo e o compromisso em honrar os quase 500 mil votos que foram silenciados por causa da injustiça cometida em desfavor do Fernando Francischini”.

Segundo a candidata, o trabalho de convencimento não tem sido difícil. “Não tem sido nenhum pouco difícil. não temos que convencer, eis que nossos eleitores são brasileiros que querem endireitar o Brasil. Nós lutamos pelos mesmos direitos, valores e princípios de todas as famílias de bem”.

Apesar da rejeição a Bolsonaro, apontada em todas as pesquisas de intenção de voto, a vereadora espera ser “surpreendida positivamente”. “Não podemos confiar plenamente em órgãos de pesquisas. Nas eleições, a maioria mostrou que o nosso presidente Bolsonaro iria perder. E fomos “surpreendidos positivamente“. Aconteceu ao contrário, o Bolsonaro foi eleito”.

Propostas
Se for eleita, Flávia Francischini pretende criar uma indenização para vítimas de Crimes graves e de Profissionais de Segurança mortos ou feridos em serviço; “criminalizar as ações do MST” (mesmo sem especificar quais);criar clínicas Escola para atendimento a autistas, pessoas com deficiência e suas famílias; proibir censura ou bloqueio do Facebook, Instagram, WhatsApp de qualquer cidadão (apesar disso não dizer respeito ao Legislativo estadual); criar banco de empregos e capacitação profissional para mulheres vítimas de violência; reduzir impostos, como no caso dos combustíveis, em outros produtos e serviços; e garantir porte de arma.

Bancada feminina
Flávia Francischini considera positiva a criação da bancada feminina na Assembleia Legislativa do Paraná. “Totalmente positiva. Felizmente estamos em épocas diferentes. As mulheres têm inteligência emocional, um olhar sensível para causas importantes da sociedade, com condições de promover uma política mais humanizada, mais igualitária. Precisamos avançar e conquistar mais. Somos a maioria”.

Flávia Francischini disse não desconfiar do sistema eleitoral, apesar de seu marido ter questionado as urnas eletrônicas ao compartilhar um vídeo. “Não se trata de confiar ou não. No momento a missão é trazer nossas propostas de maneira firme, mostrar que jamais ficaremos calados contra injustiça ou quaisquer ideias que venham a ferir os princípios da família e do cidadão de bem. Espero que as Forças Armadas e a Polícia Federal possam acompanhar a votação junto ao TSE para dar credibilidade ao eleitor”.