Os vereadores de Curitiba também aprovaram ontem reajuste para seus próprios salários, também de 7,17%. Com a medida, os vencimentos dos parlamentares sobe dos atuais R$ 17.402,16 para R$ 18.649,10.
Também foi aprovado o mesmo índice de aumento para os salários do prefeito Rafael Greca (PSD) e dos secretários municipais. No caso do prefeito, o salário passa a R$ 33.503,80 mensais. Já os secretários e presidentes de fundações, institutos e autarquias municipais, passam a receber R$ 22.275,94 e diretores se secretarias municipais, R$ 20.211,39.
A vereadora Amália Tortato (Novo) pediu a votação em destaque do artigo 2º do projeto com a intenção de pedir a derrubada do aumento para os agentes políticos, mas o plenário rejeitou a iniciativa em votação simbólica. Tortato disse que “é imoral no meio de uma população tão castigada pela pandemia” dar “aumento” ao prefeito e aos secretários. O argumento foi criticado por vereadores. “Falar em ‘aumento’ confunde a população e joga ela contra os políticos”, disse Osias Moraes (Republicanos).
“Não é aumento, é reposição. Reposição é imoral?”, concordou Ezequias Barros (PMB), que disse “não vejo ninguém devolvendo (a diferença a mais) depois (que a reposição é aprovada)”, antecipando uma crítica que depois foi repetida por Mauro Ignácio (União). “A Constituição Federal veda a diminuição de salários, logo o que se faz aqui é manter a efetividade do princípio da isonomia, que é dar tratamento igual aos iguais. Muita gente gosta de surfar na onda do moralismo, mas imoralidade é receber para não executar as funções para as quais foi contratado”, corroborou Dalton Borba (PDT), acusando que o Partido Novo faz uma análise ideológica “e não jurídica” da proposta.
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