
O suspeito de matar o venezuelano Guillermo Rafael de Maria, em uma bicicletaria no Centro de Curitiba foi preso pela Polícia Civil do Paraná. Jean Couan Kruger foi capturado nesta quarta-feira (12) no Centro da Capital. O suspeito já havia sido preso e condenado em outra ocasião por agredir uma pessoa com barra de ferro na área central de Curitiba. Ele estava em regime aberto, após cumprir parte da pena de nove anos de prisão em regime fechado.
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A delegada da Polícia Civil do Paraná (PCPR), Camila Cecconello, da após a prisão do suspeito, disse que ele “é uma pessoa perigosa, ele tem histórico com antecedentes criminais pelo crime de violência doméstica e por um crime de homicídio que ele teria cometido lá nessa mesma bicicletaria”. Ela explicou que na ocasião ele teria tentado matar uma pessoa em situação de rua e teria também arrastado o corpo para dentro da bicicletaria, como ele acabou fazendo agora com essa segunda vítima.
Crime contra venezuelano foi em bicicletaria
O crime contra o venezuelano ocorreu no dia 3 de março dentro da bicicletaria que pertence ao investigado. Segundo o que foi apurado, a vítima teria ido até o local e teve início uma discussão. Neste momento, o autor, que já estava munido de uma arma de fogo, efetuou diversos disparos e a vítima veio à óbito no local. Em sequência, ele empreendeu fuga. De acordo com a delegada, a morte por tiros desferidos na cabeça da vítima caracteriza uma execução.
Em um primeiro interrogatório, o suspeito teria mentido ao afirmar que a vítima que estaria armada. Com base nos elementos coletados, a PCPR obteve a decretação da prisão preventiva do suspeito pelo Poder Judiciário.
O suspeito foi preso na casa da namorada, após denuncia anônima. A delegada Camila Cecconello explicou nesta manhã que, após uma análise preliminar no celular do suspeito ficou claro que ele premeditou a morte da vítima.
No aparelho foram encontradas mensagens desde o mês de janeiro, nas quais ele fala que tinha vontade de matar a vítima. Para a delegada, Kruger é uma pessoa perigosa e cruel, como mostram os fatos apurados até o momento.
Após diligências, a prisão foi feita e ele foi encaminhado ao sistema penitenciário.
O que diz a defesa do acusado
O advogado do acusado, em nota, declarou ser “arbitrária a prisão e afirma não ter tido acesso completo aos documentos que fundamentaram o pedido. Disse também que Jean sempre esteve à disposição da Justiça e que a própria juíza reconheceu que ele não interferiu na investigação nem tentou fugir, questionando a necessidade da prisão.”
Condenado pelo crime de tentativa de homicídio
Jean Couan Kruger em 2012, a época com 21 anos, foi preso após atacar com uma barra de ferro a duas pessoas, nas imediações do Terminal Metropolitano Guadalupe, no Centro de Curitiba.
Com o corpo coberto de tatuagens, ele de apresentou com adepto do satanismo e anarquista. À época ele disse ser bipolar. Na loja dele, a Polícia apreendeu seis facas, um cassetete, duas bestas ou lançadores de flechas e livros de estratégias militares.
Pelas agressões, ele foi autuado por tentativa de homicídio de uma pessoa em situação de rua. O delegado que cuidou do caso, Vinícius Borges Martins, do 1º Distrito Policial, relatou que a Guarda Municipal já havia recebido reclamações contra ele por intimidação de pessoas que passavam pela região.
Em 2017, Jean foi julgado e condenado por corrupção de menores e tentativa de homicídio qualificado por meio cruel.