Casa de crochê propõe a participação do público oferecendo várias atividades gratuitas, além da interação com artistas. Foto Shigueo Murakami

A instalação A Casa de Todos – obra feita em formato de casa coberta por peças de crochê – inaugura neste sábado, 04 de fevereiro, às 10h, no subsolo do MuMA – Bairro Portão, em Curitiba (PR). O projeto é idealizado pela artista visual Leila Alberti, com apoio curatorial de Carolina Paulovski. A Casa de Todos possui confecção manual feita por alguns artistas e pelo coletivo de crocheteiras Lucianas & Marias.

Em sua primeira exposição, em 2022, na Rua da Cidadania Matriz, na região central de Curitiba, a casa obteve alta adesão do público, que pode participar gratuitamente de várias atividades e interagir com os artistas. No MuMA, a proposta será a mesma, com a ideia do envolvimento das pessoas com o projeto artístico e com as ações desenvolvidas pela equipe da mostra.

Público poderá interagir com artistas e participar de várias atividades. Foto Divulgação

Durante os meses de fevereiro e início de março, de terça a sábado, o público poderá participar de diversas práticas, como contação de histórias, dança, meditação e oficinas de crochê. As ações serão todas gratuitas e coordenadas por profissionais das áreas. Os participantes poderão conhecer aspectos que relacionam arte têxtil, história, registro, comunicação e sustentabilidade, ampliando as reflexões sobre o fazer, ser e estar no mundo. 

Interação com a arte e acesso gratuito

A proposta central da A Casa de Todos é realizar uma instalação de arte em espaço público de grande circulação, com acesso gratuito, para instigar a interação das pessoas com a arte, dar visibilidade ao trabalho das artistas e da artesania local, além de desenvolver o sentimento de pertencimento dos cidadãos à sociedade, em uma troca de conhecimentos recíproca.

Segundo a curadora, estas ações também aquecem a cadeia produtiva cultural local e financiam o serviço dos profissionais da área, fortalecendo assim sua integração e identidade sociais, assim como geram acesso ao consumo de bens culturais e oportunidade de vivência com diversas linguagens artísticas, estabelecendo a democratização do acesso à produção.

Fazer coletivo e questões de gênero

Uma das propostas desta obra, de acordo com Leila Alberti, é propor o recolhimento ou a participação nas ações dentro da instalação/casa, valorizando o pausar na rotina do ir e vir, com o intuito de ser um lugar de acolhimento e aprendizado num momento em que o individualismo social está se tornando exacerbado. “A ideia é proporcionar um ambiente favorável para as práticas culturais e também criar um território inquieto e um espaço do transitar, ou seja, que é breve e passageiro”, pontua a idealizadora do projeto. 

A artista anseia, igualmente, incentivar a valorização do fazer coletivo e resgatar as artesanias na intenção de desmistificar as questões de gênero, imposições sociais e preconceitos sexistas que a sociedade carrega.

A ideia é criar um ambiente artístico e social com significado profundo para interagir, habitar e conviver, mesmo que de forma impermanente, utilizando o crochê como recurso de comunicação neste trabalho, como explica Leila: “Atravessar a fronteira entre arte e artesanato enriquecendo suas relações ao estimular o uso desta prática. E nada mais convidativo que a estrutura de uma casa, o lugar comum de abrigo, de refúgio do coração e da alma, onde se pode trocar experiências, e em seu interior ouvir histórias, como as narradas pelo artista Hélio Leites. Assim, através das fábulas recitadas ou execução de pequenos trabalhos de onde em nós a casa mora”, ressalta.

Leila Alberti, idealizadora do projeto, diz que a ideia é criar um ambiente artístico e social com significado profundo para interagir, habitar e conviver, mesmo que de forma impermanente, utilizando o crochê como recurso de comunicação. Foto: Lorenzo Molossi

Visitação

A instalação ficará aberta ao público do dia 04 de fevereiro até dia 31 de março de 2023, com atividades realizadas por artistas e profissionais da área, durante todo o mês de fevereiro e início de março, de terça a sábado, de acordo com o cronograma abaixo.

Realização

A Casa de Todos foi um projeto aprovado no Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura | PROFICE da Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura (SECC) e Governo do Estado do Paraná; Realização: Cultural Office, Apoio: Havan; Incentivo: Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Equipe 

Proponente/Autoria: Leila Alberti

Artistas crocheteiros: Rafael Codognoto, Giovana Casagrande, Claudia Lara, Lisiani Serea, Leila Alberti e o coletivo Luciana e Marias.

Contação de história: Hélio Leites

Oficina de crochê: Luciana Cortez

Meditação: Leila Tatara

Dança Circular: Zenilda Ammar

Crochê Solidário: Leila Alberti

Curadoria: Carolina Paulovski

Marketing Cultural: Monica Drummond

Captação de recursos: Álvaro Lagos – All Impact

Revisão de textos: Michele Müeller

Projeto Gráfico: Adriana Alegria Design

Monitoria: Talita Rosset e Natalia Sanabria de Mello

Fotografia: Shigueo Murakami

Assessoria de Imprensa: Marianna Camargo/Palavra Assessoria de Comunicação

Estrutura rígida/Montagem: Rodrigo Zanetti/SOS Zanetti

Serviço:

Instalação A Casa de Todos

Museu Municipal de Arte (MuMA)

Local: Av. República Argentina, 3430

Abertura: 04 de fevereiro, sábado, das 10h às 13h

Período expositivo: 04 de fevereiro a 31 de março de 2023

Funcionamento para visitação: 10h às 19h, de terça a domingo.

Entrada gratuita

Cronograma de oficinas:

Terças

Dias 07, 14, 28/02 e 07/03

Meditação com Leila Tatara

10h às 10h40

Oficina de Crochê com Luciana Cortez

14h às 16h30

Quartas

Dias 08,15, 22/12 e 01/03

Conversa com Leila Alberti

10h30 às 11h30

Dança Circular com Zenilda Ammar

14h às 15h

Contação de histórias com Hélio Leites

15h às 16h

Quintas

09,16,23/02 e 02/03

Meditação com Leila Tatara

10h às 10h40

Oficina de Crochê com Luciana Cortez

14h às 16h30

Sextas

­10, 17 e 24/02 e 03/03

Contação de histórias com Hélio Leites

10h30 às 11h30

Bordado Solidário com Leila Alberti e coletivo de artistas

14h às 17h

Sábados

11, 18 e 25/02 e 04/03

Crochê Solidário com coletivo de artistas

10h às 12h

Oficina de Crochê com Luciana Cortez

14h às 16h30

Agendamento:

Leila Alberti – portelefone, e- mail, Instagram ou no local:

(41) 99924 1802

[email protected]

@leilaalberti

Observações:

-Haverá sempre um responsável no local e mais um auxiliar para organizar as oficinas.

-As ações abrangem o público em geral (sem restrição de idade).

-Crianças devem estar acompanhadas de adultos responsáveis.

-Entre as oficinas as pessoas podem adentrar e aproveitar o espaço da casa por algum tempo.

-Nas oficinas cada participante receberá gratuitamente os materiais.

– Vagas limitadas em função do espaço.