Histórico A data
de existência das primeiras oliveiras não se sabe ao certo, a literatura reporta
para a importância dessa árvore já na antiguidade, nos jogos olímpicos e por
várias vezes a própria Bíblia remete a um dos mais antigos frutos do mundo.
Contudo, a sua difusão na Europa aconteceu por meio dos gregos e romanos, que de
longa data já conheciam as aplicabilidades do produto – que vai desde sua
utilização na culinária até perfumes, impermeabilizantes, passando por
medicamentos, combustível etc. Do Mediterrâneo, os olivais vieram para a
América pelas mãos dos portugueses e daí espalharam-se por todo o mundo.
Contudo, a cultura das oliveiras depende de condições climáticas específicas –
sol e clima seco (superior a 12ºC), solo árido com formacoes rochosas como a da
região do Mar Mediterrâneo. Aproximadamente 95% de toda produção mundial de
azeitona esta concentrada na Bacia Mediterrânea, sendo que desse total, cerca de
75% vêm de Portugal, Espanha, Itália e Grécia. A palavra azeite vem do árabe
Az + zait e significa “sumo de azeitona”. O azeite é o sumo decantado e
purificado da azeitona e sua qualidade depende diretamente da combinação de
fatores ambientais (clima e solo), genéticos (variedade da azeitona) e
agronômicos (técnicas de cultivo) e continua com todas as operações até ao seu
envasamento. O grau de acidez do azeite refere-se a um parâmetro químico que
mede a proporção de ácidos gordos livres (ácido oleico). Devido à sua
resistência à seca e à sua fácil adaptação aos terrenos pedregosos, a oliveira,
é uma árvore padrão da cultura portuguesa. Desde o século XIII as exportações de
azeite têm bastante importância na economia lusitana. Entre os mercados de
destino das exportações portuguesas, destaca-se o mercado brasileiro com 70% do
total das exportações nacionais de azeite, fazendo com que este produto seja
igualmente o produto português mais exportado para o País. A produção portuguesa
está na ordem das 40.000 toneladas/ano.
Saúde
Conhecido por contribuir com o aumento do colesterol bom, o azeite
extra virgem possui inquestionáveis benefícios para a saúde e na prevenção e
tratamento de doenças. Alguns estudos provam os benefícios do óleo de oliva em
enfermidades como o câncer, especialmente, o de mama, estômago, cólon,
endométrio e o de ovário. Não é só isso: ajuda no tratamento da úlcera e melhora
a mobilidade da vesícula, na liberação das substâncias indispensáveis na
digestão das gorduras. Outro benefício é a diminuição do risco do aparecimento e
do agravamento da artrite reumatóide. O consumo de azeite de oliva é indicado
também para os diabéticos, pois aumenta a sensibilidade à insulina e diminui a
pressão sangüínea. Para completar, o azeite permite manter os vasos
sanguíneos em bom estado e reduz o risco de doenças cardiovasculares além de
contribuir com as defesas do organismo no combate ao envelhecimento.
Culinária
É na dieta mediterrânea, com hábitos alimentares regulares, ricos
em fibras e em gorduras não saturadas, que o azeite mais se destaca. Na cozinha,
o óleo de oliva combina com quase tudo. Quente ou frio, é uma questão de gosto.
Embora seja a frio que ele mantém todos os seus sabores e aromas, como suporta
bem temperaturas elevadas, o azeite é ideal também no preparo de pratos quentes.
A temperatura crítica do azeite é muito mais elevada do que a de outros óleos,
podendo chegar a 230º sem perder suas propriedades. Para se ter uma idéia, a
manteiga não suporta mais que 110º e o óleo de soja, 150º. Há também quem use o
azeite congelado para canapés e entradas. Na cozinha brasileira, o óleo
extraído das azeitonas é indicado também em receitas tradicionais, como
tutu-de-feijão, lombo com purê de abóbora, entre tantas outras.