alexandre
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil)

O Brasil pode precisar da tecnologia militar para se defender de ameaças externas. É isso o que pensa o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que nesta sexta-feira (5 de setembro) participou de um evento no Rio de Janeiro. Segundo ele, a defesa nuclear pode ser necessária “caso o mundo continue como está”.

“Mesmo que isso seja polêmico, nós estamos vivendo arroubos internacionais muito graves no mundo, em especial nos últimos tempos”, afirmou Silveira. Ainda segundo ele, a Constituição hoje não permite o uso da tecnologia nuclear para fins bélicos, apenas para geração de energia e medicina.

O ministro discursou durante a posse de novos diretores da Agência Nacional de Segurança Nuclear (ANSN) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustível (ANP). O evento foi na sede da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

“Precisamos levar muito a sério a questão nuclear”

Ainda de acordo com Silveira, para um país como o Brasil, gigante pela própria natureza, com clima tropical, solo fértil, tantas riquezas minerais e 11% da água doce do planeta, é fundamental que a questão nuclear seja levada a sério.

“No futuro, nós vamos precisar da tecnologia nuclear também para a defesa nacional”, disse o ministro, que depois, em entrevista, reforçou seu posicionamento, inclusive com o uso da tecnologia nuclear para fins bélicos. Isso, no entanto, seria algo para ocorrer em longo prazo.

“Incontestavelmente o mundo caminha para uma triste necessidade. Mas é fato, de ter que desenvolver instrumentos de defesa. Os homens públicos do país, em especial o Congresso Nacional, vão ter que rever a posição [sobre o uso pacífico da tecnologia]”, destacou o ministro. Ele também lembrou que o Brasil é um dos poucos países que domina a cadeia nuclear. Além disso, o país tem uma das maiores reservas de urânio do planeta.