Celio Martins, o deputado Celso Russomano, Samira de Castro (Crédito: Divulgação/Sindijor-PR)

Dirigentes da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e representantes de 16 sindicatos filiados participaram, na terça e na quarta-feira (18 e 19 de abril), de mobilização junto aos deputados federais, em Brasília, em busca de apoio à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 206/12, que restabelece a exigência de diploma para o exercício profissional do jornalismo.

A atividade, denominada “Ocupa Brasília”, reuniu representantes de todas as regiões do país. Os jornalistas percorreram os corredores, gabinetes e salas de reuniões do Congresso Nacional, dialogando com os parlamentares de todos os estados e partidos políticos.

A necessidade de uma formação sólida, que garanta conhecimentos teóricos, competências e habilidades técnicas e comprometimento ético ao profissional, é um dos argumentos da Federação para retomar as ações pela obrigatoriedade do diploma.

“A partir da errônea decisão do Supremo Tribunal Federal em 2009, nós ficamos fragilizados, enquanto categoria profissional e fomos precarizados pela grande mídia. Além disso, nossa atividade está sendo desenvolvida por pessoas não habilitadas. Essa é uma luta que precisa do apoio de toda categoria e da sociedade para que possamos resgatar uma série de direitos”, afirma a presidenta da FENAJ, jornalista Samira de Castro.

“Temos explicado a todos que a PEC não vai retroagir para prejudicar aqueles que têm registro com base nas regras atuais. Assim como não será impedido a nenhuma pessoa exprimir suas opiniões sobre qualquer tema nos veículos de comunicação, como sempre aconteceu”, completa a dirigente.

Sensibilização do Colégio de Líderes

Na terça-feira (18/04), a presidenta da Federação e dirigentes das cinco regiões do país participaram da reunião do Colégio de Líderes e Vice-Líderes Partidários. Samira de Castro pediu o apoio do colegiado para que a PEC 206/2012 seja colocada em votação e aprovada. Ela explicou que Jornalismo é hoje a única profissão regulamentada do Brasil para a qual não há qualquer requisito prévio para o exercício profissional.

O jornalista Célio Martins, membro da direção Executiva da Fenaj e presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR), ressalta que o apoio ao resgate do diploma de jornalista vem de todos os partidos, o que mostra que a questão supera divisões ideológicas. “Deputados e deputadas, seja de centro, de esquerda, de direita, centro-esquerda e centro-direita, apoiam a volta do diploma de jornalista por uma questão de preservar a educação, o processo histórico de formação das profissões, a garantia de informação segura e ética para a população e o fortalecimento, além da criação de um antídoto à desinformação”, diz Martins.