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Prestação de contas à Comissão de Economia foi conduzida pelo secretário municipal de Finanças, Vitor Puppi. (Foto: Carlos Costa/CMC)

A redução na alíquota do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) no Paraná, que passou de 3,5% para 1,9% do valor venal de automóveis, motocicletas e caminhonetes, deve impactar as finanças de Curitiba em 2026. Segundo o secretário de Planejamento, Finanças e Orçamento da Prefeitura de Curitiba, Vitor Puppi, a Prefeitura deve perder em torno de R$ 400 milhões de arrecadação no próximo ano. A estimativa apareceu durante a prestação de contas quadrimestral do Executivo, na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), nesta segunda-feira (29 de setembro).

A nova alíquota do IPVA, inclusive, foi o assunto mais abordado nas perguntas dos parlamentares a Puppi. A Prefeitura de Curitiba deve ser impactada pelo imposto estadual porque parte do que é arrecadado acaba sendo revertido ao município.

“A nossa estimativa é de perda de arrecadação em torno de 400 milhões de reais”, valor que Puppi considerou relevante, durante sua resposta às vereadoras Laís Leão (PDT), Giorgia Prates – Mandata Preta (PT) e Camilla Gonda (PSB).

O orçamento da cidade para o próximo ano, anunciado recentemente, será de R$ 15,4 bilhões. A perda de R$ 400 milhões, portanto, equivale a 2,6% do orçamento municipal para 2026.

Compensação com aumento no número de emplacamentos

Ainda de acordo com o secretário de Finanças, Curitiba ainda não sabe se ou quais projetos podem vir a ser prejudicados pela perda da arrecadação. O município, no entanto, vem dialogando com a Secretaria da Fazenda do Estado do Paraná para conseguir algumas compensações. “Nós acreditamos que virá alguma coisa”, disse Puppi.

Sobre a possibilidade da compensação para Curitiba vir do aumento no número de emplacamentos, Puppi ponderou que isso deve ocorrer parcialmente. Além disso, só o tempo dirá o tamanho desse reequilíbrio. “É claro que ao longo do tempo essa arrecadação [do IPVA decorrente de novos emplacamentos] vai ser incrementada, mas a partir de um valor menor [da alíquota]. O Estado vai arrecadar menos no início, é claro que vai, um pouco menos, mas isso tende a subir”, comentou.