TSE/divulgaĂ§Ă£o

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concluiu nesta sexta-feira (20) a anĂ¡lise das audiĂªncias de custĂ³dia de 1,4 mil presos por participar dos atos antidemocrĂ¡ticos de 8 de janeiro, que culminaram na invasĂ£o e depredaĂ§Ă£o das sedes do PalĂ¡cio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF..

De acordo com o levantamento divulgado pela Corte, o ministro decidiu manter a prisĂ£o preventiva de 942 acusados e determinou a soltura de 464.  

Ao manter as prisões, Moraes entendeu que a medida Ă© necessĂ¡ria para garantir a ordem pĂºblica e a efetividade das investigações. Os acusados respondem pelos crimes de ato preparatĂ³rio de terrorismo, associaĂ§Ă£o criminosa, aboliĂ§Ă£o violenta do estado democrĂ¡tico de direito, golpe de estado, ameaça e incitaĂ§Ă£o ao crime. 

Os investigados que serĂ£o soltos deverĂ£o colocar tornozeleira eletrĂ´nica. Eles estĂ£o proibidos de sair de suas cidades e de usar redes sociais. AlĂ©m disso, terĂ£o os passaportes cancelados e os documentos de posse de arma suspensos.

ApĂ³s as prisões realizadas em 8 de janeiro, Alexandre de Moraes delegou as audiĂªncias de custĂ³dia para juĂ­zes federais e do Tribunal de Justiça do DF. As informações sobre os presos sĂ£o centralizadas no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e remetidas ao ministro, a quem cabe decidir sobre a manutenĂ§Ă£o das prisões.

Golpe 

Desde que o presidente Luiz InĂ¡cio Lula da Silva foi eleito em segundo turno, no final de outubro, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro demonstram inconformismo com o resultado do pleito e pedem um golpe militar no paĂ­s, para depor o governo eleito democraticamente.

As manifestações dos Ăºltimos meses incluĂ­ram acampamentos em diversos quartĂ©is generais do paĂ­s e culminaram na invasĂ£o e depredaĂ§Ă£o das sedes dos TrĂªs Poderes, em BrasĂ­lia, no dia 8 de janeiro.