A cerveja está no centro das principais celebrações em todo o mundo e seu consumo é bastante variado: em festas, happy hours, encontros, churrasco e em grandes eventos, ou seja, a cerveja faz parte da vida dos consumidores e é um excelente indicador do desenvolvimento sociocultural e econômico.
Estudo realizado pela Oxford Economics para a Worldwide Brewing Alliance (WBA), avaliou o impacto econômico global do setor e a contribuição para Produto Interno Bruto (PIB), empregos e impostos.
De acordo com o levantamento, em 2019, a indústria cervejeira apoiou US$ 555 bilhões em PIB, uma média de 0,8% do PIB por país, foi a responsável pela geração de US$ 262 bilhões de tributos e 23,2 milhões de empregos (1 em cada 110 empregos diretos e indiretos no mundo) nos 70 países estudados.
No Brasil, os dados reforçam que setor é um multiplicador de postos de trabalho. A geração de empregos diretos, indiretos e induzidos pelo nosso setor atingiu mais de 2 milhões de vagas, o equivalente a 2,1% do emprego nacional.
Segundo estudo realizado em 2019 pela Fundação Getúlio Vargas para o SINDICERV, a cada emprego em uma cervejaria, outros 34 novos postos de trabalho são criados na cadeia produtiva, o que gera uma massa salarial de R$ 27 bilhões.
Isso sem contar que a indústria da cerveja movimenta uma extensa cadeia de valor e está conectada com outros setores econômicos como o agronegócio, transporte, energia, veículos, alumínio e vidro, entre outros, e gera R$ 49,6 bilhões de reais por ano em arrecadação de impostos.
A cadeia produtiva representa 2% do PIB do país, o que nos coloca no ranking de terceiro maior produtor de cerveja do mundo, com uma produção de 15,4 bilhões de litros em 2022, atrás apenas da China e dos Estados Unidos.
O impacto é tão grande que o setor global de cerveja contribuiu com US$ 28,7 bilhões do valor que a atividade agrega aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo, para o PIB do Brasil em 2019. Isso foi equivalente a 97% da economia de Porto Alegre.
Mesmo em um período tão desafiador com as restrições impostas pela pandemia, o mercado demonstrou evolução e foi considerado um dos setores mais importantes para garantir a retomada da economia brasileira. E acreditamos que podemos contribuir ainda mais para o desenvolvimento econômico e social do nosso país.
*Márcio Maciel é Presidente Executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv)