BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – No centro da polêmica envolvendo movimentações financeiras atípicas e auxiliares de seu gabinete na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) já sabe onde vai se instalar a partir de 1º de fevereiro, quando tomar posse no Legislativo federal.
O filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, herdará o gabinete do atual presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), no 17º andar do anexo 1. A maioria dos gabinetes de senadores fica neste prédio, a torre da esquerda do Congresso Nacional.
Segundo Eunício, o pedido foi feito pelo primeiro suplente de Flávio, o empresário Paulo Marinho (PSL).
“Quem me pediu foi o seu primeiro suplente, Paulo, logo após os resultados das eleições”, disse o presidente do Senado.
Questionado se ainda estava instalado ou se Flávio já havia ocupado o gabinete, Eunício respondeu que o novato só pode entrar a partir de sexta-feira (1º), quando os deputados eleitos tomam posse.
“Esta semana temos de retirar as coisas de lá”, afirmou Eunício, que, sem ter conseguido se reeleger na última eleição, deixa o Senado no fim desta semana.
Na semana passada, a assessoria de imprensa do Senado informou que ainda não havia definição sobre que gabinete cada senador eleito ocuparia.
“Os gabinetes só estarão à disposição dos novos senadores, eleitos nas eleições gerais de 2018, a partir de 1º de fevereiro do corrente ano, quando terá início a nova legislatura”, informou a Casa em nota na quinta-feira (24).
No entanto, já há novatos instalados no Senado. O gabinete do 21º andar, por exemplo, oficialmente ainda está sendo utilizado pelo senador Vicentinho Alves (PR-TO), mas, na semana passada, o local, com uma bandeira da Bahia na entrada, já era utilizado por Angelo Coronel (PSD-BA).
Flávio toma posse desgastado pelas denúncias que envolvem seu nome.