O Brasil é um terreno fértil para irregularidades e corrupção. São muitos os exemplos. Como uma estrutura administrativa enorme e repleta de labirintos burocráticos, e com a ajuda das diversas interpretações da Lei, a história mostra que é difícil descobrir falcatruas, desmanchar “esquema” e romper vícios de irregularidades. E mesmo quando algo é descoberto, o processo ainda é longo e corre o grande risco de se perder no meio do caminho. Exemplos não faltam.
Em Brasília, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) quer trazer à CPI das ONGs as frustrações da primeira comissão que investigou essas entidades, que foi presidida por ele e que encerrou suas atividades em 2002. Ele quer saber porque nada aconteceu com a principal instituição investigada no início da década. A CPI pediu o indiciamento da Associação Amazônia a oito órgãos públicos, mas até hoje a entidade nunca foi punida.No Paraná,a ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Paraná (MP/PR), no último dia 13 de agosto, para acabar com o nepotismo no governo Roberto Requião (PMDB) se arrasta de maneira que o mandato do peemedebista deve acabar, em 2010, sem que nenhum efeito prático tenha sido produzido. A ação se originou de representação feita pelo PPS do ex-deputado Rubens Bueno, protocolada em 8 de março de 2006. Mas a denúncia só foi feita em agosto deste ano após muita pressão do partido e cobrança da imprensa.