Depois de pedir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a invalidação dos votos do segundo turno computados em 60% das urnas eletrônicas, o PL, do ex-deputado Valdemar Costa Neto, disse que não vai aplicar o mesmo critério de questionamento nos votos do primeiro turno, quando a sigla elegeu ampla bancada de deputados e senadores. Em uma representação ao TSE, o PL quer anular todos os votos registrados em 279 mil urnas na eleição presidencial alegando, sem provas, “mau funcionamento” das máquinas. Com isso, Jair Bolsonaro (PL) seria reeleito. Especialistas já apontaram que a argumentação do partido não tem lastro e não indica fraude nem falhas na contagem dos votos.
“Seria impossível fazer com que todas as pessoas eventualmente atingidas por decisão do TSE viessem aos autos e se manifestassem. Como essa questão pode ser inicialmente sob o ponto de vista do segundo turno, pedimos para que nesse primeiro momento fosse feita a verificação no segundo turno”, disse o advogado da legenda, Marcelo Bessa, ontem.
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinou que o partido também apresentasse um estudo referente ao primeiro turno, para que o questionamento do PL não fique restrito à derrota de Bolsonaro, como deseja o atual presidente.
Valdemar Costa Neto e Marcelo Bessa foram questionados insistentemente sobre as inconsistências do relatório que produziram. Não deram as explicações e disseram somente que todas as alegações haviam sido enviadas ao TSE.
O partido alega que um único dado padronizado sobre as urnas de modelos anteriores ao de 2020.