
O Ministério Público do Paraná denunciou à Justiça a vereadora de Curitiba, Maria Letícia (PV), que foi presa no último dia 25 suspeita de embriaguez ao volante e desacato. A vereadora foi encaminhada por policiais militares do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) à Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), no bairro Capão da Imbuia, após se envolver em um acidente de trânsito, suspeita de embriaguez ao volante. Ela colidiu em um carro estacionado na Alameda Augusto Stellfeld, 1034, no Bigorrilho.
A vereadora preferiu ficar em silêncio durante o depoimento na Delegacia. Apesar de optar pelo silêncio sobre a ocorrência, a vereadora apontou excesso dos policiais militares “Considerando a minha faixa etária, porque sou uma idosa, houve um houve excesso. Fui algemada e colocada em um camburão. Me causou constrangimento, considerando a minha história de vida”, disse Maria Letícia. Ela ficou presa até a noite de domingo, quando a Justiça emitiu alvará de soltura, sem fiança.
Maria Letícia divulgou vídeos nas redes sociais, no qual alega que está em acompanhamento neurológico por neuromielite óptica (CID 10 G36.0) fazendo tratamento quimioterápico. “Os fortes medicamentos usados para tratar a doença podem causar efeitos colaterais como sonolência, amnésia, dificuldade na fala e confusão mental”.
Na denúncia, o MP alega que ela se recusou a fazer o teste do bafômetro, e demonstrava sinais alteração de capacidade psicomotora, fala alterada, olhos vermelhos, hálito alcóolico e teria confirmado ter ingerido bebida alcóolica. Segundo a promotoria, Maria Letícia teria ainda desacatado os policiais militares e dito que chamaria do secretário de Segurança do Estado, por ser vereadora. Ela teria ainda chamado os PMs de “covardes”.
Em nota, a vereadora afirma estar colaborando com as investigações e à disposição das autoridades.