A instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) está longe de ser garantia de irregularidades apuradas e resultados concretos. A história do País está aí para dizer e mostrar que não é assim. Muitas CPIs acabaram em pizza nas mais diversas instâncias legislativas. E os parlamentares sabem disso. E felizmente, hoje, temem que o final de uma comissão venha acompanhado de um grande nada e que leve suas carreiras políticas e a moral da Câmara Federal, mais uma vez, ao descrédito. Ou seja sabem que o descrédito sobra para eles, como mostra reportagem publicada nesta edição.
Depois de tanta enrolação e alguns bate-bocas, a CPI do Apagão Aéreo instalada na Câmara Federal finalmente teve sua primeira reunião, na quinta-feira, na qual conseguiu aprovar todos os requerimentos propostos, que no total somam 53. Os quatro parlamentares paranaenses que fazem parte da Comissão parecem estar otimistas com o início dos trabalhos, que começam a investigar as causas do acidente do vôo 1907 da Gol. E tomara que estejam certos. Afinal, o povo não quer mais falhas e nem resultados vazios como aconteceu, em parte na CPI dos Correios, que desvendou o esquema do mensalão, mas poucos foram realmente punidos.