O general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes foi alvo de um mandado de busca e apreensão cumprido na manhã desta sexta-feira (29 de setembro) pela Polícia Federal (PF), em Brasília. O militar, acusado de participação nos atos golpistas de 8 de Janeiro, teve ainda um celular, arma e passaporte apreendidos.
A ação da PF ocorre no âmbito da 18ª fase da Operação Lesa Pátria. A investigação do Supremo Tribunal Federal (STF) aponta Fernandes como executor e possivelmente um dos idealizadores dos atos antidemocráticos realizados no Distrito Federal ainda no início do governo Lula.
Por isso, ele também teve ativos e valores bloqueados pela Justiça.
De acordo com o portal G1, o inquérito policial traz vários depoimentos de vândalos presos relatando a ação de indivíduos de balaclava e luvas ajudando e incentivando os demais manifestantes a entrarem no Congresso Nacional, inclusive abrindo acessos especiais para a invasão da casa legislativa. O general da reserva é suspeito de envolvimento com esse grupo.
Atualmente professor do Instituto Sagres de Política e Gestão Estratégioca Aplicadas, Fernandes foi diretor de Logística do Ministério da Saúde, na época em que a pasta foi comandada por Pazuello. Ele esteve no cargo entre julho de 2021 e dezembro do ano passado, até o fim do governo Bolsonaro.