Rafael Greca descarta lockdown em Curitiba e fala em cortar ‘transmissão familiar’ do coronavírus

'Numa família, infelizmente, os jovens tinham ido a balada na véspera e foram almoçar com a vovó. Em três dias as vovó estava morte e cinco pessoas da família estavam doentes'

Redação Bem Paraná

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Em entrevista à emissora CNN na manhã desta sexta-feira (26 de junho), o prefeito de Curitiba Rafael Greca descartou a adoção na capital paranaense do famigerado lockdown. Segundo o político, neste momento o município concentra esforços para tentar ‘qubrar a cadeia de transmissão’ do novo coronavírus, trablahando com a população ‘para que o isolamento social não seja doloroso’.

Atualmente, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tem trabalhado com um sistema de bandeiras para informar a população sobre o estágio da pandemia na cidade. Hoje estamos na bandeira laranja. A bandeira vermelha, mais grave, seria o lockdown. Todas as sextas, na live transmitida na página do Facebook de Curitiba, é informado aos cidadãos se haverá alguma alteração na bandeira da cidade. O prefeito, no entanto, já descarta a possibilidade da cidade adotar a bandeira vermelha a partir de hoje.

“Os casos [de Covid-19 em Curitiba] triplicaram porque nossa situação por quase 90 dias foi muito confortável. Houve um outono seco, sem umidade, e com isso o vírus não foi transmitido. Com a umidade, com o frio, as síndromes respiratórias se intensificaram e houve maior ocupação de leitos, mas não há colapso do sistema de saúde de Curitiba, que é extremamente robusto e muito bem equacionado”, declarou Rafael Greca na entrevista.

Ainda segundo o prefeito, enquanto no interior do Paraná a transmissão do vírus tem acontecido em frigoríficos, ambientes úmidos no ambiente de trabalho do agronegócio, em Curitiba a transmissão tem sido familiar.

“A turma resolve visitar a vovó, fazer almoço de família, que é coisa vedada pelas autoridades sanitárias. Numa família, infelizmente, os jovens tinham ido a balada na véspera e foram almoçar com a vovó. Em três dias as vovó estava morta e cinco pessoas da família estavam doentes. Então essa transmissão familiar tem de ser cortada”.