CONHEÇA UMA NOVA ETNIA

Francisco Minoli

A Itália Mediterrânea
A Itália é um lugar que nos impressiona desde o momento que desembarcamos do avião.
O contraste de sua cultura anciã ao estilo de vida moderno da vida na Itália, suas fabulosas paisagens que encantam desde os turistas empolgados aos eternos apaixonados artistas plásticos. Os aromas que exalam de todas as partes, da natureza, das casas, dos restaurantes, a devastadora beleza da riqueza cultural e da imensidão de cores que a natureza proporciona contagiam até mesmo os insensíveis.


A Itália hoje
É surpreendente para muitos descobrir que a Itália é a sétima potência industrial do mundo. Infelizmente, o desenvolvimento econômico se destaca apenas perímetros urbanos trazendo as grandes selvas de concreto e sua poluição, principalmente na região norte da Itália.


A geografia
São aproximadamente 210.000 quilômetros quadrados, sem contar com suas ilhas. Isto significa uma área similar à Grã Bretanha ou ao estado da
Califórnia nos EUA. Cerca de 55 milhões de habitantes vivem no país em forma de bota, sendo suas concentrações demográficas nas áreas urbanas.
Seu terreno é formado por diversas regiões montanhosas as quais cobrem mais de 70% da área do país. Apesar deste terreno inóspito, quase 70%
desse terreno são utilizados na agricultura.

As maiores ilhas da Itália são a Sicília e a Sardenha, tendo outras menores que também merecem destaque como Elba (exílio de Napoleão), Ischia, Capri e uma ilhota ao norte da Sicília chamada Lipari, todas localizadas na costa oeste.
O Itália é cercada por mares em quase toda a sua extensão, o Mar Mediterrâneo oeste e o Adriático ao leste.

Por causa da enorme extensão de sua costa, que cobre quase 1600 km, a Itália possui uma variedade bem grande de climas, desde o mais gelado no alto das montanhas ao norte, até o mais ameno e agradabilíssimo calor das praias ao sul.


Um pouco da história
Em sua colorida e conturbada história, a Itália passou por diversos sistemas de governo, segundo um cidadão nascido e criado na Calábria, o qual viveu os seus 103 anos de forma saudável, passou por mais de uma dúzia de regimes governamentais. Vale ressaltar que a Itália viveu um período conturbado no século XX, principalmente na época pós-guerra. Durante esse período cada governo durou cerca de doze meses.

O país é dividido em vinte regiões, cada uma delas é autônoma, mas sempre dependente do governo central em Roma (capital). A autonomia se destaca ao compararmos as leis, os impostos e as diversidades culturais e históricas de cada região.

A colonização inicial da Itália foi pelos Gregos e Etruscanos e ao longo dos anos outras invasões de povos dos paises vizinhos ajudaram a incorporar cada pedacinho de cultura e história que foram gerados com orgulho por cada uma das pequenas províncias que formam as regiões.


O Sul da Itália
Os visitantes desta região são chamados de “Mezzogiorno” pelos nativos da região, e são normalmente despreparados para a beleza rústica e áspera de uma região quase que totalmente agrícola. Com um clima semi-tropical, grande parte desta região tem o privilégio de ter um Sol que brilha sobre os campos parecendo que sempre é meio dia. Abundante em flores e aromas cítricos no ar. Apesar disso a região é dominada por montanhas as quais chegam a temperaturas bem baixas com frio severo e até neve, tendo portanto uma estação de inverno bem definida.

As regiões da Campagna, Basilicata, Apulia, Calábria e as duas ilhas, Sicília e Sardegna, podem receber seus novos visitantes com inúmeros contos e lendas dos mistérios e ilusões da corrupção da máfia, que podem até levar as pessoas a sentirem medo e constrangimento em seus passeios. Parte desta impressão talvez seja causada pelo contraste entre os primos ricos das regiões norte do país. Os sulinos são mais intensos, mais expressivo, mais explosivos e mais *gregários (*vivem em bandos),  latinos em seu modo de ser. O que já é um grande contraste ao povo do norte que é bem mais reservado. A presença da Máfia na vida do sul da Itália, particularmente na Sicília, talvez explique a apreensão dos turistas desta região. Isso chega a ser um mal entendido desanimador para aqueles viajantes mais tímidos que chegam desviar suas rotas além de Nápoles para evitar incidentes desagradáveis.

O crime organizado é parte do cotidiano, e parte da cultura por muitos séculos. Mas uma coisa deve-se manter na mente. A Região possui inúmeras cidades e vilarejos rurais com um charme peculiar, esbanjando cultura e arte, que certamente compensam qualquer empecilho causado pelas peculiaridades locais. A gastronomia desta região é um estudo de contrastes, o que eu particularmente sou fascinado. A massa por exemplo, é normalmente comprada seca, o que já difere dos costumes nortenhos que normalmente consomem a massa fresca feita em casa. O Ziti é um tipo de massa curta consumida muito em Nápoles e o orecchiette, massa em forma de orelhinhas consumida na Apúlia.

A alimentação da região costeira é praticamente composta apenas por peixes, frutos do mar, legumes, frutas e grãos. Sem falar no magnífico azeite de oliva da região, que na minha humilde opinião, é o melhor do mundo. Detalhe, o uso de azeite é outro contraste da dieta local para a dos nórdicos, que se utilizam da manteiga. Aliás que também pode-se dizer que é uma das melhores do mundo. Enquanto as regiões do interior valorizam mais o uso da carne bovina e de caça.

Em homenagem a Sicília você que já tem algum conhecimento de culinária, vai sair e selecionar uma pasta curta seca do tipo penne rigate por exemplo. Vai selecionar os legumes e ervas da banca, como por exemplo: abobrinha italiana, cebola roxa, cenoura, pimentões verde vermelho e verde, berinjela, salsinha e manjericão bem perfumado. Escolher o melhor aceto balsâmico di Modena e um azeite de oliva italiano que estiver ao seu alcance, tanto físico quanto monetário.
E-mail: chefminoli@terra.com.br