Estava muito calmo para ser verdade. Depois de um feriado quase exemplar, com direito a elogio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tudo, os atrasos voltaram a assombrar os aeroportos brasileiros. Em Curitiba, só pela manhã, os atrasos afetaram 68% dos vôos, na mesma bola de neve. Por isso mesmo é que o movimento nas estradas neste feriado da Semana Santa aumentou em cerca de 30%, segundo estimativas das polícias rodoviárias, uma tendência natural em um País em plena crise aérea. O detalhe, no entanto, é que a crise das estradas brasileiras também nunca passou, apenas perdeu espaço nos noticiários diante dos insistentes problemas nos aeroportos brasileiros, desde setembro do ano passado.
Prova disso que os números trágicos das estradas oscilam muito pouco e em alguns aspectos pioram. No Paraná, onze pessoas morreram em acidentes nas estradas o feriado prolongado da Semana Santa, seis a mais que no mesmo período do ano passado. O resultado final das operações nas rodovias estaduais e federais no Paraná mostrou avanço em praticamente todos os itens. Somando os números da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) da Polícia Militar, foram 344 acidentes, que resultaram nas 11 mortes e 343 pessoas feridas no local do acidente. Isso porque falta investimento na educação do motorista e no monitoramento das estradas, assim como falta na modernização do sistema aéreo. É o sucateamento do Estado.
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