
O tema Inteligência Artificial já faz parte da rotina diária de todos, embora as discussões sobre ela ainda sejam polêmicas. Veja abaixo o texto de opinião escrito pela estrategista digital, Suzana Santos:
Acompanho atenta as discussões sobre a inserção da chamada Inteligência Artificial (IA) no nosso dia a dia. Até pouco tempo era um assunto distante, hoje é tópico de eventos mundo à fora e até em conversas corriqueiras. É que o uso de modelos de IA se tornou comum em empresas, instituições, poder público, ambientes escolares, dentre outros. Aos poucos os modelos foram inseridos de modo a facilitar as atividades repetitivas e em outras tarefas rotineiras. Mas verdade seja dita: na mesma velocidade em que foi incorporado, o uso da IA também provocou reflexões. A IA vai substituir profissionais? Essa é uma pergunta que rodeia as principais discussões e assusta os trabalhadores de diversos setores. Afinal, as inserções da IA estão em pleno curso e ainda não temos plena consciência do impacto que terão.
Mas será mesmo que é o caso de estar preocupado? Vou explicar aqui de forma simples o que a IA executa e como as empresas podem se beneficiar da ferramenta. Acredito que é preciso analisar sem ser pessimista ao ponto de cegar e muito menos otimista e achar que estamos diante de todas as soluções da humanidade sem prejuízos. E já respondendo à pergunta: sim, existem funções que podem ter substituição, mas os profissionais não precisam ser dispensados. Não há motivo para radicalismo. Façamos uma reflexão rápida. O fato é que o mundo mudou e a incorporação dos recursos tecnológicos não é mais apenas uma opção, é uma necessidade. O que precisamos é cuidar para manter a promoção do uso consciente e, principalmente, equilibrado.
Desde o início percebi que a ferramenta, seja qual for aquela que você usa: chatgpt, gemini, entre outras, pode somar de forma imbatível para “executar tarefas”. Mas, por trás da atuação da IA há o profissional, ou seja, nós seres humanos, para guiar o trabalho. É que para receber uma resposta eficiente, você precisa saber elaborar a pergunta de forma eficaz. No que diz respeito a assumir o papel de colaboradores, a IA não substitui a inteligência estratégica, a empatia e o julgamento humano. Ela é uma ferramenta de escala, não de substituição.
A realidade é que a IA está apenas elevando o nível da exigência em todos os setores, e isso é profundo e abrangente. Por isso, é fundamental acompanhar as discussões sobre o tema. O profissional que não a utiliza para aumentar sua produtividade ficará para trás. Mas o profissional que sabe o que perguntar e como aplicar a resposta da ferramenta será insubstituível. A conclusão é simples: a IA é o motor, já o profissional é o motorista. O que define o futuro da sua área não é a máquina, mas a sua capacidade de guiar a máquina, pois a tecnologia, quando usada com equilíbrio, aprimora a eficiência. O que não podemos perder de vista é a questão ética, para que seja possível minimizar possíveis efeitos negativos.
*Suzana Santos é estrategista digital com formação em Marketing e Propaganda e MBA em planejamento e estratégia. Atua na criação de projetos de marketing performance de dezenas de empresas, de pequeno e médio porte.