Gleisi convoca Lula e parte para o ataque

Bem Paraná

Com sua candidatura patinando nas pesquisas em um distante terceiro lugar atrás de Beto Richa (PSDB) e Requião (PMDB), a senadora petista Gleisi Hoffmann deflagrou nos últimos dias uma estratégia de recuperação de mão dupla. De um lado, convocou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para mais um depoimento elogioso à seu papel como ministra chefe da Casa Civil do governo Dilma. No vídeo, Lula pergunta a Gleisi como está a campanha e a petista tenta mostrar otimismo, afirmando sentir o carinho nas ruas, e garantindo estar muito animada. De outro, exibiu um longo vídeo que tomou todos os quatro minutos de seu programa em que dois atores representando o atual governador e um jornalista conversam sobre uma hipotética matéria elogiosa à administração estadual. O texto cita Cazuza e a frase mentiras sinceras me interessam para apontar que as obras alardeadas pelo tucano seriam do governo federal. A propaganda evidencia que a menos de um mês da eleição, Gleisi não poderá manter o figurino paz e amor que vinha exibindo até aqui. Do contrário, terá que se conformar com o papel de coadjuvante na disputa pelo Palácio Iguaçu.

Prioridades
A presidente Dilma disse que educação é a prioridade número 1 do seu governo. Depois falou que a principal prioridade é o ensino de primeiro grau. Pela lógica, esta então deve ser a prioridade zero.

Futuro
Dilma também disse que a educação vai muito bem, obrigado. Que agora o país tem uma base pronta para deslanchar nos próximos anos. Segundo ela, em 2016 todas as crianças estarão matriculadas na pré-escola e que vai implantar ensino em tempo integral em 50% das escolas públicas. Resumo da ópera: o Brasil continua a ser o país do futuro.

Passado
Já o ex-presidente Lula preferiu lembrar o passado. Disse que o Brasil já teve 36 presidentes e que nenhum deles priorizou a educação e que nos últimos 12 anos o PT realizou nessa área mais do que foi feito nos últimos 500 anos. Faltou pouco para ele confessar que o Brasil não foi descoberto por Cabral.

Presente
Por outro lado, candidato Levi Fidelix apareceu em seguida para dizer que tudo está ruim. A saúde, a educação, a segurança… , mais não disse porque o tempo acabou.

Voltou
A musiquinha do candidato Eymael voltou, para a alegria geral da nação. Ei, ei, Eymael, um democrata cristão. Agora vai.

Ditadura
O candidato Rui Pimenta continua batendo na mesma tecla. Propõe dissolver a polícia militar para romper com o legado da ditadura.

Minha vida
O Pastor Everaldo lembrou que já foi camelô, pedreiro, que fez concurso público para office-boy, trabalhou em uma cia de seguros e depois montou a própria empresa. Deus ajuda quem trabalha, mas, por via das dúvidas, mantenha o dízimo em dia.

Por amor
Eduardo Jorge do Partido Verde defende uma reforma política na qual os vereadores deixarão de receber salários. Trabalharão por amor a causa pública.

Sogra
Luciana Genro faz cara de sogra e defende uma auditoria na dívida interna, o imposto sobre grandes fortunas e o fim do fator previdenciário.

Som na caixa
Aécio Neves, que caiu para o terceiro lugar e ficou em um segundo plano, criticou a presidente Dilma por ter feito uma política econômica equivocada e também atacou Marina por ter ficado contra a lei de responsabilidade fiscal e se omitido quando estourou o escândalo do Mensalão. No final apareceram vários cantores entoando o seu jingle. Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo, sem Luciano mas com sua filha Vanessa, entre outros. No passado, os filhos de Francisco fizeram campanha para o Lula, agora é cada um com sua partitura.

Presidenta
Candidata a deputada federal, a professora Marlei se apresenta com ex-presidenta da APP sindicato. Espera contar com os votos das estudantas.

Elegância
O deputado federal Angelo Vanhoni, candidato a reeleição, aparece sempre de terno, muito elegante. Bem diferente das suas primeiras campanhas em que se mostrava com um nariz de palhaço. Como diria o ex-presidente Collor, agora aliado do PT, o tempo é o senhor da razão.