O Ministério Público em Santa Catarina já realizou uma apuração preliminar sobre manifestantes que fizeram uma suposta saudação nazista durante ato em São Miguel do Oeste e avaliou que ‘não houve intenção, aparentemente, de fazer apologia ao nazismo’. Segundo a Promotoria, das diligências cumpridas, não foram identificados ‘até o momento, indícios de prática de crime’, ‘muito embora a atitude ser absolutamente incompatível com o respeito exigido durante a execução do hino nacional e poder gerar alguma responsabilidade’.
O ato, organizado para manifestar inconformismo com o resultado das eleições e com a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL), aconteceu nesta quarta-feira, 2, em frente à base do Exército na cidade do Oeste catarinense. Durante a execução do hino nacional manifestantes vestidos de verde e amarelo estenderam suas mãos para frente, em um gesto semelhante ao “sieg heil” – “viva à vitória”, em alemão – usada pelo partido nazista alemão nos anos 30. Apologia ao nazismo é crime, e pode resultar em penas de dois a cinco anos de prisão.
A apuração preliminar foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas em São Miguel do Oeste, que identificou manifestantes, analisou imagens e conversou com testemunhas dos atos. De acordo com o Ministério Público, a avaliação foi realizada de ‘forma célere e prioritária diante da extrema gravidade do fato noticiado’.
As investigações não foram encerradas. O relatório será encaminhado para a 40ª Promotoria de Justiça de Florianópolis.
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