
Nilton Saciotti
Avaliamos o Renault Kardian versão com câmbio manual que é a opção mais acessível da linha lançada em março. São R$ 12 mil a menos, mantendo o motor turbo e os mesmos itens de série, custando R$ 106.990.
O câmbio mecânico escolhido pela Renault é um de seis marchas, e está em desencontro a tendência do mercado que hoje a evolução do câmbio automático faz dele a preferência do mercado.
A Renault sabe e reconhece que a versão manual do Kardian não será a mais vendida. Ainda assim, a ampliação das variantes do SUV compacto já estava prevista no lançamento do veículo, para ela maior parte das vendas do Kardian manual virão de cidades do interior e da região Nordeste, enquanto as versões automáticas devem prevalecer nas grandes cidades e centros urbanos.

O motor é um turbo flex de injeção direta, com 125 cv de potência e 22,4 kgfm para o torque, presente nas outras versões do Kardian. As trocas de marchas da versão manual são precisas e curtas e retomadas ágeis como um motor turbo precisa entregar, mas em trechos urbanos é difícil a utilização da sexta marcha.
Não há novidades no design e no acabamento interno. A iluminação da frente é feita em LED, da luz de rodagem diurna (DRL) aos faróis. Na traseira, as lanternas são halógenas.


A Renault colocou rodas com calota no Kardian, mesmo dando a impressão de serem rodas de liga-leve, mas é um jogo de calota plástica que esconde muito bem a parte interna, uma maneira sutil de abaixar os custos. O interior também é simples, em que predomina o plástico duro.
O painel é digital, e permite remover todo o conteúdo para mostrar apenas a velocidade. A central multimídia tem 8 polegadas.


O aumento da gama é uma tentativa da Renault de pegar o consumidor que quer um veículo de estilo com valor mais em conta mesmo sabendo que o câmbio manual tem seus dias contados.