Governo do Paraná deve pedir indenização a concessionárias de pedágios

Redação Bem Paraná

O secretário de Infraestrutura, Sando Alex, indicou nesta terça-feira (7) que o governo deve pedir reparação de prejuízos causados por empresas concessionárias de pedágio que fecharam acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Lava Jato. Entre as empresas que compõem o Anel da Integração, a Rodonorte já teve o acordo homologado e reduziu em 30% o valor cobrado nas praças de pedágio, entre outras medidas.

Segundo o secretário, neste primeiro momento, o acordo da empresa com o MPF apenas prevê que o governo indique quais trechos preferenciais devem receber obras de reparação. Sandro Alex disse que o governo irá indicar locais com grande número de acidentes fatais. “Indicação de obras nesta primeira empresa que chega ao montante de R$ 350 milhões. Vamos entregar trechos preferecialmente com acidentes com vítimas fatais”, afirma.

No início da semana, o deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSB) questionou o acordo de leniência por não contemplar a duplicação da Rodovia do Café, entre Ponta Grossa e Apucarana. O deputado afirma que o contrato original de concessão desse lote de rodovias prevê a duplicação integral. O secretário não quis responder se concorda com os termos do acordo. “Eu não participei do acordo. O que cabe a mim é a indicação das obras. De qualquer forma, o governo por meio da Procuradoria-Geral do Estado e da Controladoria Geral também está encaminhando ações de reparação a danos que o Estado recebeu, que é um trabalho independente do que o MPF entende para continuidade de investigações”, disse.

Ratinho Jr anuncia R$ 2 bilhões para reparos em rodovias
Um investimento de R$ 2 bilhões foi anunciado ontem pelo governo do Paraná em um programa de revitalização de 9858 mil quilômetros de rodovias estaduais. As obras de restauração e conservação serão feitas ao longo de três anos, com início imediato, e compreendem grande parte da malha viária estadual, que totaliza 12 mil quilômetros. De acordo como governo, grande parte dos projetos é antiga e estava judicializada. Essas precisaram ser revistas para readequar com os valores atuais. “O orçamento que nós tínhamos não estava com o reequilíbrio”, afirmou.