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BRASÍLIA, DF – Órgão responsável por fiscalizar gastos, o TCU (Tribunal de Contas da União) vai comprar uma segunda sede em Minas Gerais por até R$ 12 milhões e se desfazer do seu atual prédio.
Apesar de possuir um prédio que totaliza 1.722,61 m2, o órgão resolveu trocá-lo por uma sede menor: salas em um prédio comercial, com tamanho estimado em cerca de 1.000 m2.
A justificativa para a mudança é que reduzirá gastos com manutenção. Atualmente há 42 servidores lotados na Secex-MG (Secretaria de Controle Externo de Minas Gerais), nome oficial dos escritórios do TCU nos Estados.
O processo de escolha do imóvel a ser comprado começou em março e ainda está em andamento, mas o tribunal já disponibilizou um valor máximo de R$ 12 milhões em seu orçamento de 2014 para essa aquisição.
A atual sede, que foi inaugurada em 1997 e construída especialmente para o TCU, será devolvida ao patrimônio da União, que poderá ceder o prédio para a utilização de outro órgão público.
Ela fica localizada a cerca de 7 km do centro de Belo Horizonte, no bairro Salgado Filho. Possui dois andares, além do térreo, auditório, estacionamento interno e jardim na parte externa. Já o novo imóvel será na região centro-sul da capital e pode chegar a ocupar mais de um andar em um prédio comercial.
A assessoria de imprensa do TCU informou que a decisão em favor da compra foi da sede do tribunal, em Brasília. A Secex-MG não quis comentar e recomendou contato com a assessoria em Brasília.
“CONSERVAÇÃO ONEROSA”
O órgão justifica a decisão afirmando que o atual prédio foi “construído em estrutura metálica, com dificuldades de remanejamento, ampliação ou redução de áreas, manutenção e conservação bastante onerosas, além de gastos elevados com contratos de terceirização (vigilância, recepção, jardinagem etc.)”.
Questionado pela reportagem sobre qual é a estimativa de economia com a mudança, o TCU não forneceu valores e informou apenas que “a economia será obtida por meio de repartição de custos condominiais, com o compartilhamento de postos de segurança, supressão de serviços de jardinagem, manutenção conjunta de elevadores e ar-condicionado, entre outros”.
As despesas de manutenção do atual prédio são de cerca de R$ 280 mil anuais. Já o contrato para a parte da segurança tem custo atual de R$ 393 mil anual.
Caso esses gastos fossem abolidos completamente com a mudança de sede, o que dificilmente ocorreria porque ainda haverá despesas de manutenção, o TCU economizaria em 17 anos os R$ 12 milhões que podem ser o custo do novo prédio.
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