
A Tesla convocou 363 mil proprietários de seus veículos pelo alto risco de acidentes com o sistema de condução autônoma. O recall envolve unidades do Model S e Model X fabricadas entre 2016 e 2023 e alguns exemplares do Model 3 produzidas entre 2017 e 2023, bem como unidades do Model Y feitas entre 2020 e 2023.
De acordo com NHTSA (órgão responsável pela segurança viária nos Estados Unidos), o software “pode fazer com que o veículo atue de forma insegura em cruzamentos, podendo atravessá-lo ou então não frear completamente em locais de parada obrigatória, além de prosseguir em um cruzamento mesmo com o semáforo apontando luz amarela”.
O órgão também afirmou que o sistema “pode responder de forma inadequada à alterações nos limites de velocidade ou não responder de maneira apropriada caso o motorista altere a velocidade do piloto automático”.
Eventuais falhas no sistema Autopilot já teriam causado vários acidentes, incluindo um envolvendo oito carros em novembro de 2022. O engavetamento foi causado após um veículo da Tesla ter freado bruscamente após ter entrado em uma das faixas da estrada. Nove pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança.
Para resolver o problema, a Tesla realizará uma atualização do software por meio da tecnologia “over-the-air”. Os proprietários dos veículos envolvidos no recall devem ser notificados até o dia 15 de abril. A fabricante deve disponibilizar a atualização “nas próximas semanas” e que isso deve “aprimorar a maneira como o sistema recebe comandos de algumas manobras”.
A Tesla afirmou ter recebido 18 reclamações de reparos realizados em garantia que podem ter relação com o mau funcionamento do sistema. A empresa diz não ter conhecimento de nenhum acidente com ferimentos causados por eventuais falhas.