O governo brasileiro vem discutindo a legitimidade da utilização das
células tronco em pesquisas científicas. A questão é extremamente
polêmica, tanto por envolver questões religiosas, quanto éticas, em
relação à vida. As células tronco utilizadas em pesquisas são
provenientes de embriões congelados, em clínicas de fertilização, e
tornam-se inviáveis após cerca de 5 anos. A discussão gira em torno de
que a utilização das células tronco acarretaria na “morte” ou
destruições de embriões humanos, o que seria um “atentado” à vida.
Entretanto, para o vencedor do Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de
2007, o geneticista Oliver Smithies, os debates “tomaram um rumo
errado”. Para o geneticista, o uso de células tronco permitiria sim
preservar vidas, uma vez que milhares de vidas podem vir a ser salvas
pelos resultados das pesquisas com células tronco. Células estas, de
embriões que, se não utilizados para pesquisas serão descartados e daí
sim irão morrer. Mayssa Mascarenhas Grise Monteiro – Ciências