Pesquisa mostra que maioria dos brasileiros desaprova o Congresso Nacional

Estadão Conteúdo editado por Mario Akira
PL anistia urgência congresso foto Marcello Casal Jr Agência Brasil

Congresso Nacional (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O Congresso Nacional (Câmara e Senado), tem a atuação desaprovada pela maioria dos brasileiros, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira (21).

Segundo a Genial/Quaest, 51% dos brasileiros rejeitam o trabalho da Câmara e do Senado, enquanto 42% aprovam e 7% não responderam.

Segundo a pesquisa, a maior parte dos entrevistados pelo levantamento rejeita o dispositivo das emendas parlamentares e avalia que os recursos destinados por deputados federais e senadores aos Estados e municípios é desviada antes de ser convertida em investimentos para a população.

De acordo com a pesquisa, a maioria dos entrevistados considera que deputados federais e senadores não deveriam indicar emendas ao Orçamento da União: 46% rejeitam o dispositivo, enquanto 38% o aprovam e 16% não responderam.

Por outro lado, 72% dos entrevistados nem sequer sabia que, a cada ano, os parlamentares destinam uma parcela bilionária do orçamento federal. São 27% os que conheciam o dispositivo, enquanto 1% não respondeu.

Em 2025, o volume de emendas parlamentares soma R$ 50,4 bilhões, uma quantia superior aos recursos livres de 30 ministérios. A maioria dos entrevistados afirmou ter a impressão de que as emendas são desviadas antes de chegarem às cidades a que são destinadas. Para 82%, as emendas são alvos de corrupção; para 9%, os recursos são convertidos em investimentos nas cidades, enquanto outros 9% não responderam.

A Genial/Quaest ouviu 2.004 brasileiros de 16 anos ou mais entre os dias 10 e 14 de julho. A margem de erro é de dois pontos porcentuais e o índice de confiança é de 95%.

As emendas parlamentares estão previstas na Constituição Federal de 1988. Até 2015, os repasses das emendas individuais não eram impositivos – ou seja, o governo federal não era obrigado a aplicar os recursos da forma que os deputados federais e senadores indicassem. Naquele ano, foi aprovada uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que tornou o pagamento das emendas individuais obrigatório, o que reformulou o balanço de forças entre o Congresso e o Poder Executivo.