
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ter o apoio de pelo menos metade dos 30 deputados federais eleitos pelo Paraná que tomam posse hoje. Inicialmente, os partidos que integraram a coligação de Lula no primeiro turno — PT, PV, PCdoB, PSOL, Rede, PSB, Solidariedade, Pros, Avante e Agir — elegeram oito parlamentares: Gleisi Hoffmann , Carol Dartora, Zeca Dirceu, Enio Verri e Tadeu Veneri (PT), Aliel Machado (PV), Luciano Ducci (PSB) e Toninho Wandscheer (PROS).
No segundo turno, outras 6 legendas aderiram ao petista: MDB, PDT, Cidadania, PCB, PSTU e PCO. Após a eleição, outras duas siglas se somaram ao conselho político de transição, entre elas o PSD do governador Ratinho Júnior, que elegeu a maior bancada, com 7 parlamentares. Desses, apenas um é conhecido como “bolsonarista raiz”: o Sargento Fahur.
A lista de apoios entre os deputados paranaenses a Lula pode aumentar ainda, já que há uma negociando pela adesão do União Brasil à base de situação na Câmara. O União Brasil elegeu pelo Paraná dois deputados: Felipe Francischini, que já se declarou de oposição, e o delegado Matheus Laiola.
A aliança que apoiou Jair Bolsonaro (PL) elegeu oito deputados: Filipe Barros, Giacobo e Vermelho (todos do PL); Tião Medeiros, Pedro Lupion, Ricardo Barros e Dilceu Sperafico (PP) e Diego Garcia (Republicanos). Desses, apenas Filipe Barros e Pedro Lupion devem seguir fiéis ao ex-presidente. Para os demais, avaliam os aliados de Lula, seriam possível negociar apoios pontuais.
Esse apoio pode ser formalizado caso o PP entre na base do governo. A prioridade é reeleger o deputado Arthur Lira (AL) para a presidência da Câmara. Lula já disse que não vai interferir na disputa, e o PT anunciou que não terá candidato, abrindo caminho para Lira continuar no cargo por mais dois anos. Além disso, apesar de ter apoiado Bolsonaro, o presidente da Câmara foi um dos primeiros chefes de poderes a reconhecer a vitória do petista no segundo turno, e a iniciar as negociações para a transição.