As equipes feminina e masculina do Brasil garantiram ontem classificação para a final do revezamento 4x100m rasos. José Carlos Moreira, Bruno Tenório, Vicente Lenílson e Sandro Viana ficaram em quarto lugar na primeira bateria, contando com erros dos adversários. Com 39s01, passaram à final com a oitava e última marca. A surpresa foi a eliminação dos Estados Unidos, graças a uma falha de Tyson Gay. O melhor tempo foi da equipe de Trinidad & Tobago, seguido pela Jamaica.
No feminino, as brasileiras ficaram em terceiro na primeira qualificatóri, com o tempo de 43s38, o quinto melhor no geral. As vencedoras da bateria foram as belgas, com o tempo de 42s92, terceiro melhor entre as duas classificatórias. O melhor tempo ficou com a equipe da Jamaica: 42s24. A equipe brasileira foi formada por Rosemar Coelho Neto, Lucimar Moura, Thaissa Presti e Rosângela Santos, nesta ordem. A final feminina será hoje às 10h15 (de Brasília). A final masculina será às 11h10 (de Brasília).
Rosemar, responsável por abrir o revezamento, contou que o Brasil entrou pensando apenas em se classificar e que isso tirou um pouco da pressão sobre as atletas: “Não estava preocupada, sabia que tinha só que ficar entre as três, nosso objetivo era a final olímpica. Eu sabia que tinha que sair bem, não sair do bloco e errar. Agora zerou para todo mundo. Todas as oito equipes têm chance de medalha”.
A chuva forte que caiu em Pequim nesta quinta e deixou a pista do Ninho de Pássaro molhada o dia inteiro complicou a prova de muita gente. No revezamento masculino, seis equipes foram eliminadas por errar o tempo de troca do bastão e passá-lo de mão na área errada. No feminino, a equipe dos Estados Unidos pagou o mesmo preço. Mesmo não tendo se prejudicado com o tempo, as brasileiras preferem correr numa pista seca na final. “Nossas adversárias, como, por exemplo, as americanas, focam só na velocidade. A gente treina muito a passagem do bastão. Mas espero que amanhã esteja um dia lindo. Tomara que tenha chovido tudo que tinha que chover”, torce Lucimar.
E se no fim da prova o Brasil precisar ganhar algumas posições, já conta com uma atleta para fechar o revezamento que não é mais novata em ter que ultrapassar adversárias na reta final em Jogos Olímpicos. “Comecei a prova muito nervosa, são meus primeiros Jogos Olímpicos e eu sabia que tinha que passar uma ou duas porque a gente estava entre quarto e quinto. Graças a Deus consegui. Vamos tentar na final correr como a gente correu hoje”, prometeu Rosângela, lembrando do fim da prova classificatória desta quinta, em que buscou no fim a terceira posição que daria às brasileiras a vaga na final.