
A Prefeitura de Campo Largo realizou, nesta quarta-feira (8), uma operação de fiscalização em bares e distribuidoras de bebidas para prevenir a venda de produtos adulterados ou sem procedência. A ação foi motivada pelo alerta nacional sobre casos de intoxicação por bebidas com metanol, substância altamente tóxica.
Com apoio da Polícia Militar, Guarda Municipal, Procon-PR e Vigilância Sanitária, as equipes inspecionaram seis estabelecimentos e apreenderam 144 bebidas e um cigarro eletrônico. Durante a vistoria, foram verificadas notas fiscais, condições de armazenamento, validade, higiene e lacres das embalagens.
A diretora do Procon local, Priscila Mezzadri Bassani, explicou que a Operação Salus tem caráter preventivo e busca conscientizar comerciantes e consumidores sobre os riscos das bebidas irregulares. Segundo ela, quem descumprir as notificações poderá ter o alvará cassado ou o estabelecimento interditado.
Os consumidores devem exigir nota fiscal e observar rótulos e lacres antes de comprar.
Prevenção – É possível seguir alguns passos para reduzir o risco de adquirir bebidas contaminadas com metanol, são eles:
- Compre apenas em locais confiáveis: Prefira bares, restaurantes, supermercados e distribuidoras regularizadas. Evite compras em vendedores informais ou sem registro;
- Lacre, rótulo e procedência : Algumas garrafas contam com selo da Receita Federal (no gargalo), que deve estar intacto e sem sinais de violação. Além disso, o lacre não pode estar rompido ou torto e desconfie de rótulos mal aplicados, com erros ortográficos ou rasurados.
Procure pelo registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) na embalagem e no caso de destilados, eles devem conter o selo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), geralmente colocado próximo à tampa. A ausência pode indicar que a bebida não passou pela fiscalização brasileira; - Exija a nota fiscal: O documento garante a procedência do produto e facilita a rastreabilidade em caso de denúncia;
- Desconfie de preços muito baixos: Valores muito abaixo do mercado podem indicar adulteração ou falsificação;
- Observe a aparência e o cheiro da bebida: Alterações na cor e a presença de sedimentos ou odor químico forte são sinais de falsificação. Destilados devem ser transparentes e com aroma característico.
- Cuidado com a procedência: Estabelecimentos que comercializam bebidas devem exigir a nota fiscal de seus fornecedores, garantindo assim a sua procedência;
- Denuncie suspeitas: Possíveis irregularidades podem ser comunicadas à Vigilância Sanitária, Procon ou Disque Saúde, pelos seguintes canais:
– Vigilância Sanitária: pelo site da Prefeitura em Serviços > Vigilância > Emissão de Denúncia da Vigilância Sanitária;
– Procon Campo Largo: (41) 3291-5151;
– Disque Saúde: 136.
Sintomas – Como identificar o metanol pelo cheiro ou sabor não é possível, os consumidores devem ficar atentos aos sintomas da intoxicação, que podem aparecer entre 12h e 24h após o consumo da bebida.
Semelhantes aos da ressacam comum, os sintomas perduram por um período mais longo e podem ser os seguintes:
- Sintomas iniciais (6 a 24 horas após a ingestão)
– Dor de cabeça (cefaleia);
– Náuseas e vômitos;
– Sonolência e falta de coordenação (semelhante a uma forte embriaguez ou ressaca grave);
– Tontura e confusão mental. - Sintomas graves e tardios (após 24 horas)
– Dor abdominal intensa: um sinal de alerta de emergência;
– Alterações visuais: visão turva, fotofobia (sensibilidade à luz), visão embaçada, – percepção de “campo nevado” ou pontos escuros e, em casos graves, cegueira repentina em ambos os olhos;
– Dificuldade respiratória e hiperventilação;
– Convulsões e coma.
Em caso de suspeita de intoxicação por metanol, a pessoa deve procurar o serviço de saúde o mais rápido possível, pois pode ter sofrido intoxicação por metanol.