TJPR reinaugura Museu da Justiça com a presença do governador. Veja as fotos

Redação Bem Paraná

Franklin de Freitas

O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) reinaugurou nesta quinta-feira (15) o Museu da Justiça, no Prédio Anexo ao Palácio da Justiça – entrada pela Rua Prefeito Rosaldo Gomes Mello Leitão. Aos 48 anos, o Museu passou por uma reformulação que modificou completamente a experiência dos visitantes. Com um acervo de mais de 50 mil itens, abarcando uma amplitude temporal desde o Século XVIII ao presente, o museu mudou de localização, passando a ocupar a sala da entrada do prédio anexo ao Palácio da Justiça, ganhando um novo acesso e um novo espaço de exposição. O evento contou com a presença do governador Ratinho Jr. “Quero parabenizar essa iniciativa de revigorar esse museu tão importante para manter esta história belíssima da justiça paranaense. O passado nos ajuda a planejar o futuro”, disse ele. O presidente do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), José Laurindo de Souza Netto, ressaltou que a principal preocupação do Museu e do Espaço LUME – Lugar de Memória Juiz Aldo Fernandes, também inaugurado nesta quinta e que fica no segundo pavimento do Centro Judiciário, é sedimentar a memória, a história e o conhecimento como elemento de transformação da sociedade: “Nos estamos preparando o tribunal para que nos próximos 10, 15 anos, seja sedimentada a memória e a história para prevenir que sejamos vítimas de fake news e narrativas duvidosas. Conhecimento é o melhor caminho”. Ele lembrou que o Museu da Justiça foi planejado de forma diferente, com interatividade: “De forma mais lúdicas e com compreensão histórica. Não são só objetos”.

No novo ambiente do Museu as peças expostas foram selecionadas pela relevância histórica e pelo simbolismo do judiciário. Além da nova disposição, o visitante conta com experiências interativas a partir de QR-codes que, quando acessados por celulares, remetem a links com conteúdo histórico e institucional.

Além disso, na nova sala de exposições está disposta uma grande linha do tempo que traz os principais destaques da história da instituição até os dias atuais. Seguindo pela sala o visitante conhecerá detalhes das sedes do tribunal, juntamente com vídeos que trazem aspectos históricos do Brasil e do mundo, contextualizando o momento vivido pelo tribunal em cada época. Finalizando a experiência interativa, o Museu dedicou um espaço para exposições itinerantes, trata-se de uma sala equipada com projetor para mostras em vídeo ou peças físicas.

Espaço Lume – Também nesta quinta (15), aconteceu a reinauguração do Espaço LUME – Lugar de Memória Juiz Aldo Fernandes. O evento foi realizado no Plenário do Tribunal do Juri, no Fórum Criminal de Curitiba.   A programação contou com palestras e uma roda de conversa sobre a preservação e valorização da memória do período em que ocorreram intensas violações aos Direitos Humanos pelo Estado Brasileiro (1964-1985), bem como a promoção da democracia, educação e dignidade humana. A roda de conversa contará com a participação de autoridades, professores palestrantes e ex-presos políticos.  

O Espaço LUME fica sediado no segundo pavimento do Centro Judiciário e foi cedido pelo TJPR ao Comitê Estadual responsável pela gestão do acervo histórico da Comissão Estadual da Verdade, vinculada à Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho (SEJUF).  

O LUME cumpre com a meta de criar um espaço no Centro Judiciário de Curitiba, dedicado à memória dos anos de repressão e resistência, incluindo os atores ligados à advocacia, ao Ministério Público e à magistratura, como as pessoas da sociedade civil, perseguidos e mortos pelo sistema autoritário. 

Aplicativo do TJPR
Na reinauguração a sala de exposições itinerantes foi palco do lançamento do novo aplicativo para dispositivos móveis do TJPR. Desenvolvido de forma colaborativa pelo Ateliê de Inovação e pelo Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação do tribunal, ele será capaz de impactar diretamente toda a população, os advogados e colaboradores do judiciário.
Com este lançamento o cidadão poderá acessar informações básicas do tribunal, endereços e até consultas processuais. O recurso utiliza uma arquitetura modular que permite ele esteja em constante desenvolvimento e atualização.
Em sua evolução, novas versões serão disponibilizas de forma a integrar sistemas como o Projudi, SEI, Hércules e outros utilizados pelo judiciário. E no futuro até a realização de audiências virtuais poderão ser realizadas a partir do aplicativo.