Cada vez mais a gente se decepciona com as manobras políticas dos homens públicos brasileiros, que estão apenas preocupados com as glórias do poder. A política brasileira é formada de um tecido viciado que continua a vestir os indecorosos de colarinho branco, dissimulados de representantes do povo. A petulância e ousadia não têm limites no caráter dessa gente. São cínicos nas suas propostas inescrupulosas. Não importa que os seus atos sejam ou não imorais. Desde que atinjam os seus colimados fins, tudo vale. São maquiavélicos cruéis com seus concidadãos, verdadeiros traidores do incauto povo brasileiro, que continua a acreditar em promessas vãs dessa corriola que assalta e denigre o país.
Agora mesmo assistimos ao pelotão de choque do governo federal, com maquinação de toda a ordem, para defender com unhas e dentes a prorrogação da CPMF. E vejam: o ministro da Fazenda Guido Mantega, descaradamente, tenta iludir os mortais brasileiros com a promessa de redução futura daquela alíquota tributária, em caso de sua aprovação no Congresso. Mas, no mês de agosto recente, descartou peremptoriamente a possibilidade de redução do tributo. Ontem, dia 17, desavergonhadamente, já acenava com a possibilidade vir a negociar a redução da CPMF a partir de 2008. Ora, vamos deixar de ludibriar o povo senhor Guido Mantega! Quando, neste país, alguma promessa positiva foi cumprida a favor do povo por qualquer agente público? Mais um engodo descarado que uma autoridade política tenta impingir na desacreditada sociedade brasileira.
E é assim empregando meios ardilosos que os agentes do governo federal e do partido dos trabalhadores se apresentam para defender as suas propostas de duvidosos fins. E não causa estranheza a ninguém, por exemplo, a manobra utilizada pelo prefeito de Recife, o petista João Paulo, para aspirar ao governo de Pernambuco em 2010, conforme comenta o ilustre jornalista Júlio Ferreira em seu editorial Recife/2008: Essa é a jogada de João Paulo…, em seu site www.julioferreira net.
Julio César Cardoso é Bacharel em Direito e servidor federal aposentado